Com a riqueza concentrada nas mãos de meia dúzia de famílias tradicionais, até o início dos anos 1990, Curaçá, no sertão baiano, é um exemplo vivo do município, que em menos de três décadas, inverteu o pêndulo do protagonismo econômico regional, substituindo as antigas elites por um empreendedorismo que diversifica as atividades produtivas, transforma pequenos negócios em grandes oportunidades e pessoas da 'roça, os caatingueiros' em empresários de sucesso.
Gente como Lourdinha Pires, que aprendeu ainda adolescente, em meio as dificuldades da vida na Caatinga, a enfrentar e contornar os obstáculos da cidade. Curaçá, paus trançados em Tupi-guarani, hoje conta com 35.065 mil habitantes e uma economia baseada no comércio, agricultura, caprinovinocultura mineração e transferências públicas. Na época que Lourdinha chegou da roça, sobrava disposição para crescer profissionalmente, mas faltava colocação no limitado mercado de trabalho...