“Ao ano velho e caduco / que se despede cansado / daqui de Joaquim Nabuco / venho dizer: obrigado!”. Esses versos de Carlos Drummond de Andrade me remetem a outros do poema “História Trágica”, desse mesmo poeta, que os pessimistas insistem em declamar: “Esta ponte está podre / Não passa de janeiro / Ou cai agora / Ou não me chamo Flordualdo”.
Na condição de otimista que, como dizia outro brilhante escritor mineiro, Fernando Sabino, “erra tanto quanto o pessimista, mas não sofre por antecipação”, vamos inaugurar janeiro logo ali na esquina, em um domingo de sol, na terra de Caymmi, com esperança no coração e dúvida no azedume dos incrédulos.
Sim, nós podemos fazer de 2017 o ano da reconstrução com respeito ao passado, resgatando os valores que aprendemos no seio de nossas famílias, nas comunidades e nas escolas. Tudo com simplicidade, amor e respeito à vida, à liberdade e à dignidade humana.
Nós, brasileiros, aprendemos ao longo de mais de dez anos, com muita dor e sofrimento, especialmente nos dois últimos, que a marquetagem política tem seus limites e não é capaz de produzir as bondades prometidas. Chegou a hora de deixar a feitiçaria de lado e encarar a realidade.
A mensagem do presidente Michel Temer à nação, na noite da véspera do Natal, deixou claro que nos distanciamos da propalada “democracia popular”, em verdade populista, e estamos inaugurando o que ele denominou “democracia da eficiência”. Menos retórica e mais atitudes. Afinal a democracia já é do povo, com o povo e para o povo. O popular está intrínseco nela.
A novidade de Temer é sair da retórica e partir para a prática. Democracia é participação. Eficiência é resultado. Então, quando faz a associação da democracia à eficiência, ele está convocando todos os brasileiros a realizar as mudanças necessárias a superar a crise e inaugurar um novo país, no qual os resultados serão compartilhados com toda a sociedade.
O objetivo é adquirir a confiança da população com clara demonstração de que a eficiência no governo é a palavra de ordem e se dar quando atende o interesse de todos, sem priorizar, de jeito nenhum, qualquer tipo de corporação. Isso acompanhado da vigilância tenaz e ferrenha aos esquemas de corrupção, que serão punidos, doa em quem doer.
A reinserção da livre concorrência com bases claras e sem privilégios vai reestabelecer uma relação sadia do Governo com o setor privado. É importante trabalhar forte pela criação de um ambiente favorável à produção e ao emprego.
Em 2016, tivemos três milhões de novas ações trabalhistas, situação que inviabiliza a sobrevivência das empresas. A reforma trabalhista, assim como a previdenciária, a tributária e a política são passos imprescindíveis nesta nova trajetória do Brasil a partir de 2017.
Por Deputado Federal José Carlos Aleluia
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