Foram encontrados 5 registros para a palavra: Queila Patrícia

Artigo - Lugar de fala.

Qual é o meu lugar de fala nessa sociedade racista? Começo fazendo esse  questionamento, porque ele me veio ontem à noite, logo depois do Big Brother Brasil. Bom, é sabido por algumas pessoas, as mais antenadas digamos assim, que houve um fato racista no programa do “Boninho” na rede globo e que gerou uma enorme polêmica nas mídias sociais, em grupos de amigas/os e em vários espaços coletivos; umas/uns favoráveis, outras/outros contra e assim seguiu-se o dia seguinte ao jogo da discórdia.

Houve até algumas cobranças à rede globo pelo fato de não ter explorado o assunto como deveria e ter passado por cima de uma questão tão relevante na sociedade. Mas, surpreendentemente, eis que Tiago Leifert, apresentador do Reality, faz a tão esperada e cobrada pausa para tratar do assunto, e acaba virando o fenômeno da noite. Fala muito boa por sinal, bastante pertinente e necessária...

Artigo - Neutralidade política: ela existe?

Permeia a nossa sociedade a tal da neutralidade política. Mas será que ela realmente existe e está presente nos indivíduos? O que há por trás da negação da Política?

Um dos grandes clássicos da Filosofia, História ou Ciência Política, como queiram classificá-lo, Aristóteles, já dizia que: “o homem é, por natureza, um ser vivo político.”..

ARTIGO - AOS TEUS E AOS QUE VOCÊ ABRAÇOU, JUAZEIRO!

“A ingratidão tira a afeição! ” Frase célebre, desferida a quem com esnobe atitude despreza, ou não reconhece uma benevolência praticada por outrem. Há muito me questiono sobre o que leva um indivíduo juazeirense, ou não, a criticar sua cidade e por ela nutrir tamanho desprezo a ponto de supervalorizar uma outra, sem nem perceber o mesmo desprezo desta outra e das/dos suas/seus pelo cujo ser.

O direito a crítica (direito a crítica, não desrespeito e xingamento) é irrefutável, tanto que estou a fazê-la neste momento, de modo a tentar refletir junto sobre essa “Complexo de vira lata” (de forma livre: termo de Nelson Rodrigues ao se referir ao povo brasileiro como idólatra e supervalorizador dos Estados Unidos) que acomete algumas pessoas juazeirenses, ou não, no que se refere à vizinha cidade de Petrolina. Não quero aqui criticar, ou tolher ninguém no seu direito de ir e vir e/ou adotar qualquer lugar como seu. Mas atentar para o fato da desqualificação gratuita que se faz à cidade de Juazeiro, sem refletir acerca das suas posições e atitudes enquanto cidadã e cidadão deste torrão do São Francisco...

ARTIGO - 10 ANOS DE LEI MARIA DA PENHA

Nesses 10 anos de lei Maria da Penha, nós nos sentimos na obrigação de  fazer os seguintes questionamentos: O que mudou? A violência contra a mulher diminuiu ou aumentou? O número de feminicídios reduziu, continua o mesmo ou aumentou?

Esses questionamentos são necessários para que possamos perceber a fragilidade da lei e a sua necessidade de aperfeiçoamento, pois, segundo o Mapa da Violência Contra a Mulher, a cada cinco minutos uma Mulher é agredida e a cada hora e meia uma Mulher é morta no Brasil, vítima de machismo. Os números são alarmantes e a situação do Brasil é preocupante, pois, segundo o Mapa, se encontra entre os cinco países de maior índice de crimes praticados contra a Mulher e a Bahia, segundo o IPEA, para nossa tristeza, está em segundo lugar, ficando atrás do ES, em crimes contra a Mulher...

A DOR SELETIVA

A dor da sociedade é seletiva! De fatos, a dor da sociedade é seletiva, bem como a capacidade de análise desta mesma sociedade, em relação ao que está para além do seu umbigo. Assim, convido a analisarmos alguns fatos juntas/os: Toda/o brasileira/o se comoveu com o atentado terrorista no jornal francês Charlie Hebdo, mas ninguém derramou uma lágrima pelas/os desabrigadas/os e atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana - MG. Todo mundo se compadeceu e se revoltou com o incêndio da boate Kiss em Santa Maria – RS, mas ninguém repudiou o massacre dos índios Guarani Kaiowá. A população ficou em polvorosa, absorta e comovida com a situação dos imigrantes palestinos na Europa, mas fizeram pouco caso da situação desumana dos haitianos, também imigrantes, no Brasil.

Crimes de racismo acontecem todos os dias e todas as horas, mas são ignorados, porque são considerados exageros, mi mi mi, como dizem os incautos e irreconhecíveis racistas. Mas, se a/o discriminada/o for a Majú ou a Taís Araújo da majestosa rede globo, em segundos surgem várias hastags e fotos de redes sociais com as afirmativas de que #SomostodosMaju e #SomostodosTaísAraujo, vide também caso Daniel Alves. Um estudante de direito é atropelado e morto no centro de Juazeiro, causando revolta, questionamentos, indignação e impunidade do criminoso. Um ciclista é atropelado em uma avenida do Rio de Janeiro, tem seu braço arrancado e jogado fora pelo seu atropelador, nenhuma nota de repúdio na imprensa. A não ser a veiculação momentânea do fato, mas nada de ir às ruas para que seja feita justiça contra o criminoso. Vários outros casos semelhantes como o do filho da atriz Cissa Guimarães; Thor Batista, nestes casos, um houve repercussão e punição, ao contrário do outro, que teve punição branda, por ser considerado homicídio culposo (quando não há intenção de matar), sem repercussão e sem manifestação popular.  O Brasil é racista, elitista e o sistema é opressor! Conceito comum entre boa parte da sociedade. Sim, tudo isso é real...