Foram encontrados 1028 registros para a palavra: nordeste

Juazeirense empata em sua estreia na Copa do Nordeste

Ainda não foi dessa vez que a Juazeirense conseguiu uma vitória na temporada. O empate de 1 a 1 contra o Confiança, na estreia na Copa do Nordeste, não traduziu o que se viu em campo, principalmente no segundo tempo, quando o Cancão de Fogo abusou de perder gols.

Para o técnico da Juazeirense, Sérgio Araujo, o resultado poderia ser diferente se o time não tivesse desperdiçado tantas chances de gols. “Jogamos o tempo todo no campo do adversário, foram muitos gols perdidos, precisamos empurrar a bola pra dentro”, lamentou. O meio campista Naldo foi na mesma toada: “O trabalho está sendo bem feito, não tem o que se questionar, mas estamos perdendo muitos gols”, confirmou. Para o Jogador Emerson, a primeira vitória está próxima: “Deus tem algo reservado pra gente mais na frente. Aqui ficou claro, merecíamos uma vitória, mas com trabalho essa vitória vai chegar”, concluiu otimista...

Adversário da Juazeirense na Copa do Nordeste, Confiança já está em Senhor do Bonfim

 
O Confiança (SE), adversário da Juazeirense na Copa do Nordeste já está em Senhor do Bonfim, local do confronto deste domingo (14), às 18h30. A equipe sergipana se reapresentou na manhã desta sexta e embarcou de ônibus após o almoço. A partida acontecerá no Estádio Pedro Amorim.

Betinho, técnico do Azulino de Sergipe, declarou que o Cancão não é um dos maiores clubes da Bahia e não é um dos favoritos ao título do torneio regional. No entanto, ele prega respeito aos baianos. "Eles têm uma equipe muito competitiva e bem entrosada. Assisti a uma partida deles contra o Bahia, e mesmo com um a menos eles conseguiram terminar o jogo quase com um empate, sem contar que eles terão o apoio da torcida deles, então todo cuidado é pouco", comentou.

O Confiança é o líder do Campeonato Sergipano, após seis rodadas transcorridas. Na última partida realizada, a equipe de Aracaju foi derrotada em casa pelo Itabaiana, por 2 a 1, na quinta-feira (11). A Juazeirense, por sua vez, empatou fora de casa contra o Fluminense de Feira por 0 a 0.
..

Sociedade Desportiva Juazeirense estreia otimista na Copa do Nordeste em Senhor do Bonfim

O presidente da Sociedade Desportiva Juazeirense, o deputado Roberto Carlos, estava ansioso para proporcionar à população de Juazeiro um espetáculo do esporte: a estreia da Copa do Nordeste, no Estádio Adauto Moraes. Mas esse desejo foi outra vez adiado, pois o estádio não concluiu a reforma no gramado, impossibilitando a prática esportiva.

Por isso, o jogo contra o Confiança, marcado para o próximo dia 14 de fevereiro.foi transferido para o Estádio Pedro Amorim, na cidade de Senhor do Bonfim. “Estávamos ansiosos para oferecer este espetáculo aos torcedores de Juazeiro. Realmente, sinto muito pela situação do estádio que conta com atraso na reforma. Mas vamos otimistas para o município de Senhor do Bonfim, que, tenho certeza, representa bem o povo de nossa região e vai fazer bonito na torcida. Sempre fomos recebidos com muito carinho pelos bonfinenses. Um exemplo foi no ano passado, durante a Copa do Governador, quando a Juazeirense sediou os jogos na Praça de Esporte Pedro Amorim, em Bonfim e consagrou-se vice-campeão”, disse o presidente da Juazeirense, Roberto Carlos...

APLB-SINDICATO NÚCLEO UAUA PASSA PARA REGIONAL NORDESTE

Nos dias 29, 30 e 31 de janeiro, a direção da APLB-UAUÁ participou do Conselho Geral da APLB-SINDICATO em Salvador com objetivo de aprovar o Regimento do CGS, aprovar o Plano de Lutas 2016, Avaliação da Política Educacional, Finanças e Organização.

A APLB-UAUÁ esteve representada pelo coordenador Francisco-Prolepses que participou integralmente do encontro, aguardando com atenção o momento de ser avaliado o pedido do núcleo de migrar na estrutura para a Regional Nordeste de Paripiranga, dirigida por João Neto, e delegacia de Jeremoabo, dirigida por Júlio César, acordo já firmado no Conselho da Regional em Paulo Afonso em 2015. O que foi confirmado, de forma unânime, pela plenária durante a apresentação do Departamento de Organização...

Gravações de Velho Chico começam pelo Nordeste

O sertão nordestino é o palco principal do início das gravações de “Velho Chico”, próxima novela das nove, de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, com direção de Luiz Fernando Carvalho. Nos primeiros dias de janeiro, no interior de Alagoas, mais precisamente em Olho D´água do Casado, o diretor comandou as primeiras cenas com os atores Chico Diaz e Cyria Coentro, que interpretam respectivamente os retirantes Belmiro e Piedade. Em seguida, parte da equipe viajou para o Rio Grande do Norte, Baraúna, onde Rodrigo Santoro fez os primeiros takes como o coronel Afrânio. Outros atores, como Marina Nery, Rodrigo Lombardi, Fabíula Nascimento, Carlos Betão também já iniciaram seus trabalhos.     

Ao total, entre os meses de janeiro e fevereiro, serão gravadas cerca de 500 cenas, que estão acontecendo em três frentes de gravações simultâneas, dirigidas por Luiz Fernando Carvalho, Carlos Araújo, Gustavo Fernandez e Philippe Barcinski. Entre as locações escolhidas estão: São Francisco do Conde, Raso da Catarina e Cachoeira, na Bahia; Baraúna, no Rio Grande do Norte; Povoado Cabloco e Olho D´água do Casado, em Alagoas. Dez caminhões saíram abastecidos do Rio de Janeiro rumo ao nordeste para estas gravações. Só de figurino foram três toneladas divididas em 3 caminhões e outra parte que foi despachada por avião. Entre os itens estavam: vestuário, acessórios, máquina de costura e até fogão para tingimento. ..

Juazeirense está na Copa do Nordeste e taça viaja pela região

O maior desejo de todos os torcedores nordestinos no primeiro semestre está na estrada: a taça da Copa do Nordeste. Um caminhão percorrerá 5.205 quilômetros, por dez cidades do Nordeste, em 56 dias de viagem, levando a "Orelhuda" e outras atrações da maior competição da região.

O anfitrião será o mascote Zeca Brito, recebendo os visitantes no quiz da Copa do Nordeste, que vai testar o conhecimento do torcedor nordestino, no Gritômetro, um dispositivo em que as pessoas se posicionam em frente a uma máquina de fotos e gritam gol, e em várias outras atrações...

A FEIRA LIVRE DO NORDESTE COMO EXPRESSÃO DA CULTURA POPULAR

A canção “A feira de Caruaru”, composta por Onildo Almeida e interpretada pelo imortal Rei do Baião, além de ser um clássico da música popular brasileira, é também uma bela e justa homenagem a uma das mais autênticas manifestações da cultura do Nordeste: a feira livre. Tomando como referência a Caruaru dos grandes são joões e do Mestre Vitalino, a moda em destaque mostra o quão é rica e diversa a feira livre do Nordeste.

A feira é, por excelência, o lugar da diversidade. Nela se vende, se compra, se troca. Em cima de esteiras, de caixotes, ou expostos em pequenas bancas cobertas de lona, são ali oferecidos os mais diferentes gêneros e produtos, desde alimentos, vestuários, até utensílios de cozinha e ferramentas de trabalho; a feira possui sua culinária, seu modo de vestir, sua linguagem; na feira se come, se bebe, se embriaga, se cai, se levanta; na feira se canta, se dança, se contam histórias, se rememoram fatos; na feira se celebra o encontro, o ajuntamento, a roda de amigos em torno da boa “cana; na feira, arranjam-se namoros, encontram-se amantes, terminam-se casamentos; a feira é celebração, é acontecimento, é festa (a própria etimologia já o indica: “dia de festa”); é a quebra da rotina e da “mesmice” que marcam o cotidiano. 

A feira é também lugar de comunicação. Por ali circulam de boca em boca informações a respeito de quase tudo: a chuva que caiu alhures; a vaca do amigo que deu boa cria; a comadre fulana que partiu dessa pra melhor; a filha do sicrano que fugiu com um marmanjo há pouco chegado de São Paulo; a mulher que chifrou o marido com o filho do vizinho; a guerra que estourou longe dali; o deputado que roubou lá pras bandas da capital; o prefeito que fraudou as urnas a fim de ganhar a eleição; o padre que deu em cima da catequista da paróquia. 

É na feira que os artesãos expõem seus produtos e os artistas populares mostram a força do seu talento. Quando eu era adolescente, não me cansava de parar para ouvir os cantadores de ABC, poetas populares que percorriam as feiras do Nordeste comercializando seus folhetos de cordel. Aliás, veio daí minha paixão por esse gênero de poesia. Sempre admirei as feiras livres, em especial a de Monte Santo, meu torrão de origem. Achava bonito o desfilar dos caminhões paus-de-arara, que dos quatro cantos chegavam apinhados de pessoas a conduzirem suas mercadorias. Encantava-me com os vendedores de pomadas e cascas de pau, a divertirem o público com seus ousados ventríloquos, que falavam e contavam piadas como se fossem gente. Adorava os bolos, manuês e arroz doce servidos quentinhos, ainda fumaçando. Para mim, a feira era sempre uma festa, sendo rara a semana que não a frequentava. Chegava de manhã, no começo, e saía à tardinha, já no final. 

A feira quebra barreira, estreita laços, estabelece convivência. Ali cada um é tratado pelo nome (Zé, Maria, João, Zefinha), como se fora um ambiente familiar. Ao freguês, é facultado experimentar o produto, sem que isso gere qualquer compromisso. Sem a rigidez das leis do Mercado, os preços ali são flexíveis e estão sempre sujeitos à pechincha do consumidor. Dependendo da lábia e do choro do comprador, uma dúzia deixa de ser doze para ser quinze unidades. O lucro é importante, mas “agradar” o freguês torna-se mais importante ainda.

Muitas cidades operam o tempo todo quase que em função da feira, dela recebendo todas as influências possíveis. O intercâmbio com pessoas de outras procedências, algo inevitável, acaba sempre acrescentando elementos novos à vida local. Aliás, a troca de experiências entre pessoas e grupos diferentes será sempre um traço marcante quando o assunto for feira livre. Assim surgiram e se desenvolveram muitas das feiras do Nordeste – região historicamente cortada por peregrinos, mercadores e viajantes. É sabido que antigos pousos de tropeiros transformaram-se em feiras livres e, estas por sua vez, deram origem a muitos dos atuais centros populacionais. Outros grupos sociais também tiveram participação na construção desse patrimônio da cultura brasileira. Dentre eles, há de se mencionar negros, índios, retirantes, beatos, cangaceiros, adivinhos, feiticeiros, poetas, prostitutas, mendigos, cachaceiros... cada um emprestando sua concepção acerca do mundo, das coisas e das pessoas.

Importante fator de geração de renda, o que já é bastante significativo, haja vista as condições sociais e econômicas da maioria das cidades nordestinas, a feira representa também a ocupação do espaço urbano como lugar de encontro. No momento em que os modernos meios de comunicação, caso das redes sociais, ou a adoção de determinadas medidas de segurança, tendem a afastar as pessoas do convívio social, a rua é reclamada como espaço de socialização, de confraternização e de troca de experiências. E a feira livre desempenha esse papel.

A feira livre resistiu a todas as transformações por que passou o mundo ao longo dos séculos, chegando aos nossos dias com toda a força simbólica que lhe é característica – não obstante o advento dos novos expedientes comerciais, a exemplo dos quilométricos hipermercados e das agilíssimas compras virtuais. Como sabiamente salientou alguém, “a feira livre é como uma filha rebelde da modernidade que insiste em desafiá-la”.

É necessário, porém, que haja uma sólida política de preservação da feira livre. Há de se empreender amplo trabalho de conscientização da sociedade acerca do papel da feira enquanto expressão das culturas locais, não permitindo que novos modelos desfigurem seu formato original. Formato que vai desde o dia e horário do evento, até a espontaneidade com que os feirantes expõem seus produtos, não tendo de se submeterem aos “padronismos” das modernas formas de comércio. 

José Gonçalves do Nascimento

Poeta e cronista..

As reportagens sudestinas sobre a seca do Nordeste

Roberto Malvezzi (Gogó)

É duro ter que ler ou assistir as reportagens da mídia sudestina sobre a seca do Nordeste. Só mesmo pelos ossos do ofício...