Artigo - O saneamento foi para o esgoto
Roberto Malvezzi (Gogó)
Concluídas as eleições municipais – com a mídia saboreando a derrota do PT e a vitória do PSDB -, voltamos à política real...
Roberto Malvezzi (Gogó)
Concluídas as eleições municipais – com a mídia saboreando a derrota do PT e a vitória do PSDB -, voltamos à política real...
Tenho o hábito, por formação, de dedicar respeito às instituições constituídas, atitude que entendo deva ser uma qualidade inerente a cada cidadão. Naturalmente que a sociedade espera dessas mesmas instituições semelhante e digno exemplo, que possa representar parâmetro a ser por todos seguido. Logicamente que reconheço ser um tema extremamente delicado. Contudo, deixo claro ao leitor, que o alvo da crítica ou da presente análise não é o Senado Federal como segmento importante dentro da estrutura democrática e da instituição Poder Legislativo, que merece todo o nosso respeito, mas os seus integrantes que representam esse Poder, eleitos pelo voto popular para um mandato de oito longos anos, e assim, sujeitos à permanente avaliação pelos seus atos, sejam os praticados no desempenho da função parlamentar ou pelos eventuais desvios negativos de condutas.
Não estaria inventando coisa nenhuma para chegar a um título reconhecidamente chocante como esse, que não fosse embasado no amplo noticiário negativo dos últimos dias, sempre exibindo aquela foto que mostra a abrupta chegada das viaturas ao Senado da República, em missão surpreendente e triste para a imagem da instituição. Uma vez que a missão dos agentes federais, enfileirados em seus carros negros, mais parecia o avanço policial aos Morros do tráfico de drogas nos grandes centros ou num paralelo mais simples, mas igualmente estarrecedor, como quando chegam os fiscais das Prefeituras nas Feiras Livres ou avenidas utilizadas por camelôs ilegais - pais de famílias na luta pela vida -, como mostra a ilustração, situação em que logo ecoa o grito angustiante de aviso aos companheiros: “LÁ VEM O RAPA!”...
A Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, a chamada "PEC da Morte". E por que "PEC da Morte"? Primeiro, porque ela congela, em 20 anos, todos os investimentos públicos em saúde, educação e segurança, por exemplo. Essa famigerada proposta. Além disso, congela, pelo mesmo período, o salário dos servidores públicos, acabando com o aumento real do salário mínimo. Para se ter uma ideia do desastre, se essa proposta - do governo ilegítimo de Temer - estivesse em vigor desde 2006, o salário mínimo, que hoje é de R$ 880,00, seria de R$ 550,00. Mas a gravidade vai muito além.
As estimativas apontam que, daqui 20 anos, a população brasileira vai aumentar em 20 milhões de pessoas. Além disso, em 20 anos, a população de idosos, no Brasil, irá dobrar. Façamos uma conta rápida: 20 milhões de pessoas a mais, o dobro de idosos e o mesmo orçamento em saúde, educação e segurança por 20 anos! Isso é ou não é retirar investimentos e direitos sociais da população? Isso é uma verdadeira barbaridade! Essa PEC é, na verdade, um pecado contra o povo brasileiro. Não haverá recurso para essas pessoas? Como vai ser, Temer?..
O umbuzeiro é um prodígio da caatinga. Com chuva ou com sol, sempre está ele a abraçar a todos quantos procuram sua sombra acolhedora. Nas horas pesadas de fadiga, é sob a copa frondosa de um umbuzeiro que o sertanejo busca refrigério. Pouso de retirantes no passado; pouso de vaqueiros no presente; aliado incondicional dos habitantes das caatingas. Teimoso como o mandacaru – outro milagre das áridas terras – o umbuzeiro não se curva diante de tempo ruim. Resiste a todas as intempéries. Nem a seca o atormenta. De suas veias jorra a água que abastece suas raízes. Raízes que são fonte de vida. Que nutrem. Que sustentam. E matam a sede nas quadras difíceis. É amigo dos homens e dos animais; é amigo da natureza toda; com ela convive e forma harmonia. Euclides da Cunha o chamou de “árvore sagrada do sertão”. Sagrada e abençoada. Sem ela o sertão seria feio, desgracioso; menos hospitaleiro. Seria solitário, tedioso. Seu verde não seria tão verde; suas tardes não seriam tão belas. Os passarinhos cantariam noutro lugar e o sol talvez fosse mais impiedoso. Sem ela, o sertão seria chato pra caramba. Mas lá está a árvore sagrada, abençoada, sempre a espera de mais um.
O umbuzeiro proporciona sabores. Seu fruto acridoce é apreciado por todos. Maduro ou de vez, ele é uma unanimidade. O tempo do umbu é uma festa. Sim, no sertão há o tempo do umbu; que é o tempo da trovoada; que é o tempo da fartura. É o tempo em que o precioso fruto bate à porta dos lares, alegrando o sertão inteiro. O umbu vence a rotina, move a vida, esquenta a economia. O tempo do umbu é o tempo da graça. Nada se compara ao tempo do umbu. Dele, do umbu, é feita a umbuzada, fina iguaria da culinária sertaneja. A mesma umbuzada que encantou von Martius e Euclides da Cunha, quando de passagem pelos sertões. Doce umbuzada das tardes quentes e fatigantes. Doce umbuzada, servida fria, friínha, em tigela de louça ou argila. A umbuzada poderia ser a marca registrada do sertão, sem similar em nenhuma outra parte do mundo. Patenteada, poderia ser comercializada além fronteira, garantindo ótima lucratividade. A umbuzada, todavia, é mais do que um produto de comércio: é um símbolo. Símbolo do sertão e sua gente. E um símbolo nunca poderá ser objeto de comércio. Seu papel é unir, assim como a umbuzada.
O umbuzeiro, quase sempre, tem uma identidade, sendo tratado pelo nome tamanha sua familiaridade com o homem e com o mundo ao seu redor. É o Umbuzeiro do Muriçoca, o Umbuzeiro da Raposa, o Umbuzeiro do Neco.
O nome vem relacionado a algum fato, alguma coisa que relembre aquela específica árvore; um feito grandioso ou vulgar. O Umbuzeiro do Neco, por exemplo, fica pras bandas onde eu nasci e é o nome dado à árvore sob a qual o famoso Neco das Cacimbas travou luta com um touro brabo, depois de correr muitos quilômetros enrabado no bicho. Conheci nas proximidades da Lajinha o Umbuzeiro do Jagunço. Conta-se que dali, do meio das suas folhas, um fiel de Antônio Conselheiro mandou pro beleléu dezenas de milicos da expedição Moreira César, quando da passagem deste em demanda de Canudos. Umbuzeiro tem nome, tem identidade, tem história. Tem raízes profundas. Por isso é forte; forte como o sertanejo. Umbuzeiro, porém não tem idade. Sua idade é a idade do sertão, seu tempo é o tempo do sertão. Ele dura enquanto dura o sertão. E terá sempre nome e história e raiz, como os homens e as mulheres do sertão.
O umbuzeiro é lugar de ajuntamento, os mais diversos. Debaixo da sua ramagem se dança, se canta, se conta história. Até rezas e catecismos ali se fazem. Já vi umbuzeiro ser utilizado como sala de aula, os alunos dispostos em círculo e o mestre a locomover-se no centro. Falta de espaços mais adequados ou não, o fato é que sempre haverá um velho umbuzeiro de braços abertos a espera do irmão. Afinal de contas, ele é sertanejo. O umbuzeiro é morada de cupido. É sob o frescor de sua copa que muitas vezes são dados os primeiros passos no arriscado caminho do amor. Muitos casamentos ali começam e ali terminam. Muitas histórias ali se forjam e se fundem (e até se confundem); muitos sonhos ali sonhados viram realidade; ou talvez não. O umbuzeiro é o palco da vida; um templo sagrado por onde desfilam experiências de toda espécie. Velho e bom umbuzeiro! Todo sertanejo tem um umbuzeiro no seu caminho. Mas umbuzeiro é pra isso mesmo. Melhor: é pra tudo isso. Afinal de contas, ele é um parceiro e tanto.
Sem ele, o umbuzeiro, o sertão talvez nem existisse; a caatinga seria muito triste e o homem, a criatura mais infeliz da terra...
A vida politica construída sobre um ideal A trajetória politica de muitos no Brasil de hoje é construída na base da conquista do poder por quaisquer meios, sejam eles o uso do poder econômico, o abuso do poder politico ou outros tantos meios não republicanos. Poucos conquistam o seu espaço com base nas suas ideias. Quero lembrar um nome que tem uma vida pautada no ideário que acredita e defende.
Uma trajetória conhecida pela defesa incansável da caatinga, do Rio São Francisco, da sua terra, do homem sertanejo, do agricultor e do vaqueiro que é a expressão latente do sertão. Faço menção ao nome de Edson Duarte, homem pelo qual tenho admiração, muito mais pela simplicidade, pela crença numa vida pautada em bons exemplos, pelo sertanejo que com seus passos pequenos e firmes alcança, para orgulho dos amigos e de sua terra, níveis de respeitabilidade reservada aos grandes homens deste país. Conhecer o Edson Duarte é ao mesmo tempo distinguir os acontecimentos politicos, diferenciar as qualidades do homem e da terra sertaneja, os níveis a que pertencem e reconstrução dos fios que os ligam e que fazem com que a política ainda nos traga esperança. Não esperança de esperar, mas de esperançar. Daí a minha recusa das análises da política feitas a partir do noticiário da imprensa que despejam a desesperança entre desesperançados, que fala de nomes e não fala de valores. Quero acatar a análise politica a partir do campo das estruturas significantes em termos da genealogia do bem, das relações de forças que trabalham para a melhoria do país, das relações de forças para o desenvolvimento de estratégias e táticas para um futuro melhor, do trabalho de homens dedicados que, mesmo enfrentando batalhas e guerras, vencendo e perdendo algumas, avançam em busca de melhoria para todos...
Semanalmente, são muitos os comentários que um colunista recebe, seja diretamente no Blog, por e-mails ou redes sociais. Uns opinam com inteligência e com pertinência tanto sobre o próprio texto como sobre a realidade nacional, externando críticas com respeitável equilíbrio, não importa se de direita, centro ou esquerda...! Pena que alguns percam a oportunidade de expor boas ideias no link “Comentários” dessa Tribuna Democrática que é esse Blog e o utilizem de forma muitas vezes grosseira e sectária.
É preciso ressaltar que, obviamente, tenho pensamento político às vezes divergente de alguns, mas não posição partidária. Assim, sinto-me livre e plenamente à vontade – e já o fiz em várias crônicas – para exteriorizar as análises de acordo com o cenário político em curso, com coerência e independência. O tema de hoje é resultado, inclusive, da feliz sugestão de uma simpática leitora, diante da disposição da Câmara de Deputados na aprovação da PEC-241, em 1º. turno, visando a fixação do Teto de Despesas Orçamentárias do Governo Federal, após um delicioso “regabofe”. Entendo que é incontestável que tem de haver um limite e Controle para os gastos públicos, mas é a pura verdade o que afirmou Elio Gaspari, articulista da Folha: “O que contém gastos é a decisão de não gastar. Se lei equilibrasse Orçamento, a da Responsabilidade Fiscal teria impedido as pedaladas petistas”...
Esse texto não tem por objetivo finalizar o debate que estamos fazendo diante dos últimos acontecimentos. Muito pelo contrário, é aprofundar ainda mais! Cada dia que passa, os ataques que a Democracia vem sofrendo são consequência de uma investida do Capitalismo (que está precisando sair da crise) e que se utilizará de todas as formas possíveis. Um bom exemplo delas foi o Golpe, batizado de “Impeachement”, que Dilma Rousseff sofreu.
Com a entrada de Michel Temer no governo, o programa neoliberal no Brasil esta voltando. Ele vai tirar do estado brasileiro o papel de indutor do desenvolvimento do país e colocará de volta na mão do capitalistas, como fez FHC durante os seu governo. E para favorecer aos “interesses antipopulares” ele vai utilizar a Proposta de Emenda Constituicional – PEC 241, que propõe impor limites ao crescimento da despesa primária num período de vinte anos; essa despesa corresponde ao conjunto de gastos que possibilita a oferta de serviços públicos a sociedade (por exemplo gastos com pessoal, custeio e investimento)...
Os brasileiros estão acompanhando no dia-a-dia sobre o andamento das tratativas da proposta de emenda à constituição de no. 241 que trata da imposição de limites aos gastos públicos. A despeito de uma possível boa vontade da medida em se estabelecer contenção de gastos, chama a atenção a celeuma que a medida vem causando, tanto em meio a opinião pública em geral, quanto no meio acadêmico, onde se tem visto posições a favor e contra à proposta. Em meio ao desenlace do modelo político-econômico adotado pelo Partido que vinha governando até meses atrás, as medidas que vem sendo propostas parecem visar ajustes emergenciais, mas que para tanto carecem de investigações mais estruturais.
Até entende-se que atitudes a base de “toque de caixa” são em razão das peculiaridades políticas que configuram a atual base de sustentação do governo no Congresso, mas tentar aprovar uma medida tão rigorosa nessas circunstâncias chama bastante a atenção e a cabe à sociedade e à mídia séria estarem mais atentos. Como é sabido, a PEC 241 propõe limitar os gastos públicos ao teto inflacionário, ou seja, se a inflação medida pelo IPCA for de 5%, os gastos públicos serão reajustados em no máximo este percentual, ainda que a economia (PIB) cresça 6% ou mais...
Nunca vi em minha vida um Congresso Nacional tão em falta de sintonia com os resultados das urnas. Ou seja, mais precisamente nunca vi de fato um Congresso que não representa de fato os eleitores que colocaram seus membros naquela Casa. Parece que a falta de respeito tomou conta de vez dos parlamentares, foi o que ficou provado na aprovação sem discussão nenhuma, sem o mínimo de debate de matéria tão infame para o povo brasileiro, que foi a provação da PEC 241.
Conservadores que saíram das urnas nas eleições de 2014, ninguém tem dúvidas, agora impressiona mesmo é a verdadeira falta de respeito com seus eleitores. Estão prontos para aprovarem qualquer proposta de Michel Temer, indiscutivelmente sem que haja debate tanto dentro daquela Casa Parlamentar, como com a sociedade como um todo. Parece que o voto depois do golpe de Estado não serve mais para os deputados federais e senadores da República...
Dr. Carlos Augusto Cruz
Aqui dentro em mim, ainda está bem vivo o menino pobre, criado numa das ruas da periferia da cidade, cuja casa era de taipa e tinha o muro cercado de varas de canudos (Ipomoea carnea) – planta que nascia em abundância nos beirais das lagoas da cidade - que, naquela época, eram abundantes...
A nação brasileira, como qualquer outra sociedade, sente uma natural aflição quando atingida por graves crises, seja diante de inflações galopantes, desvalorização acachapante da moeda, descontrole nas contas públicas ou visível recessão econômica. Os projetos de recuperação de grande impacto, mesmo que as soluções pretendidas possam ser acertadas, só promovem os resultados a médio ou longo prazo. Enquanto os economistas pilotam as medidas na direção correta, mesmo que enfrentando as tempestades de percurso, é o povo que resiste confiante e bravamente a todas as consequências, porque é sempre ele o alvo final dos erros por outros cometidos.
Durante todo esse processo em busca das soluções que possam superar a crise atual, numa Nação democrática e Constitucional, os técnicos da área econômica jamais poderiam prescindir do papel importante que cabe ao Legislativo, pois dele depende o exame, discussão e aprovação final do projeto de recuperação nacional. Obviamente que erros ou acertos acontecem, porque ao longo da implementação as medidas estarão sujeitas às conjunturas e influências de toda natureza, internas ou externas. Questionável é que para a articulação desses parlamentares, seja necessário fazer um “regabofe” no palácio presidencial! Pago por quem? Por quem paga tudo, nós contribuintes. Esse “regabofe” foi uma afronta, pelo que dizem como se encontram os cofres públicos. Certamente, menos custo do que foi gasto na fase pré-impeachment num certo Hotel de Brasília, mas, como já foi dito aqui, eles são mesmo farinha do mesmo saco...!..
Dia 15 de outubro é o dia do professor, a profissão mais importante de todas, pois através dos MESTRES é que os alunos se orientam para a sua formação profissional.
Exercer suas funções nos dias de hoje, não é nada fácil, é talvez o profissional mais cobrado e desrespeitado pelas pessoas, digo isso, mas não de forma generalizada, ainda tem muitas pessoas que reconhece a importância de seus PROFESSORES...
A todos os professores.
A verdadeira natureza das coisas não pode estar perdida. Brother leitor das coerências, inicio esse breve e inusitado ensaio ouvindo, tardezinha tosca, Mercedes Soza e Joan Baez entoando “ GRAÇAS A LA VIDA””. Belamente, bela. belíssima. Xi, com razão, hiperbolizei.....
Por mais que se pense que se conhece o eleitor, menos conhecimento existe. Uma velha expressão popular diz que ‘da cabeça de juiz (afirmando que os julgamentos são imparciais e que os resultados das sentenças são exclusivos do livre convencimento judicial) e bunda de neném ninguém pode antecipar o que virá’. O eleitor pode perfeitamente ser encaixado em uma dessas sequências, valorizando ainda mais esta máxima bastante utilizada quando não se conhece ou não tem certeza de algo.
Para muitos políticos e uma cambada de apoiadores de diversas cidades brasileiras os resultados nas urnas não condisseram com o que eles, até alguns minutos antes das apurações, estavam convictos que fosse acontecer, suas vitórias eleitorais. O inesperado se transforma em surpresa, misturada com decepção, desilusão e sentimento de traição. Um verdadeiro banho de água fria para os que tinham certeza de que seriam eleitos, seja pelo bom trabalho enquanto gestores ou legisladores para os que tentavam a reeleição, seja pela farta quantia gasta e até mesmo distribuída de maneira ilícita ou pelo comportamento das equipes de ‘marqueteiros’ do candidato. Ledo engano...
Roberto Malvezzi (Gogó)
É interessante perceber, dar ouvidos, a outros tipos de sociedade. O Xerente Romário – não me falou seu nome indígena -, um jovem índio que estava no encontro de formação da Rede Eclesial Panamazônica (REPAM), em Miracema, me dizia:..
Nos últimos meses, Juazeiro viveu um grande debate entre as leis e as palavras. Motivo? O direito. Direito? Sim, direito de administrar o Município nos próximos quatro anos. As palavras foram ditas por todo município, em alguns momentos, os doutores das leis não falaram, mas em outros tentaram. Tentativas frustradas, pois, cada um no seu espaço. Os doutores das palavras não permitem ser interrompidos, a não ser que seja de forma legal. Sendo assim, os doutores das leis continuaram ouvindo o bombardeio das palavras, enquanto o tempo coincidentemente, a lei do tempo, passava.
As palavras disseram sobre a educação _ que muito foi feito por ela, de volta os doutores das leis tentaram falar, e, dessa vez entraram no espaço desejado. Disseram que os doutores das palavras fizeram apenas o que diz a carta magna. Reagindo, os doutores das palavras afirmaram que isso procede, a lei obriga, mas não determina a qualidade do serviço prestado. Assim segue o debate, de um lado a geração de emprego e renda é apresentada por um dos doutores das palavras, como um diferencial nas gestões em que as palavras falaram...
Após um período eleitoral bastante agitado e disputado, já com os nossos representantes eleitos, os quais irão gerenciar e fiscalizar a aplicação dos recursos e as despesas do nosso município, convocamos toda população juazeirense a adotar uma visão mais crítica e consciente do papel de cidadão e cidadã, a fim de garantir a aplicação dos recursos públicos de maneira transparente e atentas às reais necessidades de todos os juazeirenses da sede e do interior.
Com o objetivo de publicitar as informações e estimular cada contribuinte a fiscalizar e acompanhar como o dinheiro público está sendo utilizado, compartilhamos as despesas liquidadas, ou seja, as despesas concretizadas ou investimentos realizados pelo Gabinete do Prefeito do município de Juazeiro com campanhas publicitárias. Vale ressaltar que nosso objetivo é provocar cada leitor e leitora a refletir o quanto o nosso papel é importante e que, independente de governo A ou B, precisamos estar atentos ao modo como os impostos que pagamos todos os dias, seja ao comprar um quilo de arroz, pagar a passagem do transporte coletivo, comprar um litro de combustível, são gerenciados pelo Poder Público Municipal e quais são as prioridades do gestor.
Para isso, a Prefeitura Municipal agora dispõe do Portal da Transparência, que tem o “objetivo de assegurar a boa e correta aplicação dos recursos públicos aumentando a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar” (http://transparencia.juazeiro.ba.gov.br/container_painel/container_painel.php). É importante recordar que o município apresentou uma nota baixa na avaliação do Projeto Ranking Nacional da Transparência, conforme citado no artigo “Juazeiro e a transparência nos gastos públicos”, divulgado em 28 de junho (http://www.geraldojose.com.br/index.php?sessao=noticia&cod_noticia=77371) e que o atendimento à legislação beneficia o gestor municipal, mas principalmente a população...
Ainda que pareça incoerente que um país com tantas dificuldades se dê ao luxo de realizar caríssimas eleições de dois em dois anos – despesa estimada de 750 milhões de reais, em 2016, pelo TSE -, é impossível não reconhecer que se trata de um ato democrático constitucional que deve ser respeitado e valorizado, visto que oferece ao cidadão a oportunidade de promover a rotatividade e mudanças de comandos políticos no seu Município, Estado ou Governo Federal, além da possibilidade de modificar a composição das Casas Legislativas nos quatro níveis institucionais.
A compreensão dessa importância, contudo, não invalida a discussão de propostas em andamento no Congresso Nacional (PEC 71/2012 e PEC 45/2016) que defendem a unificação das eleições para um único pleito, do Presidente da República, Governadores, Prefeitos, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, e Vereadores, nelas previstas para 2022, com prorrogação dos atuais mandatos e fixação dos futuros mandatos para 5 anos. Só acho inadequado que se alongue a data do próximo pleito para 2022, visto que os eleitos em 2014 passariam a ter, graciosamente, um mandato de 8 anos! Seria uma ideia razoável a unificação dos pleitos para 2020, uma vez que não prejudicaria o direito adquirido nas eleições recentes para um mandato de 4 anos e os eleitos em 2014 não teriam o alongamento para oito anos. Com o fim da reeleição entendo que um mandato de 5 anos seria um tempo justo para todos os mandatos futuros a serem unificados...
SANFONA : Único instrumento musical do mundo que se toca agarrado ao peito e juntinho ao coração. Nos traz alegrias, emoções , cultura e sabedoria popular. Mostra as riquezas, mazelas, belezas , diversidades da nossa terra para todo o mundo.
Hoje se comemora ,em Juazeiro-BA, O Dia Municipal da Sanfona. O juazeirense, por brilho próprio já que detemos virtuoses e grandiosos sanfoneiros, tem tudo para eu se orgulhar e festejar a bel prazer esse histórico dia...
Partidos políticos nascem, crescem, atingem maioridade eleitoral e política, e naturalmente tendem a desaparecer como qualquer outro, pois é da natureza dialética da política. Alguns conseguem sobreviver a todos os reveses e contratempos que a própria história impõe e demoram mais. Mas mesmo assim é natural se saber que um dia eles morrem politicamente mesmo assim.
Mas em nenhuma circunstância um partido político pode ter vida longa quando ele é sustentado pelo personalismo presente em nossa cultura política no Brasil. Quando o personalismo dita as regras e a direção a seguir, significa que esse partido está prestes a ser abandonado pelos agentes sérios da política para seguir vôos próprios apenas do ponto de vista eleitoral, incorrendo no risco da bancarrota nas urnas...
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