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Artigo: Crescer no vazio ético da mídia brasileira

Era madrugada e dois jornalistas conversavam sobre mídia num aeroporto do Nordeste. Um era estrangeiro e outro brasileiro, ambos de um grande jornal internacional com extensão no Brasil.

O brasileiro – pela conversa era fotógrafo – pergunta ao estrangeiro como está a imagem do Brasil no país dele depois do golpe. O estrangeiro repete que está pior do que era antes. Mas, ressalta que notícias sobre o Brasil pouco aparecem no seu país de origem. Porém, continua dizendo que o Brasil, surpreendentemente, é o segundo mercado no mundo do jornal que ele representa. Esperavam que esse lugar fosse ocupado pela Argentina ou México, mas, aconteceu aqui, com uma equipe reduzida que ele começa a comentar com o fotógrafo...

ARTIGO: “SAUDADE DAS DONZELAS LÁ DA CASA DE FARINHA”

Não poderia haver título melhor para estas linhas em que nos deteremos sobre as já saudosas casas de farinha. A frase é de um cantador do sertão que ouvi nos meus dias de menino. Ah, as casas de farinhas!

Poderíamos dizer que a vida no sertão começava na quadra da farinhada. Para a casa de farinha se voltavam todas as atenções, transformando-se a mesma num pólo aglutinador de pessoas advindas dos mais diferentes rincões. Famílias inteiras mudavam-se para lá, onde se demoravam por dias e até semanas, o tempo que fosse necessário para dar por pronta a cobiçada iguaria. 

A festa começava ainda na roça, na arranca da mandioca. Sim, a festa, porque aquilo não era trabalho. Parecia mais um folguedo, regado a pinga boa e animado por acaloradas cantorias. As arrancas eram disputadíssimas e possuíam caráter de evento social, com agenda previamente estabelecida. Assim se evitava que duas arrancas acontecessem ao mesmo tempo. Era a festa da mandioca. Dela participava a vizinhança toda, sem contar os que vinham de mais longe. 



Acomodadas em caçuás e transportadas no lombo de jumentos, as raízes chegavam à casa de farinha, onde eram aguardas por rapadeiras habilidosas. As facas entravam em ação, num chichiar contínuo e cadenciado. Em pouco tempo, livre da casca, o produto repousava branquinho, pronto para a “desmancha”. Lá fora, a panela borbulhava. Era o rango sendo preparado. Havia muitas bocas a alimentar. No cardápio, feijão com jabá e pé de porco.

E a festa prosseguia, cada um fazendo de um tudo: rapar, ralar, prensar, peneirar, enfornar, ensacar; eis a linha de produção. Recolhida em cochos ou gamelas, a manipueira fornecia a alvíssima tapioca posteriormente transformada nos alvíssimos beijus, que eram servidos no desjejum, com café quente, da hora. A cada passo, a cada processo, as pessoas iam se revelando mais qualificadas nas tarefas de que eram incumbidas. Homens feitos, mulheres e meninos, todos atuando com habilidade extraordinária. Não era pra menos; o ofício é antigo; vem de eras imemoráveis; os nativos já o faziam. O Brasil, aliás, nasceu sob o signo da farinha. Foi ela seu primeiro sustento; um maná dos deuses a forjar uma nação inteira. 

A casa de farinha não era só uma casa de farinha. Era uma indústria de saberes, de afetos, de poesia. Vivia ela da solidariedade, da cooperação, da ajuda mútua. Sua lógica era a do mutirão, do trabalho conjunto que forma fraternidade. Era o jeito bíblico e conselheirista de conceber a vida, de gerar sociedade. Sua produção tinha como fim o consumo familiar, comunitário, sem visar o lucro cego, fruto da ambição mercantilista. 

A casa de farinha modelou a cultura sertaneja. Estabeleceu formas de convivência. Fixou canais de interação. Uniu. Aproximou. Estreitou laços. Era lugar de encontro. De ajuntamento. De confraternização. Por ali circulavam informações; trocavam-se experiências; construíam-se novas relações. Ali contavam-se histórias de trancoso, liam-se folhetos de cordel, cantava-se a moda da terra. Vez ou outra, aparecia um sanfoneiro para animar a festa. Quando isso acontecia, o forró ia noite adentro. No terreiro, crianças brincavam de roda, livres da chatice dos mais velhos.

À noite, à boca do forno, juntava-se a rapaziada toda. Era chegada a hora da paquera. Muitos iam à casa de farinha com o intuito de namorar. E namoravam. Não foram poucos os casamentos nascidos ali, ao crepitar das brasas em chama.

Veio a mecanização e afastou o que havia de mais precioso. A casa de farinha já não é mais a mesma. Perdeu o encanto de outros tempos. Despida de poesia, de afeto e de calor humano, hoje não passa de uma ruína, perdida em meio à capoeira, como se fora um fogo morto.

José Gonçalves do Nascimento
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Artigo: A Teologia Refinada do Papa Francisco

A teologia do Papa Francisco é refinada e não está ao alcance de qualquer teólogo. A acusação que ele sofre de não ser um teólogo, mas um pároco de aldeia, revela muito mais a ignorância de seus detratores do que o conhecimento teológico de Francisco.

Na Laudato Sí ele deixa claro, pelas citações que faz, qual é linhagem teológica que ele adotou para seu papado. Ao assumir o nome de Francisco, não assume apenas um nome, um ícone de grande parte da humanidade, um estilo de vida, um estilo de Igreja, mas uma linhagem teológica, isto é, a soterrada teologia franciscana ao longo da história...

Artigo: Isaac, Paulo Bomfim e Juazeiro

ARVORA-SE 2017!  E todos retomam, afinal  até que enfim, esperanças sucumbidas e perdidas.  Ei, 2016... há mais tempo! Um ano cruel, enfadonho, erva daninha, de pouquíssimas bondades e recordista em maledecências de todos os naipes. Um ano que pareceu mais um século e, como disse em versos o mestre Caetano “ ...Tudo demorando em ser tão ruim “.

Desapega, disgrama!..

Artigo: Pela Cultura de Juazeiro (1)

“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Jonas 1:2

A cultura

A maior riqueza de um povo é e será sempre o próprio povo. O que caracteriza a diversidade de um povo é a sua cultura, o que coloca este segmento como um dos mais importantes para um desenvolvimento social de face critica...

Artigo: A verdade sobre a falta de reação dos brasileiros diante da incrível destruição do Estado

A sensação de impotência política tem tomado conta de uma grande parcela da sociedade que sabe o que está acontecendo no país, mas sabe muito bem que sozinha não vai poder combater as nocivas mudanças que vem sendo implementadas no Brasil como Estado.

Pior ainda é saber que o povo não começou a reagir, exatamente porque o povo não sabe o que de fato está acontecendo. O povo está sendo literalmente enfeitiçado, mas precisamente imbecilizado, pelo processo de desinformação promovido pela mídia comprometida com a noção de Estado Mínimo, principalmente pela Rede Globo de Televisão...

Artigo: 2017, o ano da esperança!

“Ao ano velho e caduco / que se despede cansado / daqui de Joaquim Nabuco / venho dizer: obrigado!”. Esses versos de Carlos Drummond de Andrade me remetem a outros do poema “História Trágica”, desse mesmo poeta, que os pessimistas insistem em declamar: “Esta ponte está podre / Não passa de janeiro / Ou cai agora / Ou não me chamo Flordualdo”.

Na condição de otimista que, como dizia outro brilhante escritor mineiro, Fernando Sabino, “erra tanto quanto o pessimista, mas não sofre por antecipação”, vamos inaugurar janeiro logo ali na esquina, em um domingo de sol, na terra de Caymmi, com esperança no coração e dúvida no azedume dos incrédulos...

Artigo: A verdade sobre os distúrbios institucionais e as Diretas Já!

Quando defendemos a tese que era perigosíssimo para a nossa já consolidada democracia a quebra das regras elementares, principalmente aquela que determina que para governar o pais deve-se ser feito através do voto popular, defensores contrários da idéia pregaram abertamente que era porque eramos do Partido dos Trabalhadores, sem ao menos sermos filiados ao mesmo.

Resultado, consolidaram suas ideias na base da força jurídica e escolheram para governar exatamente um homem que não passa, literalmente está comprovado que não passa pelo crivo das urnas. Escolheram para tanto um homem sem capacidade de coordenar equipe, bem como sem capacidade de governar. Incompetente e impopular!..

Artigo: O MEJ e a sede empreendedora no interior baiano

O Movimento Empresa Júnior (MEJ) tem ganhado cada vez mais espaço no interior baiano. E não poderia ser diferente, já que os estudantes universitários dessa região não se conformam mais em apenas receber os conteúdos programáticos em sala de aula. Eles estão atrás do autoconhecimento profissional, o que hoje é encontrado no empreendedorismo.

A exemplo, temos a Empresa Júnior (EJ) do curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, a Concretize Jr, que está há quatro anos atuando no mercado com sua carta de serviços, abrangendo não apenas o Vale, mas outras cidades longínquas, como a capital pernambucana, Recife. E o que os 76 jovens que passaram pela empresa e àqueles que estão passando por ela ganham com essa experiência? Como dito, existe uma inquietação, é uma preocupação em ser e fazer um diferencial no mercado de trabalho, e por isso somente vivenciando o dia a dia de uma empresa é possível entender e adquirir know-how para encarar o mundo a fora. Onde mais se poderia encontrar um leque tão arraigado de conhecimento? Onde encontraríamos tantas possibilidades e problemas a serem resolvidos?..

Artigo: QUE VENHA O ANO NOVO

Mais um ano chega ao seu final, 2016 foi ano atípico, pois tivemos de tudo, tragédias (Chapecoense), surpresas eleitorais(USA Trump e Dória SP), conquistas pelo nosso futebol(Olimpíadas), escândalos na Rússia(Doping), no futebol espanhol  mais uma vez a estrela do craque Cristiano Ronaldo brilhou magnificamente ofuscando a famigerado Messi(que nada tem feito).

Mas vamos falar um pouco do nosso país e até da nossa querida Juazeiro. Em Brasília como vem acontecendo nos últimos anos, a quadrilha política continua usurpando nosso dinheiro com falcatruas, propinas (que eu chamo de ROUBO).  E o pior que não escapa ninguém.     ..

artigo: Quando as Forças Armadas forem embora, o que restará da segurança pública de Pernambuco? 

Uma cidade sitiada. Milhares de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica espalhados pela capital pernambucana com o suposto objetivo de evitar a deterioração da segurança da cidade. O envio das forças de segurança foi solicitado pelo governador de Pernambuco, em resposta a luta dos policiais e bombeiros militares por valorização profissional e melhores condições de trabalho. Não existe greve.

A operação padrão" (só saem as ruas com todos os equipamentos de segurança em bom estado), o que na prática diminui o número de policiais nas ruas das cidades. É crime trabalhar na legalidade? Na verdade, o pedido de socorro ao Governo Federal é um atestado de que o governo estadual não consegue mais cumprir suas funções na área de segurança pública. Basta ouvir a população para saber que o Pacto pela Vida está falido, não funciona...

Artigo: De 1 milhão de mortos para 1 milhão de cisternas

Na seca de 82 a estimativa foi que pelo menos 1 milhão de Nordestinos ainda morreram de inanição, isto é, fome ou sede. Nessa seca que vem de 2012 até 2016, não há registros de mortes por inanição, nem o fenômeno das grandes migrações, nem frentes de emergência e muito menos saques nas cidades do sertão.

O IX ENCONASA – Encontro da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) -, acontecido entre 21 e 25 de novembro, em Mossoró, constatou que passamos de 1 milhão de mortos para 1 milhão de cisternas. Além do mais, houve 200 mil replicações de tecnologias para armazenar água para produção. Enquanto as cidades passam grande necessidade no Semiárido - por falta das adutoras - e o gado da “classe média rural Nordestina” morre por falta de água e ração, o povo que sempre foi vítima das tragédias humanitárias das secas está bem melhor que os demais. Aprendeu com a captação da água de chuva, o manejo da caatinga, a criação de animais resistentes à seca, assim por diante...

Artigo: Jamais seremos os mesmos

Escrevo para mim mesmo e alguns milhões que comungam a mesma impotência – pelo menos por hora - perante o golpe impetrado no Brasil e seus desdobramentos.

Não tivemos chance de defesa. Falo dos 54 milhões de brasileiros que tiveram seus votos sequestrados por trezentos e poucos calhordas da Câmara e depois 60 senadores. Agora, todas as mudanças constitucionais que vão sendo operadas de costas para o povo.  ..

Artigo: FIDEL E O CÉU

Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos, Raúl Castro: Os barbudos da Sierra Maestra que detonaram a ditadura perversa e sanguinária  de Fulgêncio Batista , então sob a batuta e o guarda-chuva do capitalismo selvagem americano. Amou esse início, leitor saudoso? Certeza que dourou? Tomém. Saudadezinhas mil de vosmecê, amigo  das letras. Fidel Castro, o chefe-mor imponente da Revolução Cubana. Che Guevara, o  guerrilheiro romântico da Revolução Cubana.

Os dois maiores ícones da maior revolução de resistência a que o planeta terráqueu  já assistiu. Cuba, uma pequenota ilha paradisíaca perdida no meio da Caribe. Mas, que servia aos americanos ricaços para lhes proporcionarem lazeres que iam da prostituição às jogatinas em hotéis e cassinos de luxo. Sem contar, logicamente que mais lógico, as intermináveis fazendas com imensas casas grandes em contraste com as funerárias senzalas ( Ai, ai, ai,ai, Helena...será que será que o sociólogo Gilberto Freire fez o seu livro Casa Grande e Senzala a partir disso ? Bem poderia ter sido.)...

ARTIGO: Verdes e brancos                  

Dois estádios cheios e nenhum jogador em campo. Chora o futebol e quem enxuga as lágrimas nesta noite de 30 de novembro de 2016? Quem haverá de vibrar com as jogadas espetaculares, dribles e entortadas e ainda receber no peito a bola que nem saiu do pontapé inicial? O drible, a finta e o chute de efeito. A Chaleira, o Caneco, a Bicicleta, o Chapéu e a Trivela. Cadê o Gol de Letra e os craques que levam o time às alturas como se fossem Folhas Secas no ar? Agora, lá do alto ouvimos apenas a pane seca e um rastro tremendo de dor a devorar com fúria a surpresa da última temporada do futebol latino-americano. Perdemos numa única partida, jogadores, membros da delegação, jornalistas e tripulação. 

Um jogo cruel onde a bola inglesa deu lugar a caixas pretas, velas, cruzes e lágrimas. Nossa porção mais risonha e límpida agora beira a incredulidade face ao imponderável. Da Arena Condá ao Estádio Atanásio Giradot “Somos todos chape”, Chapecoenses, verdes e brancos como o Atlético Nacional, a esperança e a paz. E embora tocando a pelota de lado na política ou mesmo pisando literalmente na bola nas pelejas do Congresso Nacional, seguimos nessa paixão excepcional e obsessiva. O coro das arquibancadas e a velha história da caixinha de surpresas dão o tom transitório deste mundo contraditório caminho até Deus. Bola com Cleber Santana que passou para Josimar, que passou pra Gil, que rolou para Sérgio Manoel que rolou para Ananias, que cruzou para Kempes e é goooooool. “Estamos sonhando, torcida brasileira!”...

Artigo: Festa no Inferno

Sábado (26), no inferno chegou mais um ilustre morador, suspeito que Fidel Castro terá uma cadeira vitalícia no Inferno. O "tinhoso" deve ter recebido Fidel com honras de Estado, certeza há muito o aguardava com ansiedade. Fidel dizia que a História o absolveria, a História até pode absolvê-lo, mas creio que a Justiça Divina jamais.

Castro junta-se em sua nova morada a outros líderes socialistas como Lenin, Stalin, Mao Tsé-Tung e Kim Jong-Il, também a outros da extrema direita nacionalista como Hitler, Mussolini e Franco. ..

ARTIGO: Luiz Gonzaga não morreu! Vive na alma da gente brasileira 

Gilberto Amado disse a propósito da morte de sua mãe: "Apagou-se aquela luz no meio de todos nós". Para o Nordeste, e tenho certeza para todo o país, a morte de Luiz Gonzaga foi o apagar de um grande clarão. Mas com seu desaparecimento não cessou de florescer a mensagem que deixou, por meio da poesia, da música e da divulgação da cultura mais brasileira.

Nascido em Exu, no alto sertão de Pernambuco, na chapada do Araripe, na divisa com o Ceará, "arribou" e ganhou o Brasil e o mundo, mas nunca se esqueceu de sua origem. Sua música, a música de Luiz Gonzaga e parceiros compositores é politicamente comprometida com a busca de solução para a questão regional nordestina, com o desafio de um desenvolvimento nacional mais homogêneo, mais orgânico e menos injusto.
 
Telúrico sem ser provinciano, Luiz Gonzaga sabia manter-se preso às circunstâncias regionais sem perder de vista o universal. Sua sensibilidade para com os problemas sociais, sobretudo nas músicas em parceria com Zé Dantas, era evidente: prenhe de inconformismo, denúncia do abandono a que ainda hoje está sujeito pelo menos um terço da população brasileira, mormente a que vive no chamado semiárido.

Luiz Gonzaga é o responsável pelo que atualmente existe de melhor na música brasileira. A força da voz e a puxada da sanfona presente nas toadas e cantorias tonificou a nossa música, retirando-a do empobrecimento cultural em que se encontrava nos ano 40 e cá prá nós, continua atual nos tempos de hoje de tanta pobreza cultural.

A música de Luiz Gonzaga é o sentido de nossa identidade cultural pois consegue ser genuinamente nacional, posto que de defesa de nossas tradições e evocação de nossos valores. Luiz Gonzaga interpretou o sofrimento e também as poucas alegrias de nossa gente em ritmos até então desconhecidos, como o baião, o forró, o xaxado, as marchinhas juninas e tantos outros.

Pesquisadores e estudiosos da obra gonzagueana apontam que até hoje por meio da letra da toada "Asa Branca", Luiz Gonzaga continua elevando à condição de epopéia a questão nordestina. Parafraseando Gilberto Freyre, podemos afirmar que "Asa Branca" é o hino do Nordeste: o Nordeste na sua visão mais significativamente dramática, o Nordeste na aguda crise da seca.
 
Luiz Gonzaga não morreu! Em sua obra Luiz Gonzaga está vivo e vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente"...

Artigo: Combate ao tráfico de drogas e o genocídio da juventude negra

Se há um consenso na política de combate ao tráfico de drogas é que ela é de alto custo e absolutamente inócua. Longas matérias conversando com gente do BOPE, especialistas no assunto e mesmo pessoas ligadas ao tráfico, tem esse ponto em comum.

Entretanto, dos 30 mil jovens mortos por homicídio a cada ano no Brasil, 77% são negros (https://anistia.org.br/campanhas/jovemnegrovivo/)...

Artigo: Intolerância religiosa

Há algum tempo escrevi alguns artigos sobre intolerância religiosa. Não surpreendido, o assunto voltou ao debate sendo assunto na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem 2016 ao solicitar dos estudantes “Os caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”.

A intolerância religiosa é, certamente, um dos sentimentos mais nauseabundo em nosso planeta. Esta discussão  conduz a verdadeiras guerras, em nome, supostamente, de uma  religião, como se fosse possível estabelecer qual delas "estaria com a razão",  haja vista que  o fanatismo religioso  está entranhado em milhões de pessoas. Cada religião tem suas diferenças quanto a alguns aspectos, porém a grande maioria se assemelha em acreditar em algo ou alguém do plano superior e na vida após a morte. ..

ARTIGO: A incrível vitória do revolucionário dos negócios de cabelos de fogo nos EUA

Da forma como os Estados Unidos da América sempre agiram no contexto geopolítico mundial desde o final da Segunda Guerra Mundial, não faz muita diferença à vitória de um candidato à presidência do país, quer seja democrata ou republicano. Os EUA nunca vão deixar de ser nacionalistas e protecionistas, e todo mundo já conhece muito bem como funciona o projeto político do Estado americano sob o comando dos republicanos, bem como sabe as prerrogativas do mesmo Estado sob o comando dos democratas.

Com a vitória de Donald Trump, o que todos já sabem pela experiência já vivida em tempos recentes, nos governos de Reagan e Bush, vai acontecer o endurecimento e o fortalecimento do nacionalismo e do protecionismo, transformando as atuais relações internacionais existentes entre os países do mundo, e provavelmente uma nova configuração na chamada globalização mundial...