Paulo Bonfim chegou a menos tempo e foi selecionado pela família do prefeito para gerenciar um comércio de gastronomia num posto de gasolina às margens da BR 407. Trouxe consigo a fama de bom profissional conquistada numa famosa churrascaria da capital. Com o encerramento das atividades do negócio foi absorvido pela nova atividade familiar, a administração pública, e nesses últimos três anos produziu uma carreira meteórica na hierarquia da administração.
Ao ser agraciado com o título de CIDADÃO JUAZEIRENSE na última semana bradou na imprensa que pode ser o nome escolhido para disputar a eleição de prefeito e que após esse breve estágio acha-se capacitado para dirigir a sexta maior cidade do Estado.
Concluindo, vivemos num país sem fronteiras internas onde todos falamos um único idioma e com o direito sagrado de ir e vir. Juazeiro já era cosmopolita antes da construção da barragem de Sobradinho e da implantação da mineração de Caraíbas Metais. Por sermos o mais importante porto fluvial do Rio São Francisco aqui chegaram milhares de brasileiros que viraram juazeirenses apaixonados e sem sofrerem qualquer tipo de discriminação.
Todos construíram suas histórias de vidas e ocuparam espaços na consolidação da nossa sociedade portanto, chamar de "FORASTEIROS" essas pessoas que participam de um projeto nefasto ao desenvolvimento da cidade e que apenas estão servindo de instrumentos a interesses excusos de um governo que tem feito da Prefeitura um grande balcão de negócios é apenas uma forma de separar os VERDADEIROS JUAZEIRENSES ADOTADOS daqueles que por esses motivos podem ser chamados de JUAZEIRENSES DE OCASIÃO.
JOSÉ HUGO DANTAS - Juazeirense, filho de forasteiro.
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