O preço do diesel alcançou um patamar superior ao da época da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, enquanto medidas para limitar os aumentos continuam em estudo pelo governo. Recentemente, começou a ser planejado o corte do imposto de importação de caminhões movidos a GNV (gás natural veicular) e GNL (gás natural liquefeito). É esperada, com isso, a redução da dependência que o transporte rodoviário tem do diesel, um combustível mais caro.
O tema está em discussão em grupos de trabalho do governo e deverá ser levado ao conselho da Camex (Câmara de Comércio Exterior), do Ministério da Economia. O instrumento analisado é o chamado ex-tarifário, que reduz temporariamente a alíquota do imposto de importação quando não há produção nacional equivalente.
O governo quer incentivar o uso de caminhões a gás no país também como forma de se aproveitar o chamado "choque de energia barata" anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O barateamento do insumo decorreria de medidas que já estão sendo colocadas em prática para quebrar o monopólio da Petrobras do mercado.
Com mais veículos movidos a gás e com as ações em curso, segundo a tese, seria possível baixar o custo da logística no país. Hoje, o uso do gás fica concentrado em grandes indústrias e na geração de energia elétrica. A medida para facilitar a entrada de caminhões a gás no país, no entanto, encontra resistências e deverá ser adiada.
A Anfavea (que representa fabricantes automotivos) levou a representantes do governo a informação de que já há produção de caminhões movidos a gás em território brasileiro. A Scania fabrica dois modelos desde dezembro e diz ter sido a primeira a lançar este tipo de veículo com produção local...