O universo da saúde e da educação, social e econômico dos países, nos últimos tempos, passou sempre a depender dos indicadores que oferecem os dados estatísticos indispensáveis à adoção de medidas necessárias à implantação dos programas fundamentais na vida das nações. Tem o valor significativo, também, no monitoramento e redirecionamento daqueles que não alcançam os níveis de desenvolvimento desejados.
No Brasil, além das muitas empresas privadas que atuam nessa área de pesquisa, temos o nosso IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que realiza um belo trabalho de levantamento e consolidação de informações úteis ao Governo e ao sistema produtivo nacional, o que faz com seriedade e credibilidade.
E por falar em índices como não registrar que no campo da Saúde e da Educação, em particular, os Municípios e suas Secretarias, quando bem posicionados num quadro comparativo, transportam euforia e entusiasmo aos gestores das respectivas áreas, ou despertam neles estímulos a melhorias e a conquistas de melhores posições! Os números do IDB-Indicadores e Dados Básicos para a Saúde auxiliam na concepção de ações essenciais para a saúde da população; o IDH-Índice de Desenvolvimento Humano, é a medida comparativa que reúne um conjunto de fatores mensuradores do bem-estar da população; e tantos outros referenciais nesta área responsáveis pela disponibilização de dados para a formulação das políticas públicas.
Impossível não reconhecer que os números apurados com responsabilidade, permitem incrementar ações contra as desigualdades regionais existentes no país e assim promover os projetos na melhor direção da justiça social. Mas, não se pode desconhecer que estamos convivendo num mundo cheio de espertos de gravata assim como há os indicadores de pesquisas usados de maneira positiva para alavancar o desenvolvimento, existem, também, aqueles que são “encomendados” para uso vergonhosamente criminoso contra o povo. E assim, nesse mundo de sujeiras tanto transitam certos políticos e marqueteiros durante as campanhas eleitorais para burlar a confiança dos eleitores, como maus empresários que divulgam pretensas potencialidades irreais de alguns empreendimentos, e assim enganam até os grandes investidores, prática na qual o Sr. Eike Batista foi vezeiro em enganar a muitos... por tanto tempo!
Essas preliminares, que valorizam o levantamento de dados como eficaz instrumento orientador das organizações e das nações em geral, conduzem ao sentimento preocupante de que não é possível aceitar como em estado de normalidade institucional um país que a cada mês ou a cada semana cai alguns pontos no ranking da classificação de confiabilidade ou cresce na escala da desonra pelos altos indicadores da corrupção. E essa triste debacle vem ocorrendo com o nosso Brasil!
Parece por demais recorrente a abordagem sobre a corrupção, mas nunca algo provocou prejuízos tão avassaladores no país. Nem o mosquito da dengue causou tanto estrago, ou foi capaz de tanta resistência como essa praga que vem corroendo a Nação brasileira. Pior que para esse tipo de calamidade não existe a vacina, mas somente uma cirurgia extirpadora será capaz de eliminar de vez da vida pública os seus agentes, para a qual a OPERAÇÃO LAVA A JATO já está cuidando dos exames pré-operatórios.
A Transparência Internacional, entidade com sede na Alemanha e que cuida do combate à corrupção no mundo, em 2016 classificou o Brasil em 79º. lugar entre 176 outros países no ranking sobre a corrupção no mundo, com registros de que piora a nossa classificação a cada ano, e cujos indicadores só deprimem o povo brasileiro.
Enquanto a Transparência exalta que a OPERAÇÃO LAVA JATO foi a maior iniciativa de combate à corrupção no mundo, o Deputado Rodrigo Maia, reeleito Presidente da Câmara dos Deputados, e por ela investigado, censurou a imprensa dizendo que “não faz nenhum sentido essa fixação que a imprensa tem na Lava Jato”!
Com essa declaração imprópria, desconhece o ilustre Deputado que essa fixação não é só da mídia, mas domina o sentimento de toda a sociedade brasileira, como única esperança de tirar a Nação do caos atual. Quem sabe seja essa a única forma de retirá-lo dessa classificação vergonhosa em que se encontra, cujos protagonistas só pensam em corromper, ganhar na sabedoria, levar vantagem, enganar, subornar, ou mais a palavra propriamente dita: roubar, roubar, e continuar roubando!
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador-BA).
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