(Artigo publicado em 14/09/2014) - Não teria, jamais, a pretensão de que o nosso Brasil se transformasse no País das Maravilhas dos Contos de Fada, visto que a realidade vai muito além dos sonhos infantis. Mas temos o direito, como cidadãos, de ter os nossos próprios sonhos de adultos, que não são permeados pelos encantos da fantasia, mas, sim, revestidos das expectativas próprias do mundo real onde há alegria e tristeza, amor e ódio, sorrisos e lágrimas, certezas e incertezas, e tantos outros matizes que se contrapõem a todo instante.
Embora não exista um normativo que defina os diversos estágios do crescimento de uma nação, assim como ocorre com o ser humano que desenvolve etapas desde o pré-natal, passa pela infância, adolescência, juventude e a esperada idade adulta, um país vai se formando e se estruturando a partir da sua descoberta. O seu perfil inicial como nação lhe é atribuído, gradativamente, pelos seus descobridores e o seu amadurecimento vai se consolidando ao longo das décadas e dos séculos de sua trajetória histórica, período em que o seu povo e as suas lideranças vão assimilando as influências permitidas pelo tempo, formando pouco a pouco o seu próprio perfil e definindo o tipo de nação que deseja ser. Obviamente que grandes acontecimentos históricos promoveram desvios de rumos, como os traços culturais deixados por invasores colonialistas externos no início, duas guerras mundiais arrasadoras, além da luta pelo poder que promove as revoluções e os golpes internos. ..