2017 já vai tarde! Pena que não leva junto as muitas desgraças que se abateram sobre o povo do campo e da cidade, no país e na Bahia… Ao final deste ano terrível, a Comissão Pastoral da Terra na Bahia tem a dizer:
Num conjunto de arbitrariedades, desmandos e violências, foi ano em que ficamos mais pobres, explorados, desrespeitados, violentados e infelizes, como povo e indivíduos. A partir do Golpe de Estado, que foi o impedimento da presidenta Dilma, em maio de 2016, tramou-se nos altos poderes da República, com o apoio da mídia, uma sequência sem limites de reformas e retrocessos nos direitos políticos e sociais, que tanto nos custaram contemplar na Constituição de 1988, chamada “cidadã”, marco histórico e pacto de superação do período ditatorial civil-militar. Gastos públicos e programas sociais, trabalho, ensino, saúde, previdência e assistência sociais, territórios e povos tradicionais, ganhos de capital, patrimônio natural e outros, foram setores cruciais da vida nacional a sofrer intervenções de modo a destruir direitos da maioria para favorecer a minoria rica de sempre, internacionalizada, descomprometida com um projeto nacional minimamente favorável à maioria trabalhadora e empobrecida. A força do privilégio, de novo, não aceita qualquer igualdade...