Uma vasta programação realizada durante toda esta semana no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) AD III de Petrolina discutiu os impactos do racismo na saúde mental da população negra. Como parte da campanha 'Novembro Negro', a ação contou com rodas de conversa, dinâmica e música.
"Foi uma semana voltada para conscientização e para trabalhar os efeitos do racismo na vida dos usuários de saúde mental. Contamos com a participação do grupo de maracatu Beira Rio e os alunos da Univasf foram nossos parceiros nessa programação especial, que teve como intuito a redução das desigualdades e a promoção da saúde dos usuários", destaca a secretária de Saúde de Petrolina, Magnilde Albuquerque.
Trabalhos acadêmicos e profissionais da psicologia apontam depressão, estresse e baixa autoestima entre os problemas sofridos por quem é vítima constante não só da agressão racista aberta, mas de uma estrutura social e cultural em que o negro frequentemente aparece inferiorizado e humilhado.
Na temática abordada pela equipe da Secretaria de Saúde de Petrolina foram estabelecidas estratégias de promoção da equidade, um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) e que tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça.
"Estabelecemos objetivos, diretrizes, estratégias e responsabilidades da gestão em todas as esferas municipais para a promoção da equidade em saúde, onde conseguimos abordar sobre os avanços e desafios e os impactos do racismo na saúde dos usuários do CAPS AD III e familiares", conclui a coordenadora de Saúde Mental de Petrolina, Stephanie Souza.
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