Quando defendemos a tese que era perigosíssimo para a nossa já consolidada democracia a quebra das regras elementares, principalmente aquela que determina que para governar o pais deve-se ser feito através do voto popular, defensores contrários da idéia pregaram abertamente que era porque eramos do Partido dos Trabalhadores, sem ao menos sermos filiados ao mesmo.
Resultado, consolidaram suas ideias na base da força jurídica e escolheram para governar exatamente um homem que não passa, literalmente está comprovado que não passa pelo crivo das urnas. Escolheram para tanto um homem sem capacidade de coordenar equipe, bem como sem capacidade de governar. Incompetente e impopular!
Literalmente entramos num processo de distúrbio institucional, apesar dele dizer que as nossas institucionais eram fortes para depois diante de sua incapacidade politica mudar de idéia. E esse presidente não veio sozinho, ilegitimamente assumiu o posto com o discurso de combate à corrupção e formou sua equipe com diversos elementos pregressos de crimes contra a administração pública. Prova disso é que seis deles já foram embora!
E o presidente ilegitimo está indo longe demais, e por não ter sido eleito segundo regras constitucionais não tem compromissos com o Brasil, mas com as forcas que lhe apoiam, em conluio com quem foi derrotado nas urnas em 2014. E pelo visto nossa democracia está em fragalhos e perto da UTI.
Ele apareceu com uma proposta esdrúxula para definir um teto de gastos com prazo de 20 anos, quer mudar o ensino médio de modo que as próximas gerações não tenham capacidade de pensar, mas apenas a prerrogativa de servir como "robopatas", quer que os trabalhadores brasileiros somente se aposentem com 49 anos de cumprimentos de regras previdenciárias, e vem por ai a proposta estapafúrdia de 12 horas de trabalho. Como é que não se quer que entremos num distúrbio social?
E mais ainda, com a quebra das regras elementares da democracia brasileira temos os outros dois poderes em disputa. O Congresso Nacional formado por forças conservadoras que desrespeitam a chamada democracia representativa, pois representam apenas os seus cargos, seus interesses e os interesses de apoiadores de campanhas.
Do outro um Judiciário que deixou aos poucos de fazer e promover a justiça para envolver-se em aventuras politicas contra as forças progressistas que consideram seus inimigos políticos. Provas não faltam de que o Judiciário brasileiro deixou de cumprir seu papel para fazer politica, logico que suas raras exceções.
Com tudo isso posto, concluímos mais uma vez que estamos desgovernados, com as instituições em frangalhos, e em processo perigoso de uma parcela da sociedade começar a ir para as ruas defender na força seus interesses, com a possibilidade do exagero e do distúrbio. E somente voltaremos à normalidade com a volta de nossa democracia em pleno vigor de regras, porque como dizia Kant a democracia pode ser o pior dos governos porque nela todo mundo quer ser senhor, mas ainda é a única forma de existirmos nas diferenças e nas adversidades.
Portanto, somente existe um caminho nesse momento difícil de nossa história, é a escolha de um presidente legitimado pelas urnas através das Diretas Já!
Por Genaldo de Melo
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