Segundo informações da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), a probabilidade de um vírus sofrer mutação aumenta quando ele está circulando, amplamente, em uma população, causando assim diversas infecções. Daí quanto mais um vírus se espalha, mais ele tende a se replicar, trazendo mais probabilidades de sofrer mudanças: as chamadas mutações. Grande parte destas mudanças virais têm pouco ou quase nenhum impacto na capacidade do vírus de trazer infecções e doenças. Contudo, isso dependerá de onde estas alterações serão localizadas no material genético do vírus. Elas poderão mudar as propriedades de um vírus com relação à transmissão (podendo se espalhar menos ou mais facilmente) e à gravidade (causando mais ou menos doenças graves). Atualmente, as cepas mais preocupantes são a Alfa (originária do Reino Unido); a Beta (da África do Sul); a Gama-P1 (Manaus-Brasil) e a Delta (da Índia).
"A cepa indiana já é encontrada em mais de 60 países e é uma das que mais preocupam os cientistas e infectologistas do mundo inteiro. A variante Delta possui duas mutações na proteína S, o que facilita a entrada na célula, portanto o vírus desta variante além de mais transmissível é mais infectante. Ela é mais contagiosa-transmissível que a cepa original do SARS-COV-2. Lembrando que a cepa original funciona da seguinte forma: 1 pessoa transmite para 2 outras, já a cepa Delta (indiana) chama a atenção, pois 1 pessoa consegue transmitir para outras 6 pessoas. Por conta disto, todos os brasileiros e também os cidadãos de todo o planeta devem redobrar a atenção, usando máscara, álcool em gel e evitar locais aglomerados. A maior agressividade desta cepa ainda permanece em estudos, porém, vale enfatizar que as vacinas são eficazes contra todas as cepas", comenta Dr. Luiz Werber-Bandeira, infectologista e docente do IDOMED. ..