Encontro muitas pessoas que dizem não ir mais a uma missa. Não suportam o ritualismo vazio, tanto incenso, tanta indumentária e tão pouca sensibilidade humana e cristã. Outros se escandalizam com padres e leigos defendendo fascistas, tortura, pena de morte, execução sumária, vociferando contra os pobres e demais excluídos da sociedade. Inclusive, autoridades eclesiásticas pedindo - ou perguntando – se deve dar veneno de rato a um cantor.
Sempre repito que é preciso conhecer as periferias do cristianismo. Lá no chão, no meio da floresta amazônica, nos seus rios, nas comunidades rurais e periféricas do Nordeste, em várias periferias urbanas das grandes cidades. É preciso ir, muitas vezes, onde vai o Conselho Missionário Indigenista (CIMI), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), as resilientes Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). E olha que aí está uma multidão de homens e mulheres, tantas vezes jovens ou já de cabelos brancos, animando as comunidades e anunciando um evangelho vivo por sua própria vivência. Ainda mais, aí também encontrarão muitos padres e muitos bispos, além das sempre fundamentais religiosas dedicadas ao povo...