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Artigo: O emprego, o trabalho e as profissões estão mudando. E a regulamentação?

Desde o final do século 18, com o advento da Revolução Industrial, novas profissões e ocupações têm sido geradas pelas tecnologias que surgem com uma velocidade cada vez maior.

Um exemplo sintomático foi o advento dos pagers nos anos de 1980/1990. Milhões de pessoas no mundo andavam com o aparelhinho em seus bolsos ou cintura e, ao receberem um toque sonoro, corriam para telefonar para uma central que então lhes passava os respectivos recados...

Artigo: É preciso dizer o óbvio: a crise climática não é fake news

É bem provável que se este texto for compartilhado em alguma rede social, virão comentários dizendo que “o aquecimento global é uma invenção das universidades públicas”, ou que “a crise climática é uma teoria de dominação dos globalistas”. 

No entanto, enquanto nós nos questionamos se ainda sabemos o que é real em meio a tanta desinformação, algumas pessoas e comunidades parecem ter cada vez mais certeza sobre as suas próprias “versões dos fatos”. Não à toa, reproduzem diariamente teorias da conspiração e impactam não apenas nas redes, mas também fora delas. Enquanto isso, fica a questão, quem ganha com o avanço do negacionismo climático?..

Artigo: Reforma Tributária necessária, urgente e perigosa

Tema relevantíssimo para a sociedade brasileira, a Reforma Tributária é imprescindível para a modernização do país. As discussões são tempestivas em termos políticos, econômicos e sociais, cabendo ao Senado Federal fazer as adequações necessárias ao projeto aprovado na Câmara.

É notório que o nosso Sistema Tributário é complexo e caro para a sociedade: mais de 60 tributos exigidos dos contribuintes, quase uma centena de obrigações acessórias ou burocracias, quantidade avassaladora de normas para disciplinar a cobrança tributária e efeito “cascata” dos impostos e contribuições...

Artigo: Brasília, uma Tragédia Grega  

Diz um antigo ditado sertanejo que jumento carregado de rapadura até o rastro é doce! (Pra não usar um termo escatológico) Hoje, cheguei no crepúsculo da tarde, junto ao meu torrão, foi um dia cansativo e desgastante, para piorar, me deparo com um litígio numa disputa de terras, para não ocorrer as vias de fato, tive que intervir como um juiz de paz, não é fácil para um magistrado, avalie para um criador de bodes, que não cursou Direito em uma universidade.   

Depois de muito desgaste, por conta da supracitada peleja, começo a verificar o noticiário pela web, já que ao menos ali, temos opiniões distintas; aí vejo que finalmente ocorreu o primeiro julgamento de um dos condenados pela “barbárie” de 08 de janeiro de 2023, depois de mais de oito meses, desculpas, condenados não, suspeitos, “vândalos, bárbaros, visigodos, vassalos, fascistas, golpistas” etc. e coisa e tal, como tem sido rotineiramente pronunciado...

Artigo: Doenças infecciosas são muito influenciadas pelas condições climáticas

Doenças infecciosas são muito influenciadas pelas condições climáticas, tanto que existem períodos do ano em que são mais frequentes, o que o professor Paulo Saldiva chama de sazonalidade. No verão, predominam as doenças transmitidas por mosquitos (zika, chikungunya etc.), enquanto no inverno as doenças respiratórias são as mais prevalentes. No caso da covid, porém, não se sabe ao certo, “muito por que o vírus era muito eficiente para se transmitir e talvez o clima para ele fosse indiferente”.

Diante disso, um grupo de pesquisadores se reuniu em uma coalizão climática, envolvendo 455 cidades situadas em diferentes localidades, o que permitiu o estudo dos efeitos climáticos em um amplo espectro de umidades, desde regiões desérticas até climas mais úmidos ou extremamente frios. O resultado é que, “apesar de toda sua eficiência, o vírus precisa de um “empurrãozinho” para se disseminar. Baixa temperatura e baixa umidade são companheiras do vírus”, alerta o colunista...

Artigo: O suicídio está deixando de ser tabu no jornalismo

Tabu durante muito tempo no jornalismo, o suicídio está, aos poucos, deixando de sê-lo. Num passado não muito distante, era relativamente comum “mascarar” os obituários das pessoas que tiravam a própria vida, usando eufemismos como morte inesperada, por exemplo. Nos últimos dez anos, contudo, isso vem mudando, até porque os problemas de saúde mental, não  mais estigmatizados, são discutidos abertamente, algo que foi grandemente impulsionado pela pandemia de covid-19, que escancarou as mazelas trazidas pelo isolamento, como a depressão, distúrbio que conheceu um grande crescimento no período.

“O que está se percebendo é que aparece mais a possibilidade de os jornais, quando noticiam a morte de alguém por suicídio, dizer que foi um suicídio”, diz o professor Carlos Eduardo Lins da Silva. Ele observa, porém, que ainda existem alguns cuidados a serem mantidos, como o de não divulgar a maneira como se deu a morte do indivíduo, na tentativa de evitar o que se chama de “contágio de suicídio”, que poderia levar a comportamentos semelhantes, sobretudo em pessoas com problemas mentais, da mesma forma que, pelo mesmo motivo, também se evita a “glorificação do suicida”...

Artigo: Olhar-se no espelho é uma das ações mais cotidianas da vida. mas poucas vezes pensamos sobre a carga simbólica deste objeto

Olhar-se no espelho é uma das ações mais cotidianas da vida contemporânea, mas poucas vezes pensamos sobre a carga simbólica deste objeto. Não pensamos no artefato como meio, suporte e técnica e, menos ainda, nas lendas e significados que o envolvem nas distintas sociedades e na história da arte. Com efeito, o encantamento pela imagem refletida está registrado nas mais diversas culturas e, hoje, é material fartamente encontrado em proposições artísticas.

Algumas investigações, tal como Os reflexos da arte em Inhotim, estudo de Rosana Aparecida Dalla Piazza, discutem o uso da imagem refletida em obras visuais e, outros ainda, chamam a atenção para os seus significados na literatura e poesia. Evidencia-se o poema “O coração dos homens”, que integra o livro Sul, de Veronica Stigger (Editora 34, 2016). Vale a pena buscar essas referências. Nesse contexto, proponho aqui algumas anotações sobre as metáforas que envolvem arte, “verdade” e “ilusão” através do espelho...

Artigo: O assassinato de Mãe Bernadete e os desafios da segurança pública para governos progressistas

O assassinato de Bernadete Pacífico foi um dos principais crimes políticos da história recente do Brasil. Ela morreu por não se sujeitar à tirania armada dos que agem movidos pela busca criminosa por lucro e poder. Assim como ocorreu com Marielle Franco, assassinada em março de 2018, no Rio de Janeiro, os matadores atacaram sobretudo sua figura pública, os valores que ela representa para a sociedade baiana e brasileira, na tentativa de para silenciar as discussões e os debates provocados por sua existência e liderança.

Mãe Bernadete era ialorixá, matriarca de terreiro e mestre de samba de roda. Mantinha vivo o conhecimento que herdou de sua mãe, Maria Alvina do Nascimento, parteira e sambadeira. As ações de Bernadete também eram políticas e estavam voltadas à organização de sua comunidade, localizada numa área de 840 hectares do quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Ela ajudou a criar uma associação que permitiu 290 famílias viverem da agricultura familiar. Bernadete representava, pela sua ação, cultura e visão de mundo, a resistência contra a ganância de diferentes grupos que a viam como um obstáculo...

Artigo: Escola simplesmente, ou escola cívico-militar?

Questão simples de responder, em teoria. Pensando apenas na finalidade da escola.

Questão difícil de responder, na prática. Imaginando uma mãe específica, escolhendo uma escola para colocar os filhos: pública ou cívico-militar?..

Artigo: A dívida de Lula com a revitalização do Rio São Francisco

“O Belo Chico nasce das lágrimas de uma índia

Descendo a Depressão Sertaneja..

Artigo: A sina dos comuns

As primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram que a população brasileira cresceu 6,5% desde o levantamento de 2010, chegando a 203 milhões. Apesar do grande número de pessoas, essa foi a menor taxa de crescimento anual já observada desde o início da série histórica do Brasil, em 1872.

O crescimento populacional, em descompasso com a capacidade de sua manutenção pela sociedade, tem preocupado pensadores há séculos, como Thomas Malthus (1766-1834). Mas em uma visão mais moderna, o professor Garrett Hardin publicou, em 1968 na prestigiada revista Science, o artigo A tragédia dos comuns, que inicia falando sobre a guerra nuclear, e tem o crescimento populacional como o tema central: “Um mundo finito pode suportar apenas uma população finita; portanto, o crescimento populacional deve eventualmente ser igual a zero”...

Artigo - ocaso e escuridão: impactos de aríete na epiderme do dia

Poderia utilizar como epígrafe para esse bate-papo, como indicador apenas ilustrativo, ou como parte essencial do contexto, ou apenas como visão, produto do surto e do estado de nervos, duas lembranças tênues e vagas, ecos de leituras remotas que empreendi por alguma obrigação acadêmica.

A primeira diz respeito ao Dilema do Jacaré, citado talvez por Zenão de Aléia ou Sêneca ou Tirésias:..

Artigo: Educação orientada a dados

O mundo vem mudando e se transformou muito no último século, porém a educação, aquela… da lousa, carteiras enfileiradas, os professores em sala, as aulas, o intervalo, dever de casa, cadernos, chamada, prova, notas, não mudou o suficiente para fazer frente a este mundo, que está em um ritmo alucinante de mudanças.

A educação necessita estar conectada com o mundo atual, e, acima de tudo, em constante aprendizado. As inovações acontecem a uma velocidade incrível, e, para adicionar um pouco mais de dificuldade, essas inovações são cada vez mais disruptivas, ou seja, quando uma começa a ser assimilada, outra já está surgindo e impactando diretamente as pessoas. A ideia daquela vida A,B,C simplesmente não existe mais. Mas, afinal, o que é essa tal vida A,B,C?..

Artigo: Potencialidades do Semiárido para a agricultura brasileira

O Semiárido brasileiro tem características muito desafiadoras. A maioria dos seus municípios apresenta pluviosidade inferior a 800 mm anuais. A evapotranspiração é, em média, de 2000 mm ao ano, superando a precipitação em praticamente três vezes. Nessa perspectiva, é possível analisar o tamanho do desafio que é promover o desenvolvimento da agropecuária na região.

O compromisso de contribuir para uma realidade produtiva que permita evolução nos indicadores socioeconômicos atuais impulsiona a pesquisa para o desenvolvimento de soluções tecnológicas adaptadas à condição local, gerando incrementos de produtividade e oportunidade de renda...

Artigo: São João não tem prefeito

A Programação de São João é como escalação de seleção brasileira: não agrada a todo mundo. Mas há argumentos mais legítimos que insultar as gerações passadas, dando-lhes como desprezo a justificativa de que "o novo sempre vem".

É verdade que, hoje em dia, as mídias sociais influenciam a contratação de quem está "estourado" no Tik Tok. Porém, isso só acirra a discussão quanto a ausência de nomes identificados com o gênero que notabilizou Luiz Gonzaga como rei do baião: o forró. ..

Artigo: O Brasil pós-Constituição de 1988: avanço ou retrocesso?

A promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, foi festejada como um marco após a redemocratização do Brasil e considerada uma das mais modernas do mundo, com a adoção de garantias e direitos sociais e individuais importantes.

Em que pesem os avanços trazidos com a nova Carta Magna, passados 34 anos é saudável nos perguntarmos o que aconteceu com o Brasil nesse período pós-Constituição Cidadã...

Artigo: "Tem..tem..tem ..tem Teotônio 

"Tem..tem..tem ..tem Teotônio 
- Já viu Teotônio triste?
- Só de "óculos"!
 "Urubuservando" de soslaio..algum desavisado vascaíno, botafoguense ou pó de arroz. 
Nos  últimos tempos aumentamos os conflitos, chegamos ao extremo da retórica.  Tudo por causa  e efeito da nossa  política "chinfrim " .
Quanto mais a gente vive- ainda mais multiplicamos despedidas.
Teotônio chegou aqui em 1964, ano do "golpe", não sei se retirante "morte e vida Severina" , de algum "topônimo"perto de UAUÁ, se não me engano: Tacaratacá?
Em 2024,  faria 60 anos de Juazeiro( haveria uma festa na concha da Apolo com ele cantando com os Kamenas Boys, Geraldo "pateta", Paulinho "camaleão ",  o camundongo Raimundo Nobre - o grilo seresteiro. Denizá do "salão azul",  Nonato "alicate"Presley "   "voz de veludo", o Nat King Cole de Juazeiro- Amilton Sacramento, com Edésio no violão, Waldecy no acordeon, Urbano no cavaquinho e seu "Galo" apresentando)..ainda seria  tempo daquele "tamarineiro"
Mas não existe mais Juazeiro? Até parece  que hoje  somos 250 mil "vaqueiros "??Onde me reconheço em Albert Camus - "O estrangeiro ".
Adeus Teotônio ..!
Você dizia que eu era um "obituário " nas redes..e agora, quem vai dizer?

Maurício Dias-poeta, cantor e compositor..

Artigo: “Trago nas veias o sangue do açoitado e do açoitador”

Não é comum que a mídia brasileira dê ampla repercussão a eventos culturais ocorridos na “terrinha” de além-mar, mas na última terça-feira, 24 de abril, foi diferente. Tratava-se do discurso de aceitação do Prêmio Camões, o mais importante do mundo lusófono, concedido a Chico Buarque de Hollanda em 2019 e finalmente entregue em Lisboa, na véspera do 25 de abril, quando Portugal comemora o aniversário da Revolução dos Cravos. Em seu discurso Chico exaltou a efeméride, evocando os versos de sua canção Tanto mar, sem deixar de lembrar também – num gesto ousado que a presença de tantas autoridades portuguesas não inibiu – seus antepassados cristãos-novos (Diogo Pires e Orovida Fidalgo) que viriam dar com os costados no Nordeste brasileiro ainda no século XVI, fugindo da perseguição implacável dos inquisidores ibéricos.

A ampla cobertura do evento, no G1, Uol e similares, destacou quase que exclusivamente – por motivos óbvios e mais do que justos – a estocada no ex-presidente brasileiro a quem Chico, com admirável ironia, “agradeceu” (tendo a sabedoria de não citá-lo nominalmente, no que o sigo aqui), por sua “rara fineza de não sujar o diploma do meu Prêmio Camões” com a sua assinatura quando a distinção foi concedida. Desincumbido, portanto, de comentar o fato de olho em suas consequências imediatas para o noticiário, gostaria de deslocar a ênfase para outras passagens da fala de Chico, igualmente contundentes e merecedoras de destaque. Essa uma das vantagens em atuar na esfera acadêmica, ao menos em seu sentido original; despreocupado da obrigação de “permanecer relevante”, gerar likes, repercutir, enfim, o pesquisador pode se concentrar naquilo que à primeira vista parece lateral e secundário, mas que na maioria das vezes é exatamente onde está a beleza mais humana e irrepetível de um momento singular...

Artigo: Direita ou esquerda? Por Ticiano Felix

Direita ou esquerda, esquerda ou direita, oh! Dúvida terrível! Muitas vezes, irremediável e dolorosa; essa dúvida me corrói há trinta e cinco anos.

O ano era o de 1985, o mundo vivia cambueiros de dúvidas, de incertezas; no Brasil, só se falava na mudança do regime militar, que era de “direita”, repassando as rédeas do poder de volta aos civis, digamos, políticos profissionais, como sequência no seguinte ano, ocorreria a primeira eleição pós ditadura, que inclusive os deputados federais, eleitos nessa “peleja” iriam promulgar pela “enésima” vez a tão sonhada “tábua da salvação”- digo, Constituição! Por sinal a maioria dos deputados e governadores que galgaram êxito nesse pleito, eram da ala denominada “esquerda”. ..

Artigo: Ao Mestre com Carinho

Nesta segunda-feira, 13/03/2023, via na TV, um dos últimos episódios da novela: Mar do Sertão, 18 horas, quando me deparei com as cenas em que a filha professora(que já havia alfabetizado várias pessoas), do personagem Timbó, toma coragem para alfabetizar o pai e a mãe.

As cenas obviamente me afogaram em lágrimas, porque meu pensamento num zas-trás, relembrou que uma jovem artista pop, havia levantado uma polêmica ao afirmar que: "quem não tem o que fazer, vai ser professor(a), e que um professor(a), trabalha um mês inteiro para ganhar 5 mil reais, e ela por meia hora de show, recebia 70 mil reais"...