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Artigo – Tal pai, tal filho?

Quando o que mais se esperava era um início de ano alvissareiro, com um horizonte pleno de boas expectativas, sem os percalços que tanto incomodaram a vida das pessoas no Brasil e no Mundo, eis que a maior potência mundial, parâmetro modelar do Sistema Democrático em todo o universo, e sob a convocação e incentivo direto do próprio Presidente da República, Sr. Donald Trump, que já está praticamente com os dois pés fora da Casa Branca, dá um péssimo e indigno exemplo de como insuflar a população à desordem e à anarquia contra as Instituições.

O que se presenciou no último dia 06 de janeiro nos EUA, foi tão raro e inusitado de se ver que, certamente, vai ser uma página virada na História americana! Pela República dos EUA nunca passou um Presidente tão obtuso e débil no exercício da liderança do país, tanto no plano interno como internacional. Se o chamarmos de casca-grossa é uma forma clássica para não o classificar de despreparado para o cargo...

Artigo 380 – APESAR DISSO...!

Tem sido interessante observar o grau de dicotomia que vem permeando os conceitos contidos nas avaliações dos analistas políticos de rádio e televisão - em nível nacional -, com relação ao atual Governo Federal. Embora seja normal e compreensível que tenham posições ideológicas eventualmente divergentes, é gritante observar que esse não alinhamento tem sido motivado, geralmente, pelo desengajamento do novo Governo em manter o patrocínio comercial dos últimos anos das respectivas empresas, por razões óbvias e lógicas.

Pelo ralo da permissividade escoavam altos valores em bilhões de reais, além do beneplácito de não cobrar dívidas acumuladas em impostos, apropriação indébita das contribuições não recolhidas à Previdência, etc. Para quem acompanha diariamente esse noticiário, percebe que a carga exagerada de notícias e comentários contrários, apega-se de forma imperdoável a detalhes isolados e, às vezes, despreza enxergar um conjunto de medidas voltadas ao esforço de recuperação nacional. Isso é um fato a olhos vistos e, só não o ver, o ceticismo cego e irracional...

ARTIGO – STF: LAVANDO AS MÃOS?

Nada mais verdadeiro no dia a dia, do que a afirmativa corrente de que a história sempre se repete, e são muitos os acontecimentos que confirmam e retratam essa realidade. O episódio bíblico objeto da ilustração acima, por exemplo, traz-nos à lembrança o infame gesto de Pilatos, então Governador romano na região da Judéia, que se viu na incumbência de referendar a condenação de Cristo. Mesmo consciente da inocência do Mestre, preferiu passar ao povo a decisão quanto à quem libertar entre Cristo e Barrabás, e assim, diante de uma plebe enlouquecida e incitada pelos Sumos Sacerdotes, que gritava repetidamente “crucifica-o, crucifica-o”, optou por lavar as mãos da omissão e da covardia: “...mandando vir água, lavou as mãos” (Mat. 27: 24). O ato histórico materializou dois tipos de comportamentos que se incorporaram à cultura das pessoas e, em particular, das autoridades imbuídas do poder decisório: fugir da culpa e transferência de responsabilidade. 

Na última semana, a nação brasileira ficou estupefata e incrédula diante da decisão da nossa Suprema Corte de derrubar a prisão após a condenação pelo Tribunal de 2ª. Instância. Como Superior Tribunal Federal incumbido da defesa da Constituição Federal, é inacreditável que em 2016 tenha interpretado os artigos 5º. e 283 dessa Constituição quando reconheceu como correta a prisão e em 2019 já tem outro entendimento, e volta a valer a norma constitucional quanto ao Trânsito em Julgado. Então, entende-se que, para salvar os amigos muda-se a Lei e sua interpretação ao bel prazer é questão de oportunidade, e não o que ela quer dizer? Alguém ainda tem alguma dúvida de que os libertados da semana passada e os que anda virão, jamais voltarão ao lugar que merecem? ..

ARTIGO 290 – JANELA PARTIDÁRIA... QUEM DÁ MAIS?

Talvez numa imitação da prática existente no futebol europeu em cujas Ligas existem prazos com dia e hora preestabelecidos para admitir a transferência de jogadores entre os seus clubes filiados, chamada de “janela”, aqui a Lei Orgânica dos Partidos Políticos estabeleceu que, quando faltarem exatamente seis meses para as eleições de outubro, entrará em vigor o mercado de transferências de deputados e senadores no Brasil. Os partidos querem ampliar as suas bancadas, porque isso traduz-se em mais fundos partidários eleitorais e mais tempo no horário político, conforme o número de parlamentares que um Partido detém. O período que permite a troca, denominado “janela partidária”, começou no dia 8 de março e foi até 6 de abril último. Chamam isso de janela, mas, na verdade, é uma verdadeira porta larga, bem aberta, onde interesses e interesseiros se esbaldam com a possibilidade de dar um salto maior que a perna.

Ainda que algumas condições limitadoras tenham sido fixadas na lei em respeito à fidelidade partidária, é perceptível que para atender o interesse maior de fortalecimento do seu poder de representação, o partido entenda que vale pagar muito bem pelo passe desse atleta legislativo. Deprime e envergonha saber que circulou amplo comentário no Congresso Nacional de que a cotação para transferência de um Deputado girou em torno de 3,00 milhões de reais pelo PP-Partido Progressista, PR-Partido da República e PTB-Partido Trabalhista Brasileiro, e numa faixa mais abaixo, de até 2.1 milhões de reais, pelo MDB-Movimento Democrático Brasileiro! Ou seja, só faltou colocarem na testa o aviso de quem dá mais...? Alguém duvida de que são capazes?..

ARTIGO – ESTAMOS A CAMINHO DA ANARQUIA?

A escolha de um tema semanal, em meio a tantos acontecimentos do dia a dia plenos de notícias ruins, torna-se uma tarefa espinhosa para qualquer cronista do cotidiano. Ainda mais quando são inquietantes as convulsões políticas e econômicas que atormentam a vida nacional, e assim se é induzido a analisar desagradáveis e visíveis conflitos entre os Poderes constituídos da República. Conquanto o Art. 2º. da Constituição Federal de 1988, estabeleça a condição tripartite que caracteriza e define a atuação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que funcionarão de forma a assegurar-lhes “autonomia, independência e harmonia entre si”, aqui ou acolá, às vezes, se ouve manifestações até pouco elegantes quanto a determinadas decisões assumidas por um ou outro Poder. Poderia ser melhor? Deveria e, na verdade, é obrigação, sim!

As atribuições específicas de legislar, executar e julgar, na ordem específica dos Poderes, indica a responsabilidade constitucional que pesa sobre cada um, e assim não deveria ser um fato normal a ingerência ou pré-julgamentos sobre as decisões emanadas dentre esses segmentos, a menos que elas estivessem acontecendo em total desrespeito aos limites legais e admissíveis. O contrário dessa forma inteligente de convivência harmônica é o que menos temos visto, infelizmente!..

ARTIGO – SERÁ O INÍCIO DE UM NOVO TEMPO?

Ufa, vencemos o ano de 2016! Foram muitos os percalços, opressões de todos os tipos e experiências vividas, mas vamos esquecê-lo porque, há um provérbio popular que diz que “recordar o passado é sofrer duas vezes”, enquanto outro recomenda que “faça as pazes com o seu passado, para que não estrague o seu presente”! É visível que há nas fisionomias das pessoas uma aparência de esperança de que algo de grande impacto positivo aconteça, embora o noticiário da primeira semana indique tudo ao contrário dessa expectativa, pois está infestado das antigas e corriqueiras medidas sempre anunciadas pelos empossados.

Senão, vejamos: a) Prefeito baixa decreto extinguindo cargos comissionados: mas não acrescenta que é a exoneração daqueles pertencentes ao grupo perdedor, e que outro robusto contingente do novo grupo acabou de ser nomeado; c) Prefeito extingue três ou quatro Secretarias:  passa a ideia de uma reforma administrativa, mas não acrescenta  que o decreto apenas mudou o nome de algumas ou até criou outras; c) Prefeito encontra Caixa da Prefeitura sem nenhuma reserva financeira: como se algum deles, ao sair, deixa saldo em Caixa para a nova gestão... e por aí vai, na mesma aleivosia de sempre! ..

ARTIGO – TSUNAMI À BRASILEIRA!

Sempre que uma tragédia ocorre pelo mundo, fruto de uma manifestação rebelde da natureza através dos terremotos, vulcões, furacões e tsunamis, os quais são portadores de destruição de cidades, dor e morte a milhares de pessoas, naturalmente que o sentimento de humanidade e solidariedade inerente à formação do brasileiro está sempre presente e se expressa de todas as formas. Mas, em paralelo à consternação geral, um outro espírito surge do íntimo de cada um revelando orgulho e felicidade, pelo fato de que “graças a Deus no Brasil não acontece isso”!

É verdade que até os dias atuais o Brasil tem sido um território de certa forma privilegiado, porque não há registros de catástrofes de grande dimensão, embora de vez em quando ondas mais fortes e violentas, além de chuvas de grande intensidade, tem trazido consequências e prejuízos em certas regiões brasileiras. Obviamente sem qualquer semelhança aos terremotos e tsunamis que nos últimos tempos atingiram a Ásia, Indonésia, Japão e a América do Norte (Nova Orleans, Luisiana-EUA)...

ARTIGO – ENQUANTO O POVO CHORA... ELES RIEM DE QUÊ?

Foi estafante e cansativo o longo período em que se desenvolveu o processo histórico de impeachment da Presidente Dilma Rousseff, que chegou ao fim no último dia 31 de agosto, com o impedimento aprovado pelo Senado Federal pelo placar de 61 x 20. Embora o desfecho provoque dor e ressentimento a quantos integram a corrente de pensamento da base de sustentação do projeto político-partidário que a conduziu à Presidência da República, posição que democraticamente respeito, o grupo pagou um preço alto por não entender que o exacerbado populismo político não se sobrepõe às Leis do País.

Não tenho qualquer apreço pessoal por esse tipo de transição governamental, ainda que, mesmo devidamente enquadrada em dispositivo constitucional (Art. 85 e 86-Caput, da Constituição Federal de 1988 e Lei 1079/1950), sempre será classificado por aqueles contrários ou diretamente atingidos, com a fantasiosa denominação de “Golpe”. Se houve o rigoroso cumprimento de um rito estabelecido, acompanhado e supervisionado pela mais alta Corte de Justiça do país, o Supremo Tribunal Federal, além dos capítulos finais do processo terem sido conduzidos pelo seu Presidente, como exige a lei, como se interpretar esse processo como um Golpe?..

ARTIGO – FIM DO ENCANTAMENTO... E VOLTA À REALIDADE!

Passado o período apoteótico das Olimpíadas 2016, somente merece aplauso à cidade do Rio de Janeiro e aos organizadores do evento, pela competência com que honraram o país, e resgataram um novo conceito de respeito perante o mundo que nos olhava desconfiado diante da corrupção que campeia e da violência que se alastra no país. As palavras dos atletas e turistas foram de ufanismo e evidente nostalgia por ter de deixar o Brasil ao final da festa Olímpica. A todos quantos assistiram pela televisão às apresentações da abertura e encerramento, as reações eram de emoção pela criatividade dos shows artísticos e de fogos, e pela exaltação da mais fina música brasileira, além da utilização privilegiada dos nossos artistas em todas as etapas dos festejos.

Superada a fase da exuberância e do encantamento, contudo, volta o país a conviver com a triste realidade nacional de convulsão e instabilidade política. Estamos às portas de uma decisão de grande impacto, com o possível impeachment da Presidente da República, o qual, conquanto seja o anseio de grande parte da população, se concretizado, não trará a paz política pretendida ao país, bem como a volta ao desejado ritmo de trabalho, produção e crescimento. Não se recupera a desacreditada economia de um país da noite para o dia, em que empresas comerciais e industriais estão fechando as suas portas, mais de 11,5 milhões de trabalhadores estão desempregados e há visível fuga dos investidores pela falta de confiança nas instituições nacionais...

ARTIGO – DESEMPREGO: UMA CHAGA NACIONAL!

Não só na Bahia, mas no Mato Grosso por onde andei recentemente e agora no Espírito Santo, para mim dois problemas ficaram muito evidentes e que estão atormentando a vida do cidadão brasileiro: o alto preço do feijão, e outro drama impactante que afeta a vida de grande número de famílias: os 11.500.000 trabalhadores desempregados! Enquanto tudo isso acontece, em Brasília, o centro das decisões nacionais, parlamentares praticam o vil exercício da defesa de interesses personalistas e lutam pela sobrevivência no cargo desse ou daquele parlamentar!

Como se não bastasse a dimensão trágica que representa o impeachment de um Presidente da República, o nosso Congresso Nacional tem a sua atenção voltada para decidir, também, pela perda do mandato do ex-Presidente da Câmara de Deputados. Mais triste, ainda, é pensar que, neste imbróglio do cassa não cassa, não estão em discussão questões punitivas pelo desempenho da função parlamentar no âmbito da Câmara, mas, motivado por desvios de conduta na omissão de informação, movimento financeiro de origem no mínimo suspeita (trustes!), e contas bancárias no exterior com volume de dinheiro incompatível com os rendimentos da função legislativa...

ARTIGO – O FORRÓ E O “ARRAIÁ LAVA-JATO”

Não se sabe a quem atribuir a ideia singular de estabelecer uma simbiose entre escândalos e festas, no Brasil. Parece uma coincidência até pacífica, porque sempre que o país está atormentado pelo anúncio explosivo de novos crimes contra a honra nacional, em que os cofres públicos são assaltados de maneira violenta e desavergonhada, logo em seguida o calendário sinaliza a chegada providencial de uma grande festa, que tem o poder de amenizar os impactos causados e mesmo conduzir ao esquecimento dos fatos revelados, temporariamente. Louve-se a Operação Lava-Jato que tem superado todas as expectativas e tem sobrevivido às articulações dos políticos - os principais atingidos por sua ação demolidora -, e mesmo judiciais, para impedir e desmoralizar o trabalho corretivo desses jovens juízes e procuradores.

A propósito, muito se fala nessa Operação e o leitor talvez não saiba a razão de ter sido atribuído esse nome às investigações. É que tudo começou num Posto de Gasolina, em 17 de março de 2014, no Paraná, quando a suspeita da existência de um “esquema de desvio e “lavagem” de dinheiro envolvendo a Petrobrás, deflagrou investigações iniciais sobre o doleiro Alberto Youssef, antes preso nove vezes por contrabando de eletrônicos do Paraguai, e em seguida o Paulo Roberto Costa, Diretor da Petrobrás” (Folha de São Paulo). Na sequência, como um rolo compressor, foram arrolados nomes de diretores da empresa, ex-ministros, políticos e empresários envolvidos, atingindo mais de uma centena de mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de prisão coercitiva, cujo suposto montante desviado de 40 bilhões está longe de ser localizado e devolvido aos cofres assaltados! Tenho ouvido das pessoas, a seguinte indagação a cada nova prisão: “E essas penitenciárias ainda cabem tanto político e empresário assim”?..

ARTIGO – A CRISE NACIONAL E O FEIJÃO

Em tempos de crise política e econômica, é mais do que natural que a tendência das reações emotivas e o grau de preocupações das pessoas, em geral, são fatores que convergem para abalar o nível de confiança, alterando, assim, as expectativas positivas quanto ao futuro, o qual se apresenta cada vez mais incerto.

A recessão econômica em um país provoca estragos de grandes consequências à sua população, às vezes irremediáveis, desestruturando as famílias e produzindo dramas pessoais de grande intensidade, principalmente quando motivados pelo desemprego. Esse é o momento mais cruel e que deixa o chefe de família literalmente impotente, porque dele depende o sustento das despesas da casa, como alimentação, saúde, educação, transporte, moradia, além daquelas extras e imprevisíveis. O abatimento e a frustração, nessas circunstâncias, conduzem profissionais qualificados e de formação a se submeterem ao subemprego, porque o grau da responsabilidade familiar fala mais alto do que as vaidades individuais...

ARTIGO – UMA JUVENTUDE DESENCANTADA!

O nosso querido Brasil é um país relativamente jovem, não só no seu tempo de descoberto (516 anos), mas, sobretudo, por uma população marcada pela presença acentuada de 89,2% de jovens, considerando-se a faixa etária até 59 anos. Nas últimas décadas vem se registrando um notável crescimento no número de idosos - 60 anos de idade ou mais -, em decorrência da queda nas taxas de mortalidade e natalidade, e aumento da expectativa de vida. Segundo estudos do IBGE o país tem em torno de 10,8% de idosos (2014), mas com expectativa de chegar a 26,7% em 2060.

Para uma nação cheia de jovens e de esperanças num futuro cada vez melhor, esse é um perfil animador e que não permite que a pátria amada fique “deitada eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo”, assistindo à passagem do trem da história conduzindo o progresso e o desenvolvimento... Mas, a ação motivadora da população jovem, cheia de pujança e energia, voltada ao crescimento e às novas conquistas não somente pessoais, mas, sobretudo, pela sociedade do seu país, haverá de consolidar essa expectativa...

ARTIGO – UM SUBMUNDO ASSUSTADOR!

São muitas as estratégias maquiavélicas que estão sendo articuladas pela classe política, com o objetivo de conter as eficientes ações da Operação Lava-Jato. Mas, eles já receberam um claro aviso que nada vai detê-la, doa onde doer. 

Enquanto a Oposição ao PT, até recentemente sorria feliz porque via que a Situação petista era o alvo principal dos escândalos, os quais pavimentavam a estrada que poderia reconduzi-la ao poder, os que então ocupavam esse mesmo poder exibiam um sorriso amarelo se vangloriando de que era graças a eles que a Polícia Federal e o juiz Sérgio Moro estavam investigando e prendendo os corruptos, como se desejassem que isso efetivamente ocorresse. Para usar uma expressão corrente, "me engana que eu gosto", visto que esse era um discurso tático e mentiroso!..

ARTIGO – OS MISTÉRIOS PARA REDUZIR MINISTÉRIOS!

A cada dia que passa nota-se que ganhou novo sentido a reação das pessoas diante das edições dos jornais televisivos, ao reproduzirem notícias e imagens que falam dos milhões desviados pela corrupção generalizada, insana e insaciável, sem falar nos assaltos com mortes banalizadas pelo simples prazer de matar e não dar em nada. E o resultado de tudo isso são reações de tristeza, vergonha e uma forte desesperança!

O diálogo, mesmo sem as pessoas se conhecerem, logo se encaminha para a troca de questionamentos e expressões de revolta: “cada golpe, só se fala em milhões de reais!”, "viu quanta maldade e ódio?", "onde esse nosso país vai parar?", e o desabafo final: "cadeia neles!", e tantas outras expressões!..

ARTIGO – O RETORNO ÀS ORIGENS!

Quando a mídia divulga que alguém caiu numa cisterna ou poço de certa profundidade, o que é comum acontecer nas cidades do interior, mas, também, na periferia das grandes cidades, logo se sabe que resgatar uma vítima desse tipo de acidente é uma tarefa extremamente difícil, requerendo a habilidade de especialistas nessas missões, geralmente do Corpo de Bombeiros. Feito o salvamento, a vítima tenta a recuperação em tratamento intensivo... porque as sequelas são grandes.

Pode parecer simplório o exemplo, mas estamos diante de um quadro muito similar e que nos apresenta o Brasil como essa vítima que caiu no fundo do poço e está lutando para recuperar a vida quase perdida, enfrentando a turbulência de um novo período político-administrativo bastante conturbado e imprevisível. Falar de 11,5 milhões de desempregados, inflação que cresce acima de dois dígitos, milhares de empresas que fecharam as portas, melancólico e vexatório sistema de saúde nacional, rombo nas contas públicas estimado em 120 bilhões de reais, e também nos Fundos de Pensão, são apenas detalhes se lembrado que estamos diante de um iceberg recessivo de muito maior gravidade!..

ARTIGO – A SÍNDROME DOS APRESSADOS

Aprecio muito encontrar lições na sabedoria popular ou em algumas frases e ditados pitorescos da cultura portuguesa, pelo quanto de ensinamentos e reflexões nos oferecem. Por exemplo, gostaria de recomendar à análise do Vice-Presidente Michel Temer, e a quantos o acompanham vorazes por um naco de poder, a releitura do conhecido ditado português: “A CAUTELA É COMO CALDO DE GALINHA, NÃO FAZ MAL A NINGUÉM”. E ainda uma frase muito repetida pelo meu amigo Coronel Jerônimo Ribeiro, de Uauá (in memoriam): “O APRESSADO COME CRÚ”. Certamente que o leitor experiente e ponderado já entendeu o sentido das frases sugeridas e o objetivo que pretendo atingir.

Essa preliminar tem por finalidade chegar a uma reflexão sobre o momento nacional, que apenas acrescenta algo mais ao meu pensamento quanto ao desenrolar do processo político atual, já objeto de abordagem em crônicas anteriores, com foco específico no fato de que mudar o “status quo” atual do país não pode ser apenas uma pretensão que satisfaça aos interesses político-partidários, mas uma necessidade imperiosa de recomeçar o Brasil. Assim, entendo que mudar uma presidente que leiloa cargos na estrutura administrativa por outro que já começa fazendo o mesmo entre os partidos, não soluciona a gravíssima crise a que o país está submetido...

ARTIGO – A LOUVAÇÃO AO “CUSPE”

Como é preocupante testemunhar-se que por mais que se fale em “estado democrático de direito” no país, frase bonita e emblemática, na prática há um grande desencontro e um enorme abismo na convivência com as divergências...! Aliás, essa frase ganha evidência quando os debates ficam acirrados nas tribunas do Congresso Nacional e, eventualmente, existe algum risco de perda do poder pelo grupo dominante e aí, sim, os direitos são invocados e defendidos com grande veemência.

Outro detalhe marcante é ressaltado nas conversas políticas das rodas de amigos, quando o papo começa bem e amistoso, mas, de repente, a ira produzida pelas posições políticas radicais interfere de forma violenta naquele que era, até então, um bom relacionamento... Numa discussão desse tipo ocorre que a força dos argumentos passa a dar lugar ao argumento da força, da indelicadeza e da intolerância, o que vem demonstrar que os mais elementares princípios do direito democrático de expor ideias, eventualmente contrárias, geralmente encontra forte resistência. Até mesmo entre os leitores que honram os autores de crônicas de natureza política, percebe-se em alguns comentários farta agressividade e irreverência pela não concordância com determinadas análises. Nesses casos, contudo, o equilíbrio recomenda o acolhimento da crítica sem polêmica, em respeito às regras democráticas...

ARTIGO - PELO BLOG, PELOS LEITORES, PELA DIGNIDADE... VOTO SIIIM!

Na história deste jovem país de 516 anos, completados agora no último dia 22 de abril - quantos se lembraram da data...? -, nunca tantos fatos se uniram para mexer com tamanha intensidade o sentimento da gente brasileira. Ficou muito evidente que os movimentos de rua expressavam as duas tendências da atualidade, uma com o patrocínio oficial pedia a permanência da Dilma e contra o dito “golpe”, e a outra indignada com o quadro econômico atual e os escândalos avassaladores que estão levando a nação à bancarrota, exigia o “Fora Dilma” e o “Fora PT”.

Embora o processo participativo de pessoas de todos os níveis e idades nas ruas das principais cidades do país, tenha o condão de ressaltar um importante espírito de civismo e brasilidade, toda essa conjuntura reivindicatória permite, também, se extrair uma gama de lições positivas e negativas que, no desenrolar dos acontecimentos, tanto alegram como entristecem aos brasileiros em geral...

ARTIGO – LEILÃO REPÚBLICA: QUEM DÁ MAIS...?

O cenário nacional nos apresenta um caldeirão efervescente... e preocupante! Muitos e variados são os personagens que participam desse processo de ebulição da vida política nacional, com motivações de todos os níveis. De um lado os que estão no governo, sob a liderança insegura e claudicante da Presidente da República – que atualmente só sabe falar a palavra GOLPE -, cuja autenticidade só encontra amparo no fato de ter sido eleita pelo voto, mas que perdeu legitimidade por ter conduzido o país ao caos econômico e político. Só para ativar a memória dos esquecidos, o impeachment de Fernando Collor em 1992, comandado pelo PT nas ruas e no Congresso Nacional e que seguiu os mesmos ritos regimentais do atual processo, foi golpe? À época, tinha um Tesoureiro envolvido; hoje, já são dois... e presos!

É evidente que quem está desse lado, mordendo o osso, ainda que ele seja muito duro, não o quer largar porque do centro dele parece sair um “tutano” delicioso que tanto alimenta o ego pessoal como fortalece o patrimônio individual e a conta-corrente de muitos “companheiros”, o que os leva a lutar com todas as forças, meios e manobras para garantir o espaço conquistado. Não se pode negar que o partido majoritário tem um certo volume de ideias ou uma cartilha bem elaborada que mexeu com as emoções de muitos ao longo de alguns anos, mas que traiu a sua história. Uns militantes ainda permanecem fiéis e convictos, mas outros, decepcionados e frustrados, já desceram do barco, e agora estão buscando novas opções. É o que se classifica como: Situação...