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Artigo: Não há como ser sadio num planeta doentio!

Quando a fumaça das queimadas chegou aos grandes centros urbanos, o número de doenças respiratórias disparou. Quando os sertanejos do Nordeste bebiam água de barreiro, antes das cisternas, a mortalidade infantil por água contaminada girava em torno de 130 óbitos por mil. Quando as mudanças climáticas devoram os rios amazônicos, as populações adoecem por ingerir água contaminada. Onde o agro-tóxico-negócio usa intensivamente os agro venenos, seja por terra ou por aeronaves, o número de câncer dispara, como é o caso de câncer de garganta na região que moro. Enfim, como diz o Papa Francisco, "não é possível ser saudável num ambiente doentio".
Agora os cientistas da área emocional já falam em "ecoansiedade", doença de fundo emocional diante das catástrofes cada vez mais repetíveis e intensas. Quem mora em encosta de morros, beira de rios, áreas inundáveis, passa a sofrer emocionalmente a cada vez que o período das chuvas acontece: "As doenças emocionais, também chamadas de psicossomáticas, são sintomas físicos causados por algum nível de sofrimento emocional, isto é, quando uma emoção ou sentimento tem a capacidade de gerar ou agravar uma doença ou sintoma no corpo" (INSTITUTO DE PSIQUIATRIA PAULISTA, 2021).
Portanto, além das doenças físicas, um planeta doentio também gera doenças emocionais. Outro especialista acrescenta: "Não é uma patologia, mas um fenômeno que tem a ver com essas emoções desconfortáveis, como angústia, tristeza, impotência e até raiva em relação às mudanças climáticas" (KRISTENSEN, in FLIPAR, 2024).
É interessante observar nesse momento de catástrofe do fogo, que Antônio Nobre chama de "Piroceno", ou seja, a "Era do fogo", os deputados e senadores desse país prepararem mais um pacote de 25 emendas constitucionais para facilitar a destruição das leis ambientais, por consequência, das bases naturais de vida de nosso povo. Nem mesmo a fumaça que cobre Brasília, ou que transformou a cidade de São Paulo no pior ar respirável do planeta, é capaz de mover a ética desses homens e mulheres. Sim, não é uma questão só política, nem só econômica, é uma questão de ética, de humanidade, de respeito ao povo brasileiro e a todas as formas de vida que habitam esse país.
Então, como todos os indicadores indicam (aceito a redundância), a decisão já está tomada. É uma lei do capitalismo. Cada um que se defenda, sobreviva quem sobreviver. Ou como dizia Glauber Rocha: "cada um por si e Deus contra todos".
Outra saída é proposta por uma amiga no seu card, quando fala do Apocalipse Climático: "a depender da data, vou mudar meu estilo de vida. Se não for demorar, vou começar a beber, sextar na terça, pegar um empréstimo e passar um mês nas Maldivas".
Eu, mesmo vendo essa situação absurda, prefiro continuar na luta pela sobrevivência humana. Ainda prefiro Dom Quixote ao Sancho Pança! ..

Artigo - Jovens jornalistas: “Preparem-se para uma guerra”

Recentemente eu participei de um seminário sobre jornalismo ambiental no Rio de Janeiro, organizado pelo site O Eco. Para encerrar o debate, a mediadora da nossa mesa, Duda Menegassi, pediu que cada debatedor deixasse uma mensagem final para os jovens jornalistas que estavam na plateia, interessados em seguir carreira no jornalismo ambiental. Falei a primeira coisa que me veio à cabeça: “Preparem-se para uma guerra”.

Foi uma resposta genuinamente espontânea, sem ensaios. É uma pena que tenha sido assim, mas é uma realidade que se impõe. Estamos, literalmente, numa guerra pelo futuro da espécie humana no planeta. Uma guerra ferrenha contra inimigos que nós mesmos criamos: as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a degradação acelerada de praticamente todos os ecossistemas naturais dos quais dependemos para a nossa própria sobrevivência. Do oceano profundo à alta atmosfera, passando pelas florestas, savanas, rios, campos, desertos, montanhas, cidades, pastos e plantações, não há ambiente nesse planeta que não esteja sendo deteriorado ou ameaçado de destruição pela ação humana...

Artigo: Rio São Francisco não tem plano “B"

“O mais aviltante na insistência através da qual o poder econômico promove o projeto dessa central nuclear é o fato de que a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e a enorme população que nela habita possuem, em termos de energia hidráulica, solar e eólica, um cabedal de fontes incomparavelmente mais baratas, menos perigosas e menos degradantes que dispensam completamente aventuras tecnológicas e econômicas dessa natureza”.

O artigo é de Anivaldo de Miranda Pinto, jornalista, coordenador da Câmara Consultiva do Baixo São Francisco, ex-presidente e atual integrante da Diretoria Colegiada do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, publicado por Articulação Antinuclear Brasileira...

Artigo: A tragédia com o Césio-137 alerta para os riscos da expansão de usinas nucleares no Brasil

Os efeitos da radiação gerados pelo trágico 13 de setembro/1987 ainda atormentam

Em 1987 – ano fatídico do acidente com o Césio-137, aqui em Goiânia, uma das piores tragédias atômicas mundiais ocorridas no meio urbano – eu tinha 29 anos. Como um dos eventos mais trágicos da história, devido aos impactos à saúde humana e ao meio ambiente local, o dia 13 de setembro está marcado em nossa memória como a infeliz data que mergulhou nossa existência num surpreendente e profundo pesadelo...

Artigo: preço silencioso da conexão perdida

Em uma noite da semana, em um restaurante da nossa cidade, um grupo de casais celebrava uma data especial. Em uma mesa ao lado estavam seus filhos. Eram crianças lindas entre 3 e 10 anos de idade, que, por um breve momento, encheram o ambiente de encanto. Sem dúvida, a mesa mais bonita do local. No entanto, assim que se sentaram, de forma quase que orquestrada, as crianças pegaram seus celulares e telas e começaram a navegar em mundos virtuais (será que o conteúdo era próprio para idade?). A conexão entre elas era exclusivamente com os dispositivos; conversas, brincadeiras, descobertas infantis estavam fora de questão.

O que se via ali eram crianças estáticas, sendo assim bem comportadas e silenciadas. O único brilho na mesa era o das telas. Não sei se tiveram a chance de escolher seus pratos, pois quando a comida chegou, seus olhares permaneceram fixos nas telas e a alimentação aconteceu de forma mecânica. Talvez estivessem apenas saciando a fome, pois pelo caminhar das horas para crianças em o período escolar, já era tarde...

Artigo: Setembro Amarelo: controle a ansiedade nas redes sociais

O Setembro Amarelo é um período dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio e à promoção da saúde mental. Em um mundo onde a conexão constante pode amplificar problemas como ansiedade e depressão, é essencial adotar práticas que promovam o bem-estar digital.

No livro "Bem-estar Digital", compartilho 12 princípios fundamentais para viver melhor no mundo hiperconectado e reduzir os impactos negativos das redes sociais. Aqui, destaco sete deles, começando pelo básico, que é monitorar seu tempo e comportamento on-line...

Artigo: Votamos no futuro, não somente no passado, como já disse um renomado marqueteiro político francês

Votamos no futuro, não somente no passado, como já disse um renomado marqueteiro político francês. Os eleitores não têm memória duradoura das realizações passadas e, possivelmente, não lembram em quem votaram nas últimas eleições. Também não são movidos necessariamente por gratidão. O que realmente pode contar é a promessa de um futuro melhor. Em tempos de incerteza, como os vividos durante a pandemia da Covid-19, planos de governo bem elaborados e realistas são uma esperança para um futuro mais promissor. A crise sanitária global sublinhou a necessidade de propostas que considerem a origem dos recursos e as limitações da gestão municipal.

Mais do que simples declarações de intenção, os planos de governo são peças estratégicas que revelam a visão e as prioridades dos candidatos. No entanto, infelizmente, a grande maioria desses documentos não passa de uma lista de desejos. Imaginemos a administração pública como um grande navio que precisa ser conduzido por mares turbulentos. Um plano de governo é o mapa que guia o capitão (o futuro prefeito eleito) e a sua tripulação (a gestão municipal), por meio das águas incertas, rumo a um porto seguro (resultados concretos para a população)...

Artigo: Obrigada Silas França por fazer Juazeiro brilhar

Eu não acredito que as coisas aconteçam por acaso. 

A vida nos apresenta caminhos. É necessário sair do conforto e começar a agir.
Assim fez o nosso conterrâneo Silas França, que iniciou o seu interesse pela música aos 9 anos de idade, passeando por todos os ritmos. Foi dessa forma que encontrou a artéria que hoje o leva a ser conhecido no mundo, mostrando a sua arte através do acordeon. 
Convidado a ser parte integrante da Banda do renomado e querido sambista carioca Diogo Nogueira, partiu numa turnê internacional que começou no último 29.08.24 em Frankfurt, na Alemanha, encerrando com seu último show, amanhã 07.09 em Viena, na Áustria. 
Conheci Silas e sua família aqui em Juazeiro-BA. Um rapaz dedicado, autodidata, sereno, humilde, cordato...gente.
Influenciado por grandes músicos como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Paulinho da Viola, Pixinguinha, Jacob do Bandolim e ainda o "Bruxo de Juazeiro" e gênio da Bossa Nova - João Gilberto, com o qual manteve uma amizade intima, tendo acesso à casa daquele para bate papo e mostrar a sua arte. 
O Rio de Janeiro, que foi a sua segunda casa quando partiu de Juazeiro em busca de novos rumos, o fez se aproximar de artistas que facilitariam a sua trajetória como músico. A "Cidade Maravilhosa" deu o impulso que precisava para galgar outros espaços.
Eu não tinha a menor dúvida que seria questão de tempo e ele ganharia o mundo para que a sua arte tivesse maior alcance. 
Com o apoio dos pais Iasmine e Jaaziel e ainda o seu irmão Eduardo, Silas faz sucesso sem se exaltar, sem dizer que sabe profundamente a sua arte, sem qualquer imposição, sem a menor arrogância. 
Obrigada meu querido por fazer Juazeiro brilhar também através de seu ofício.
Como canta Diogo Nogueira na música composta por Cláudio Rodrigo Leite / Sergio Roberto Serafim:  "A vida é pra quem sabe viver. Procure aprender a arte."
Sem dúvida você aprendeu direitinho e muito cedo. 
Deus te proteja e te guie nessa nova jornada...

Artigo: “Não temos rios vivos e cheios em terras devastadas”

O país vive um momento alarmante. Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o fechamento desta matéria, somente neste ano, foram registrados mais de 115.944 focos de incêndio em todo o território brasileiro. O estado de Minas Gerais igualou o maior número de focos dos últimos cinco anos, são mais de 4.950 novos incêndios. Esse cenário crítico coloca a bacia do Rio São Francisco e seus principais afluentes em estado de alerta.

Controlado após dias de mobilização e atenção, o incêndio florestal que atingiu o Parque Nacional da Serra do Cipó, na bacia do Rio das Velhas (SF5), foi finalmente controlado e extinto. Contudo, em outras partes da própria bacia do Rio das Velhas, incêndios ainda continuam consumindo grandes áreas, como é o caso do Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, área que está localizada próximo à nascente, e áreas verdes urbanas na região metropolitana de Belo Horizonte. Com 761 Km, o Rio das Velhas é o maior afluente em extensão da bacia do Rio São Francisco...

Artigo: O Brasil envelhece rapidamente e a população encolherá daqui 18 anos

O Brasil vai começar a ver sua população diminuindo, daqui apenas 18 anos, em 2042, segundo projeções divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último 22 de agosto. Sairemos dos atuais 203 milhões para 220 milhões em 2041 e, a partir daí, haverá uma redução até chegar a 199,2 milhões em 2070.

Sem nenhuma surpresa, as projeções também indicam que o nosso país vai se tornando cada vez mais grisalho. De 2000 a 2023, a proporção de idosos (60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Essa tendência prosseguirá —pela projeção, em 2070, cerca de 38% dos habitantes do país serão idosos. O Japão e países da Europa já enfrentam os desafios de uma população majoritariamente acima dos 60 anos, mas o nosso país não está preparado e não tem políticas públicas consistentes voltadas para esse enorme contingente de pessoas. A vida é mais difícil para quem é negro e velho, mulher e velha, LGBTQIA+ e velho, pessoa com deficiência e velha e assim por diante. ..

Artigo: Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar: Silvio Santos vem aí!

Em 17 de agosto de 2024, morre Silvio Santos (Senor Abravanel). Conforme circulou em alguns sites, Silvio tinha raízes na cultura judaica, ligadas à família Abravanel, cuja história remonta a Dom Isaac Abravanel, um preeminente estadista e filósofo do século 15.

Após a expulsão da Península Ibérica, os Abravanel se estabeleceram em Salônica, um dos mais importantes centros da comunidade judaica no Império Otomano, antes de migrarem para o Brasil...

Artigo: violência contra a mulher é um sintoma trágico em uma sociedade em vias de destruir a democracia

Ao perceber uma situação de violência contra a mulher, deve-se enfrentá-la e interrompê-la para que não chegue a um feminicídio. Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada.

Essa é a mensagem principal da campanha Agosto Lilás, do Ministério das Mulheres. Indiscutível a importância dessa proposta de política pública, iniciativa que vem sanar o vácuo criado pelo governo anterior que desmanchou todas e quaisquer atividades feministas voltadas para evitar a violência contra mulheres e meninas...

Artigo: É difícil separar publicidade e política nos dias de hoje

É difícil separar publicidade e política nos dias de hoje. As redes sociais provaram, por meio de estatísticas, que a linguagem é capaz de fidelizar seguidores.

Já observaram, nas redes sociais, o predomínio das emoções, dos personagens raivosos, capazes de aumentar a dopamina circulante, o prazer, ao demonstrar ódio...

Artigo: Silvio Santos, o eterno comunicador

Quem é? quem foi Um comerciante que vendia sonhos, condicionados em um inigualável sorriso que virou sinônimo de domingo?

Um apresentador que durante décadas descobriu a classe C,D e E e graças a ela fez fortuna? ..

Artigo: João Ubaldo Ribeiro, vivo em alma, vivo em nós

Por estes dias, ainda no mês de julho, tardes tristes, triste mês, a ausência de João Ubaldo Ribeiro (1941-2014) – caminhando, alegrando, cantarolando, encantando e respirando entre nós – vai completando dez anos.

Dez anos de ausência. Dez anos sem João Ubaldo Ribeiro. O legítimo Cícero de Itaparica, Antonio Vieira secularizado, Gregório de Matos – quem sabe – comportado, notável Shakespeare tropicalizado...

Artigo: esporte olímpico transcende a mera competição atlética

O esporte olímpico transcende a mera competição atlética; ele é um fenômeno cultural, social e político que molda sociedades e fomenta valores universais.

Desde sua origem na Grécia Antiga até o cenário global contemporâneo, os Jogos Olímpicos têm desempenhado um papel fundamental na promoção da unidade, da paz e do desenvolvimento humano...

Artigo: O caminho da não-violência pavimenta-se com o diálogo

´O estilo de vida pode ser uma alavanca para promover a paz, pois diz respeito ao modo de se relacionar com o mundo – no campo familiar, no trabalho, na convivência com o semelhante. O engenho da organização social e política em cada sociedade não pode prescindir de qualificada e solidária conduta das pessoas, contracenando com os demais cidadãos em parâmetros civilizatórios que favoreçam o diálogo, a cooperação e a inegociável priorização dos pobres, vulneráveis e indefesos.

É preciso reconhecer que o ser humano, com seu estilo de vida, pode criar condições favoráveis para a construção de entendimentos, o alcance de intuições importantes, de êxito em projetos e escolhas, reconhecendo o que, de fato, constitui prioridades. Por isso, as instituições precisam contribuir para que diferentes segmentos da sociedade funcionem no horizonte da solidariedade e da justiça, promovendo, assim, a paz. E o progresso depende, visceralmente, da paz, sob pena de perdas irreversíveis, levando a catástrofes que inviabilizam a vida...

Artigo: Agrotóxicos e desertificação: uma associação ecocida

Após vinte anos, o Brasil e Alagoas voltam a discutir o silencioso e dramático processo de desertificação de suas terras. Agravado pelas mudanças climáticas e persistentes práticas predatórias, lideradas pelo desmatamento, áreas caracterizadas como semiáridas até então, caminham para se transformarem em desertos, com todas as consequências sócio ambientais decorrentes.

Os últimos dados sobre a cobertura vegetal do Estado apontam o percentual de 18%. Se nos fixarmos no bioma Caatinga, onde se concentra a semiaridez alagoana, esse número não ultrapassa 10%. Dessa forma, ao aplicar uma simulação básica, não está sendo respeitada, sequer a legislação florestal que obriga toda propriedade rural a preservar, no mínimo, 20% de sua área total florestada...

Artigo: Os sete pecados capitais dos governantes

Os governantes não gostam de ver seus retratos em preto e branco. Só a cores. Alguns até olham para o espelho, como a madrasta da Branca de Neve, e fazem a pergunta: “Espelho, espelho meu, há alguém mais competente do que eu?”.

O deleite que desfrutam na cama do poder acaba desenvolvendo neles uma cultura de fruição, que lhes enfraquece a capacidade de ver as coisas com isenção, acuidade e objetividade. Tornam-se imunes à realidade. Cobrem-se com um manto que os deixa em estado contínuo de dormência...

Artigo: um bispo contra todos as cercas

São 4 anos sem Pedro Casaldáliga, um bispo contra todas as cercas Um bispo contra todas as cercas é a biografia de Pedro Casaldáliga, escrita por Ana Helena Tavares, jornalista carioca que reconhece a história deste homem como uma referência que ajuda a moldar novas perspectivas e a semear esperança.

O prefácio é do monge beneditino Marcelo Barros e fala da profecia poética, embasada no amor libertador de Deus, que marcou a vida e a obra de Pedro Casaldáliga; fala-se também do estilo de vida e da espiritualidade do bispo, que nunca quis para si, aquilo que os pobres não pudessem ter...