Ao menos 36 pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas após explosões e disparos de tiros nesta terça-feira no aeroporto de Ataturk, o principal de Istambul - e um dos mais movimentados de toda a Europa. Segundo os relatos, pelo menos três pessoas estariam envolvidas no atentado - uma delas teria usado um fuzil Kalashnikov para abrir fogo em uma das entradas do aeroporto. O prefeito de Istambul, Vasip Sahin, afirmou a jornalistas que três homens-bomba fizeram um ataque. A polícia teria aberto fogo para "neutralizar os suspeitos". Os voos foram suspensos. Os turistas sul-africanos Paul e Susie Roos, que se prepararam para voltar a seu país, contaram à Associated Press que ouviram os disparos quando estavam chegavam à área de embarque. "Havia um homem andando de um lado para o outro. Ele estava vestido de preto e tinha uma arma", afirmou ele.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou o atentado e convocou uma "luta conjunta" contra o terrorismo. Ainda não há informações sobre quem estaria por trás do ataque, mas a Turquia é ponto nevrálgico no embate entre o grupo autodenominado Estado Islâmico - que combate em territórios dos vizinhos Síria e Iraque - e o Ocidente. O governo turco participa ativamente do combate ao EI. Em paralelo, se arrasta há décadas um conflito entre Ancara e separatistas curdos, que reivindicam um Estado próprio. O aeroporto de Ataturk já era visto como um alvo vulnerável, explica o repórter da BBC na Turquia, Mark Lowen. Há aparelhos de raio-x na entrada do terminal, mas poucas verificações quanto à entrada de veículos. Segundo o Itamaraty, o Consulado-Geral do Brasil em Istambul acompanha de perto a situação. Não há, até o momento, registro de brasileiros entre as vítimas, afirma o ministério. Aeroporto Ataturk, em Istambul, em foto de arquivo: Aeroporto de Istambul, em foto de arquivo; cidade se tornou alvo mais frequente de atentados© Fornecido por BBC Aeroporto de Istambul, em foto de arquivo; cidade se tornou alvo mais frequente de atentados
Alvo de atentados..