Até este domingo (24), acontece em Senhor do Bonfim, no centro norte da Bahia, a 12 ª Feira Interterritorial de Economia Popular e Solidária, com o foco nas ‘Riquezas da Terra e Direitos dos Povos: pelo Desenvolvimento Territorial Sustentável e Solidário’. Iniciado na sexta-feira (22) e realizado pelo Grupo Regional de Economia Popular e Solidária (Greps), o evento que reúne empreendimentos solidários e de agricultura familiar de várias regiões da Bahia está se consolidado como importante ação para fortalecer o segmento.
A feira tem apoio do Governo do Estado por meio das secretarias estaduais do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e de Desenvolvimento Rural (SDR), através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Geleia e polpa de frutas são os principais produtos comercializados pela Cooperativa Monte Sabores, um dos 130 empreendimentos participantes. Com sede em Monte Santo, município do nordeste baiano, a cooperativa é assistida pelo Centro de Economia Solidária (Cesol) da região.
Para o presidente da cooperativa, Charles Conceição da Costa, o trabalho do Cesol junto aos empreendimentos tem fundamental importância. “Identificamos alguns grupos informais que hoje fazem parte da Monte Sabores, graças ao trabalho de mapeamento do Cesol”.
Apoio a 86 empreendimentos
Outros 50 empreendimentos que participam da feira em Senhor do Bonfim são assistidos pelo Centro Público de Economia Solidária. A Associação das Artesãs de Itiúba (centro norte), formada por 30 mulheres, é um deles. A associação, que trabalha com artesanato utilizando palha de licuri, tem como principal fonte de renda a venda realizada nas feiras. “Além disso, já participamos de cursos [oferecidos] pelo Cesol”, conta Marineide Nascimento, uma das cooperadas.
Segundo o coordenador do Centro de Economia Solidária, Luís Costa, a articulação do Cesol com os empreendimentos foi essencial para a realização do evento. “Atualmente, o Cesol apoia 86 empreendimentos, e nossa meta são 140. A participação em feiras é fundamental para escoar a mercadoria, um dos principais entraves do segmento”. O Cesol realiza ações de formação, assistência técnica, divulgação, comercialização, crédito, expressão cultural e articulação social e política do movimento de economia solidária.
Criação da superintendência
A coordenadora de Fomento à Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Lívia Borges, que representou o secretário Álvaro Gomes no evento, ressaltou a prioridade que o Governo do Estado vem dando ao segmento. “A criação da Superintendência de Economia Solidária na estrutura da Setre e dos Centros Públicos de Economia Solidária, evidencia a importância social e econômica desse movimento, e como o governo tem priorizado as ações e investimento voltados para essa área”, disse Lívia...