"Além das ações do estado, o governo federal deve fazer a sua parte na questão da segurança pública, principalmente protegendo o Brasil da entrada de armamentos para munir o tráfico de drogas". O alerta do governador Rui Costa, candidato petista à reeleição, foi emitido hoje pela manhã (17), em entrevista ao jornalista Casemiro Neto, no programa Que Venha o Povo, da TV Aratu. A conversa abordou aspectos referentes a saúde, educação, funcionalismo e segurança pública.
Na segurança, Rui destacou as reduções sucessivas nos índices relacionados a mortes violentas, explicando como a metodologia aplicada aos dados do Atlas da Violência gera uma visão equivocada do ranking. Exemplificou que, enquanto em estados como São Paulo um corpo encontrado com perfuração ou fratura no crânio, causada por uma barra de ferro, é notificado como "morte a investigar", na Bahia é registrado como homicídio. "Gera uma comparação incorreta, já que usamos uma metodologia mais fiel à realidade, e a Bahia registra progressiva diminuição dos índices de mortes violentas, resultado do trabalho integrado das polícias militar, civil e técnica", garantiu o candidato à reeleição.
A temática segurança pública também foi abordada em entrevista anterior, na mesma rede, no programa Linha de Frente, no Facebook da Aratu Online. Para os jornalistas Pablo Reis, Matheus Carvalho e João Pedro Pitombo, Rui destacou: "A Bahia reduziu 8% no número de homicídios, em comparação ao ano passado. Claro que os números gerais são absurdos, escandalosos, não só na Bahia, mas no Brasil inteiro, e é preciso enfrentar a questão de forma mais séria".
Questionado sobre a possibilidade da liberação de armas como recurso de defesa do cidadão, Rui foi enfático na negativa. "Seria uma carnificina. Com tantos problemas sociais que temos, ainda somado ao tráfico de drogas, a liberação de armas geraria uma carnificina", alertou, para em seguida criticar a legislação que "favorece a bandidagem". Rui criticou a flexibilidade da legislação que condena uma pessoa que tirou a vida de outra a 18 anos de prisão, para após três anos conceder a liberdade. "Não tem como fazer segurança pública eficiente com essa legislação. Qual o porquê de dar tanta regalia a bandido?", instiga o governador que mais contratou policiais e renovou 100% da frota.
Nos últimos quatro anos, os baianos receberam mais de R$ 600 milhões em investimentos em segurança pública, seja com a entrega de novas estruturas ou com a contratação de policiais. Para o próximo quadriênio, Rui garante que vai seguir no aprimoramento da gestão e infraestrutura das polícias, com recomposição dos efetivos, valorização dos profissionais e maior eficiência na atividade policial. Entre as principais propostas do Programa de Governo Participativo (PGP 2018), na prevenção da violência, Rui vai implementar o Programa Geração da Paz, com articulação entre entes públicos, iniciativa privada, instituições de ensino, ONGs e sociedade civil, atuando nas áreas com maiores índices de vulnerabilidade social.
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