Foram encontrados 325 registros para a palavra: Agenor Santos

ARTIGO – QUANDO O CRIME COMPENSA...!

(Boi da JBS, assustado, verificando se está sendo seguido pela PF)

A estarrecedora e desprezível realidade que atormenta o país, mergulhado no lamaçal movediço sem fim da corrupção, só alimenta a descrença e deixa o cidadão brasileiro cada vez mais indignado diante de cada nova revelação. Quando se pensava que a Odebrecht parecia ter oferecido uma síntese a tanta sujeira, e que a normalidade institucional finalmente apareceria numa tênue luz no final do túnel, eis que uma imundície ainda maior surgiu no negro horizonte nacional, com características de maldade e pouca vergonha, mais enfáticas do que tudo que se viu até agora, configuradas no desempenho criminoso de uma dupla que vai entrar para a história como JOE & WES “SAFADÕES”!..

ARTIGO 240 – UMA REFORMA DA IMPREVIDÊNCIA

Até seria compreensível que depois de algumas dezenas de anos de vigência da legislação que define a estrutura de um segmento do Sistema Institucional, e que estabelece as regras gerais de direitos e obrigações dos que dele dependem, seja submetida a uma revisão que a modernize para que o desempenho seja mais eficiente no cumprimento dos seus objetivos finais. Essa atualização, dentro desse conceito, até poderia ser classificada como “Reforma”. Mas, em linhas gerais, as teses que ora alimentam a pretensão de realizar alterações profundas nos princípios que regem a aposentadoria dos trabalhadores, são carentes de fundamentos verdadeiros e legítimos. Ou seja, precisam ser melhor analisados, e não apenas submetidos e metidos de goela abaixo de quem verdadeiramente trabalha neste País.

É muito débil e vergonhoso o argumento de que a Previdência Social está quebrada e que não terá recursos para garantir os salários dos aposentados, principalmente no futuro, quando se sabe que há um débito superior a 400 bilhões de reais da parte de empresas, Bancos, Prefeituras e Estados, numa demonstração de que há irresponsabilidade, permissibilidade e tolerância conveniente a certos interesses. Pelas redes sociais está circulando um áudio divulgado por entidade dos Auditores Fiscais da Receita Federal, dando conhecimento à população de que não há déficit na Previdência e sim desvios contábeis de valores arrecadados e direcionados para finalidades bem diferentes dos fins a que deveriam se destinar. Se não é verdade, porque o governo não desmente a denúncia? O fato é, desde muito tempo, ou melhor, em todo tempo, sempre quem pagou a conta foi o trabalhador...

ARTIGO – GRADES ABERTAS... CANDIDATOS À VISTA: 2018!

O prudente afastamento temporário deste colunista por motivo médico, na abordagem dos temas da atualidade, sugeriu a alternativa da coluna “VALE A PENA LER DE NOVO” reeditando, assim, algumas crônicas de anos anteriores. Ainda assim, muito feliz pela reação positiva de alguns leitores que antes não tiveram acesso ao texto na primeira edição. Contudo, foi um recesso penoso e que gerou inquietação nessas quatro semanas, diante de um Brasil convulsionado por tantas evidências de que está cada vez mais difícil de reencontrar o seu destino.

Como tem sido difícil para os brasileiros a constatação de que até das instituições que se acreditava preservarem uma reserva mínima de integridade, emanam decisões de relevância jurídica duvidosa, mesmo que seja apenas da parte de algumas “turmas” ou membros isoladamente, mas que afetam a estrutura moral do todo da instituição! Era um patrimônio nacional inatacável e que, de repente, se vê comprometido com a obrigação de mostrar a sua isenção e independência como Poder, necessitando de uma atitude que demonstre passos na direção da reconquista da confiança perdida. Foi muito triste, também, ver nomes de nossa Corte maior circularem nas redes sociais atingidos por comentários jocosos e pouco elegantes em razão de decisões assumidas sob a presunção de influências políticas e não embasadas nos fundamentos jurídicos dos quais são mestres competentes...

VALE A PENA LER DE NOVO - ARTIGO: LUAR DO SERTÃO

Publicado em 12 de Outubro / 2011

Embora cearense no sobrenome, foi um maranhense de São Luís que exaltou com singela e rara exuberância as inolvidáveis belezas do Luar do Sertão.  Quem, em algum momento da vida, já não cantou com enlevo e romantismo os versos de Catulo da Paixão Cearense (1863-1943), verdadeiro hino de louvação ao sertão? “Não há, ó gente não há, luar como este do sertão” traz o estigma da paixão profunda pelos encantos das terras semi-áridas do sertão, que não tem as águas verdes do mar a banhá-las, mas tem a noite iluminada pela celestialidade dos astros...

VALE A PENA LER DE NOVO – ARTIGO: SERIA UMA HERANÇA DOS DEGREDADOS?

(PUBLICADO EM 22 DE DEZEMBRO DE 2013)

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VALE A PENA LER DE NOVO: ARTIGO – TEMPESTADE DE FOGO

PUBLICADO EM 07 DE MAIO DE 2011     

Era uma tarde reluzente como tantas outras no sertão. Sol escaldante que fazia tremer o solo e crepitar com intensidade os galhos secos das árvores da caatinga. Os animais que integram a fauna do semi-árido circulavam com a naturalidade de quem está acostumado com o seu ambiente de vida, o seu habitat natural. Os répteis rastejavam como se não sentissem o calor do solo, buscando o alimento cotidiano. Os pássaros de bicos abertos demonstravam a intensa sede que o calor lhes provocava e, por outros instantes, gorjeavam felizes na expressão maior do seu canto à liberdade. Tudo isso indicava a existência de um meio-ambiente de plena harmonia, normalidade e ecologicamente perfeito...

ARTIGO – COPIAR... E COLAR!

Um dos detalhes que ganha realce na informática dos dias atuais é o uso de uma linguagem própria e simplificada na forma de comunicação entre as pessoas, principalmente no meio dos jovens. Assim, procurei imitar essa prática no texto de hoje e, com o consentimento dos meus leitores, reportar-me à lembrança de dois textos publicados nesse Blog sob o título de “UM BRASIL DIFERENTE-I” (de 04/11/13) e “UM BRASIL DIFERENTE-II” (de 11/11/13), os quais foram frutos das observações feitas em minha terceira visita à Gramado-RS, em 2013, para copiar e colar alguns registros feitos sobre os usos e costumes praticados nessa bela região, cuja visita tenho o prazer de agora estar repetindo pela quarta vez na busca de mais aprendizado. Faço isso porque é triste notar que, decorridos quase três anos e meio, fazendo-se um cenário comparativo, nada mudou nas demais regiões brasileiras, principalmente em nossa querida Bahia, visto que os bons exemplos de civilidade deveriam ser brilhantemente “copiados e colados” sem muito custo, na importação desses princípios educacionais. Por exemplo:

  1. “É possível imaginar-se a existência de cidades do porte de 40 mil habitantes onde não há semáforos (ou sinaleiras) nos cruzamentos, e ainda assim o trânsito flui com perfeição, porque os motoristas respeitam as placas que indicam a preferência e como devem proceder numa rotatória?
  2. Onde os motoristas, educadamente, param imediatamente ante o simples ato de alguém pisar sobre a faixa de pedestre?
  3. Onde ninguém joga qualquer papel ou dejeto de qualquer espécie nas ruas, inclusive as bagas de cigarros, cujo exemplo foi logo seguido por alguns companheiros fumantes do grupo, que caminharam alguns metros para jogar a sua baga no coletor de lixo, o que antes não faziam?
  4. Onde o atendimento hospitalar funciona bem e chega a reservar apartamentos a pacientes do SUS porque este paciente contribui para um Plano de Saúde criado para este fim por leis municipais, com parcela mensal módica de apenas R$20,00 – o equivalente a três cervejas ou vinte pingas – e assim ele é coparticipante do sistema?
  5. Aqui entre nós quando o hóspede vai deixar o hotel e pede no balcão para fechar a conta, a primeira coisa que o atendente faz é pedir ao funcionário de apoio que vá ao apartamento para ver o consumo do frigobar e confirmar se está tudo em ordem, enquanto o cliente espera?
  6. Em Gramado, o nosso grupo estava deixando o Hotel Sky e a recepção apenas perguntou: “Senhor, algum consumo no apartamento”? O hóspede informa se houve ou não, e o atendente, subitamente, passa-lhe o valor da consumação e, após o pagamento, apenas acrescenta um simpático: “obrigado, senhor, e boa viagem”. Como ele tem o hábito de agir com respeito e honestidade nas suas relações acredita que o outro também detém essas qualidades!
  7. Três dias após o retorno recebo um e-mail do hotel de agradecimento pela visita, e solicitando que indique sugestões que possam melhorar os seus serviços”!
  8. Que não há registro de crimes com arma de fogo no município? Nem policiais pelas ruas, e as viaturas ficam mais tempo paradas na frente do quartel do que circulando?

Ainda que possa parecer repetitivo, acredito muito naquele adágio popular de que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Assim, é preciso que alguma voz se levante para dizer que é possível tornar realidade esses hábitos e princípios nos demais municípios brasileiros, desde que se incorpore aos currículos do ensino regras básicas e elementares de educação. Estou sonhando? Não... É possível, basta isso passar a ser educação elementar!..

ARTIGO – O GRITO DO CORRUPTO: “PERDÃO, A CARNE É FRACA!”

A carne não é fraca; o que é fraco é o teu caráter. (Vinicius Queiroz)

É impressionante como a nossa gente foi forçada pelas circunstâncias históricas recentes, a conviver com um mundo de matizes os mais variáveis e conflitantes possíveis, onde os valores perderam o sentido, as autoridades estão com a dignidade questionada e os Poderes da República têm negada a sua legitimidade...! Também os discursos perderam a originalidade e a credibilidade...!..

ARTIGO - UMA NAÇÃO DE ÓRFÃOS!

A todo instante os nossos sentimentos de tristeza, compaixão e dor são atingidos pelas cenas dolorosas que ocorrem em alguns continentes, espalhando a morte, a destruição de famílias inteiras ou espalhando crianças abandonadas e órfãs por toda parte. Nas muitas tragédias nessas áreas, inclusive decorrentes de milhares de mortes por afogamento nos mares, não se consegue entender até onde vai a intolerância religiosa e as lutas pela predominância racial e cultural de certas etnias, fenômenos que já se perpetuam desde os tempos bíblicos.  

Felizmente aqui, neste quase paraíso ocidental do planeta, salvo algumas ideias isoladas de pretensos e repugnantes separatistas entre o “Brasil do Sul” e o “Brasil do Nordeste”, testemunha-se uma convivência relativamente pacífica entre todas as religiões, cada uma em clima de paz defendendo as suas convicções, ainda que em muitos segmentos existam tendências pouco ortodoxas de desvios dos objetivos cristãos para fins de caráter comercial, onde algumas lideranças pastorais se transformam em bem sucedidos   empresários da fé...!..

ARTIGO - REFORMA POLÍTICA OU LAVAGEM GERAL?

O que mais se tem ouvido nos últimos tempos, após a divulgação das muitas e muitas delações, é uma frase repetitiva e meio “decoreba” dos acusados ou por seus advogados, que procuram justificar, de forma quase nunca convincente, a legalidade dos milhões recebidos por políticos ou seus Partidos (todos eles, não escapa um...!): “todas as doações foram legais e declaradas à Justiça”! Ora, esses denunciados que me perdoem, mas estão brincando com a capacidade de discernimento das pessoas em geral, ou menosprezando a competência jurídica dos Procuradores e Juízes que estão investigando esse mar de lama, e permanentemente limpando o lamaçal que aí está!

Esses senhores do alto escalão político tradicionalmente aproveitam a campanha eleitoral para investirem no fortalecimento do próprio patrimônio pessoal, utilizando apenas uma bagatela dos recursos para os gastos de campanha, onde os simpatizantes ou integrantes do grupo, às vezes, gastam mais do que o próprio candidato. Os valores que cada partido lança na prestação de contas ao Tribunal, ainda que dentro dos limites fixados pela lei, não é indicador que legitima a origem honesta do dinheiro doado, uma vez que ele saiu ou sairá dos projetos superfaturados, cujos excedentes ao custo normal da obra, contabilizados no Caixa 1 ou 2, não importa os registros internos, geralmente são financiados pelos cofres públicos decorrentes dos exorbitantes impostos pagos pelo próprio cidadão...

ARTIGO – BRASIL: LAMA PRA TODO LADO!

Cada leitor que assistiu ao noticiário da última semana viu a dor de milhares de caminhoneiros com os seus caminhões atolados, com carga às vezes perdida ou em longa fila de espera na Rodovia Transbrasiliana, mais conhecida como Belém-Brasília, hoje oficialmente denominada de Rodovia Bernardo Sayão - justa homenagem ao seu primeiro engenheiro -, ou ainda uma infinidade de denominações de BRs que integram o seu percurso total de 4.355 quilômetros de extensão do Norte ao Sul do país, certamente sentiu uma sensação de tristeza e abatimento diante de tanto descaso e abandono. Prejuízos diários avaliados em dez milhões de reais!

Considerada como a quarta maior rodovia do Brasil, ligando a cidade de Marabá (PA) ao município de Aceguá (RS), por essa rodovia a cada safra anual são escoadas milhões de toneladas de grãos de soja e milho para exportação através do Porto de Santarém, no Pará, de grande impacto em nosso comércio externo de grãos. Mas, as péssimas condições de tráfego nos trechos ainda hoje sem pavimentação asfáltica, determinam a perda de grande quantidade de toneladas, seja nas filas dos atoleiros ou mesmo porque não chegam, se quer, a ser colhidas pelos heroicos produtores rurais da região centro-oeste e norte, face à inviabilidade de remoção dessa extraordinária produção...

CRÔNICA: AOS SEUS ENCANTOS, MULHER!

Mulher, esposa, amante, dama ou mulher-dama, mãe, guerreira, lutadora, vencedora, valente, incansável, paciente ou impaciente, brava ou mansa, gari, doméstica, educadora, operária, executiva, empresária, policial militar, servidora pública, professora, atriz, arquiteta, engenheira, advogada, apresentadora, juíza, promotora, médica, parlamentar, Prefeita, Governadora ou Presidente!

Você, mulher, que já acumula históricas conquistas sociais não sabe o poder que tem nas mãos, capaz de vencer grandes desafios com a chama do seu olhar, com a graça do seu sorriso, com o seu ar dengoso e às vezes altivo!..

ARTIGO – A INFELIZ METÁFORA DE UM SENADOR

Tenho por hábito de estilo de quase sempre recorrer à cultura popular com o fim de captar algo interessante para reforçar ou ilustrar uma linha de pensamento. Nos últimos tempos, o nosso querido Brasil está pródigo no surgimento de fatos que inspiram um universo de cenários e interpretações de toda natureza, inclusive influindo no redesenho do sentido de alguns ditados populares, como este muito usado: “vivendo e aprendendo”, para a nova versão consagrada através dos maus exemplos da atualidade: “vivendo e desaprendendo”!

Mesmo o leitor afeito ao costume de estar atento aos acontecimentos do cotidiano, ainda mais quando o país passou a ser vítima da irresponsabilidade de forma genérica e o crime popularizado com uma intensidade nunca imaginada, nem sempre se apercebe dos efeitos de certas mudanças. Por exemplo, os desvios de verbas públicas ganharam tantos dígitos nos seus valores que não mais se fala em MILHARES DE REAIS, mas sim em MILHÕES DE DÓLARES, parecendo, até, que o nome da moeda nacional foi mudado repentinamente e o povo não soube de nada...

ARTIGO – LUZ ACESA CONTRA OS PRIVILÉGIOS

Apenas quatro meses atrás, ou seja em 20/11/2016, este Blog publicou a minha crônica sob o título “FORA... OS PRIVILEGIADOS DO FORO!”, ocasião em que já reivindicava a necessidade de mudança nessa Lei que fere os princípios básicos do Art. 5º da Constituição Federal, que determina: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Essa é uma linguagem muito cristalina e de fácil entendimento, e não há razão que justifique a existência dessa proteção especial para uma casta de transgressores, cujos crimes somente o Supremo Tribunal poderia julgar.

Daí que, em razão da existência desse dispositivo do Foro Privilegiado é que surgem os desencontros interpretativos até mesmo entre os juristas, e ainda ocorrem os tristes episódios de nomeações suspeitas e marcadas pelo caráter da cumplicidade com pessoas investigadas ou sob processo para os cargos especiais. Vale relembrar que o próprio Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Relator da PEC sobre o assunto, disse: “Privilégio odioso [...] e que o foro se tornou, sob o pretexto de assegurar a independência das autoridades, sinônimo de impunidade”.   ..

ARTIGO – O RANKING DA VERGONHA

O universo da saúde e da educação, social e econômico dos países, nos últimos tempos, passou sempre a depender dos indicadores que oferecem os dados estatísticos indispensáveis à adoção de medidas necessárias à implantação dos programas fundamentais na vida das nações. Tem o valor significativo, também, no monitoramento e redirecionamento daqueles que não alcançam os níveis de desenvolvimento desejados.

No Brasil, além das muitas empresas privadas que atuam nessa área de pesquisa, temos o nosso IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que realiza um belo trabalho de levantamento e consolidação de informações úteis ao Governo e ao sistema produtivo nacional, o que faz com seriedade e credibilidade...

ARTIGO – UM PODER ALVO DE OUTRO PODER

A convivência próxima ou à distância com o mundo político, seja como observador, analista ou cidadão comum, permite a qualquer um o entendimento e a compreensão de que nesse espaço não existe fidelidade ideológica ou cultural, mas, sim, o predomínio do império dos interesses com toda a capacidade de dar corpo e definição a um discurso de duplo sentido, ou seja, “aquilo que fala, não se escreve”. 

Por estar sempre como alvo da avaliação de técnicos habilitados pelos conhecimentos jurídicos, mas, também, pelas duras críticas de leigos inabilitados neste mister, o Supremo Tribunal Federal-STF (foto acima), a mais alta corte jurídica deste país, repositório final do conhecimento e interpretação das leis, além de guardião maior na defesa da nossa Constituição Federal, atualmente tem sido objeto permanente da desconfiança diante de algumas importantes decisões em decorrência do perfil político que tem inspirado a nomeação dos seus integrantes, ao longo dos anos...

ARTIGO – “O BRASIL VAI SER DIFERENTE”

É impressionante a capacidade das pessoas em criar e postar nas redes sociais uma incrível variedade de estórias e deboches sobre os fatos do cotidiano, principalmente fazendo humor sobre a parte corrompida dos segmentos político e empresarial dos dias atuais, ou seja, aqueles que estão atravessando uma fase mais policial do que propriamente política, e de negócios corretos. Ainda que se vislumbre alguns sinais de leve riso por algumas criatividades, a reação mais comum na sociedade é de abatimento moral pela imagem achincalhada e desmoralizante que chafurda o perfil desses dois importantes setores da vida nacional.

Existem aqueles que se sentem muito incomodados por ver que as investigações perduram por mais tempo sobre determinados nomes, particularmente quando os envolvidos são da mesma corrente política, não raciocinando sobre a legitimidade daquela conhecida frase que diz: “onde há fumaça... há fogo”! Daí é que o aprofundamento rigoroso das apurações tem conduzido a descobertas antes impensáveis, como, por exemplo, levar à condição de prisioneiros um ex-governador de um importante Estado da Federação e um empresário brasileiro, destaque da Revista Forbes. Este último, que esnobava tanto o apelido de “7º. Mais Rico do Mundo”, tinha o hábito de dar a cada uma das seis empresas que integravam o seu “Grupo X”, um nome composto por três letras maiúsculas e um indefectível “X” sempre presente e, por ironia do destino, a obsessão se tornou em maldição e terminou levando-o ao Xadrez...! Triste desfecho para quem ficou bilionário em menos de dez anos, ao ponto de ter um veículo de luxo estacionado na sala da sua residência, o Lamborghini de 3,3 milhões de reais, como o troféu da ostentação e da luxúria! Enquanto isso, tantos e tantos amanhecem e anoitecem, dias e dias, sem ao menos ter um pão seco para comer!..

ARTIGO - MARACANÃ: UM MONUMENTO À FALTA DE VERGONHA

Para quantos assistiram às exuberantes solenidades de Abertura e Encerramento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas 2016, aplaudidas e admiradas por milhões de pessoas no Brasil e no Mundo, pela qualidade e profissionalismo dos espetáculos exibidos, não poderia admitir, jamais, que aquele ícone do esporte nacional foi utilizado como instrumento das maiores sujeiras da corrupção nos últimos tempos:ESTÁDIO DO MARACANÃ! Foram muitos os que cresceram ouvindo pelo rádio as transmissões dos clássicos do futebol carioca, e jogos internacionais, sempre com a exaltação apaixonada dos narradores e comentaristas esportivos de que era o “maior Estádio do Mundo”! E porque não recordar que ele foi inaugurado para receber a primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, de triste memória, por sinal, porque ali a nossa Seleção perdeu a Copa de 1950 para o Uruguai, dentro de casa!

Pela honra que o Estádio inspirava aos brasileiros, projetado para 200.000 expectadores e o título de maior do mundo, que em 1949 foi comparado ao Coliseu de Roma pelo presidente da FIFA, Jules Rimet, impossível imaginar que com tanta grandiosidade foi inaugurado com marquises ainda escoradas e quando reformado para a Copa de 2014 a obra foi entregue também com muitas pendências... Dói registrar que foram investidos (será?) 1,2 bilhões de reais na reforma para a Copa, mas, com constantes reajustes dos valores orçados, e escândalos que envolveram o governador e as três empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta, todos com históricos de crimes de corrupção em outros projetos! Então, tudo isso somado, talvez o total seja bilionário mesmo!..

ARTIGO – SÓ DEPOIS DO CARNAVAL... (II)

O país convive anualmente com um ciclo do calendário que se repete sempre sem muitas alterações - e com o qual todos já estão acostumados -, configurado pelo estado de “maresia” que atinge todo o sistema nacional, desde quando se inicia o recesso dos Poderes Legislativo e Judiciário no final de dezembro, com o consequente desaquecimento dos fatos políticos mais retumbantes, tanto os positivos como os negativos, até que se ultrapasse o período das festas do tradicional Carnaval brasileiro, em fevereiro.

Uma exceção a essa regra, ultimamente, vem sendo caracterizada pela permanente vigilância e incansável atuação das autoridades incumbidas da Operação LAVA JATO, que continuam tirando o sono de muita gente face o compromisso de varrer a sujeira dos crimes de corrupção que vem destruindo a vida nacional. E por aí estão chegando novas delações premiadas – virou moda nacional! –, instituto jurídico cuja restrição maior é o fato de reduzir o tempo de prisão desses marginais do colarinho branco. A propósito, só tenho a lamentar a perda trágica do Ministro Teori Zavascki, na semana passada, exatamente o Relator dos processos ligados à LAVA JATO e à homologação dos Acordos de Delações...! Acidente?!..

ARTIGO – TRANSPARÊNCIA ou APARÊNCIA?

É muito estimulante quando alguém, além de ler a crônica e comentar, ainda oferece ao autor o desafio para abordar um tema da sua preferência. Assim é que o leitor Carlos Fernando, num comentário, solicitou: “Numa próxima crônica, sugiro tratar da transparência, termo usado com ênfase pelos gestores em passados. Falar em transparência é fácil, a forma de ser transparente na gestão é que interessa à sociedade”. A afirmativa é autêntica, visto que reflete comportamento muito comum no universo político, quase sempre recheado de distorções na prática.

Com a devida vênia do Acordadinho, copiarei a sua boa prática de buscar a definição etimológica para certas palavras, a fim de facilitar o prévio entendimento...