ARTIGO - PROFESSORES LIBERTOS?

14 de Oct / 2016 às 23h00 | Espaço do Leitor

A todos os professores.

A verdadeira natureza das coisas não pode estar perdida. Brother leitor das coerências, inicio esse breve e inusitado ensaio ouvindo, tardezinha tosca, Mercedes Soza e Joan Baez entoando “ GRAÇAS A LA VIDA””. Belamente, bela. belíssima. Xi, com razão, hiperbolizei...

Lavradores, poetas, escultores, filósofos, professores, cada qual a seu bel modus universus, abriram, abrem, abrirão sempre portas de mundos que, por vezes, nem se pode dominar: Os do pensamento, do raciocínio, do livre-arbítrio, do cósmico abstrato, da cultura, da arte, da filosofia e, mundo dos mundos, o da libertação! Nisso, surge a figura ímpar e par do Professor. Como bem anti-profetizou o ícone Chico Buarque de Holanda, “QUEM ENSINOU O ALFABETO AO PROFESSOR?”.

Libertar a si e a todos dentro de uma vocação do se dar e do se receber aprendizagem em um eterno feedback infinito circular: Esse é norteamento contínuo, impausável de um Professor. E aí, leitor mestre, tanto faz como tanto fezes, a escolha do campo de ensino. Na verdade, em buscas, tem mesmo o Professor de Ciências Exatas, o Professor de Línguas e o Professor de Ciências Humanas? Há mesmo, leitor mestre, uma tênue linha de separação que os faça serem andarilhos por   caminhos distintos e solamente se encontrarem em reuniões burocráticas ou nos intervalos para cafezinho, nicotina e fofocas intermináveis de 15 minutos?

Na atmosfera reinante imposta pelo estabilishment, status quo, politicamente correto, o Professor ou é o tudo ou é o nada. Quiçá não, meramente, seja uma peça artesanal persona-educacional em liquidez de mercado no pregão de bolsa de valores do conhecimento e da filosofia. No fundo, contemporaneamente, o Professor situa-se para uma sociedade em declínio cultural, concomitantemente, entre o Sujeito e o Verbo. Porém e, entretanto, leitor, entre confusos e Confúcios, à mercê de quaisquer classificações ordinárias, o rio do ensino e da aprendizagem corre e correrá sempre o seu curso, onde o Professor que é mor tem de estar, democraticamente, no posto comando por direito constitucional da civilização.  A dicotomia do mau Professor e o bom Professor jamais caberá em si, pois, que o mau professor nunca existiu, existe ou existirá pelo fato simplório de que nunca o será. Sacou as entrelinhas, amável leitor mestre?

Todo Professor é, por natureza, um sábio incansável na busca incessante a ser mais e mais para, assim, prover-se e prover a sua profissão de respeito, qualidade, humanismo, dignidade. Sabedor de ser referência, formador de opinião, será sempre um exemplo exemplar tanto nos erros, quanto nos acertos, sobre e em qualquer situação. Uma pessoa humana sempre disposta a, também, aprender. Um auto escolhido ou escolhido “in natura” pela sagacidade de galgar a um orgulhoso posto de, tendo aprendido, ensinar. O professor, leitor, é uma pessoa sagrada com a sublime missão de destravar o que sabe e, no seu largo-profundo bojo, tem em si para, solenemente sem titubeios, passar para o próximo. Seja vizinho, família, gente de rua, todos os das escolas da vida. Lindo isso, leitor e euzinho Gondim. Lindo de morrer e viver. Amou que beijou no ombro? Brigado. Todo real Professor é, em uníssono e unânime, um aluno, um irmão, um companheiro. Tudo com amor ao próximo. Jesus, Buda, Ghandi, Guevara, Lutherking, D. Hélder Câmara, entre vários, não serão sempre os maiores e os melhores mestres da natureza humana? Agradeço, leitor-aluno, pelo sim. O amigo das rochas ígneas, metamórficas, sedimentares...do Teoremas de Pitágoras e das funções...dos ensinamentos ecológicos...das regras do voleibol...das histórias continentais e do Brasil...das coordenadas geográficas...das figuras de linguagem...das escolas literárias...das orações coordenadas e subordinadas ... dos verbos to be e to have...  dos elementos e  substâncias ...dos genes e ciclos  ... das leis da relatividade...

O amante dos improvisos saudáveis, dos quadros, dos pincéis do giz. Agora, também, das tecnologias.

Eterno amigo de si e dos outros, o Professor orgulha-se perfumado de ser e para sempre ser a RODA DA CIILIZAÇÃO E O MÁXIMO   EXEMPLO DE DEVER CÍVICO DE UM POVO E DE UMA NAÇÃO.

ORGULHO DE SER, FILOSOFICAMENTE, O CARA.      

Professor, indaga para terminar o brevíssimo ensaio e para que não se durma, o gênio Chico Buarque de Holanda: “QUEM LHE ENSINOU O ALFABETO?”

Os Deuses...

Otoniel Gondim --- Professor, Escritor e Compositor.

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