Cada leitor que assistiu ao noticiário da última semana viu a dor de milhares de caminhoneiros com os seus caminhões atolados, com carga às vezes perdida ou em longa fila de espera na Rodovia Transbrasiliana, mais conhecida como Belém-Brasília, hoje oficialmente denominada de Rodovia Bernardo Sayão - justa homenagem ao seu primeiro engenheiro -, ou ainda uma infinidade de denominações de BRs que integram o seu percurso total de 4.355 quilômetros de extensão do Norte ao Sul do país, certamente sentiu uma sensação de tristeza e abatimento diante de tanto descaso e abandono. Prejuízos diários avaliados em dez milhões de reais!
Considerada como a quarta maior rodovia do Brasil, ligando a cidade de Marabá (PA) ao município de Aceguá (RS), por essa rodovia a cada safra anual são escoadas milhões de toneladas de grãos de soja e milho para exportação através do Porto de Santarém, no Pará, de grande impacto em nosso comércio externo de grãos. Mas, as péssimas condições de tráfego nos trechos ainda hoje sem pavimentação asfáltica, determinam a perda de grande quantidade de toneladas, seja nas filas dos atoleiros ou mesmo porque não chegam, se quer, a ser colhidas pelos heroicos produtores rurais da região centro-oeste e norte, face à inviabilidade de remoção dessa extraordinária produção...