Tenho plena convicção de que ao povo brasileiro não interessa o momento que o país está vivenciando para atravessar essa tormenta política intolerável. Para uma nação jovem o que inspira cada cidadão é o desejo de vê-la dedicada ao crescimento, fortalecendo e consolidando as bases econômicas ativas, representadas pelos seus segmentos industriais, comerciais e agropecuários. Só que o povo não tem a capacidade e não dispõe dos fatores básicos para impulsionar sozinho todo esse processo e, por isso, é dependente da intervenção dos poderes institucionais legitimamente constituídos, para cuidar da parte gestora do manancial dos recursos produzidos e resolver os seus problemas. Assim, elege por determinado período os seus representantes através do voto, outorgando-lhes os poderes para cuidarem da criação das leis que regulamentam e disciplinam o conjunto da obra (Poder Legislativo) e outros para a importante missão de responsáveis pela gestão da estrutura administrativa no âmbito municipal, estadual e nacional (Poder Executivo).
Só que, lamentavelmente, o país está convivendo, nos últimos tempos, com um vergonhoso desvio dos valores morais esperados, em que as palavras não correspondem aos atos, o que era errado, repulsivo ou criminoso no passado, passou a ser visto como normalidade e inserido no contexto como comportamento natural. É perceptível que está em curso por parte de muitos um processo de banalização de algumas excrescências praticadas pelas pessoas no dia a dia, e os que se propõem a censurá-las se expõem à classificação de portadores de um impróprio “grau de pureza e pudor”... coisas do passado!..