A Unidade Básica de Saúde Residencial Juazeiro I e III, no município de Juazeiro, norte da Bahia, ficou sem atendimento de clínico geral desde que o médico do local saiu de férias. Quem vai até a unidade, em busca de atendimento, encontra um cartaz colado na porta, que diz: "Estamos sem médico". A Secretaria de Saúde da cidade informou que um substituto será contratado pra trabalhar no posto, mas não deu um prazo para isso acontecer. O órgão destacou ainda que o atendimento odontológico está normal na unidade.
Enquanto isso, os moradores reclamam da falta de assistência. Segundo eles, além da falta de atendimento, faltam vacinas e materiais básicos para o trabalho dos profissionais. Uma das moradoras da região, a dona de casa Arleide Barbosa, diz que desde dezembro do ano passado tenta marcar uma consulta para o marido mas ainda não conseguiu.
“Sempre estava em recesso, estava em greve. Agora eu vim aqui, e está sem médico. É muito complicado. A gente precisa de médico, e não temos médicos”, reclamou. A insatisfação de Arleide é comum entre os moradores da região, e o sindico do residencial I, II e III contou que o problema é recorrente.
“Moradores necessitando de uma consulta, e não está tendo aqui no posto de saúde. Tem de três a quatro meses que o pessoal está dizendo aqui que não tem nem dentista. Seringa, atadura, esses materiais básicos que têm que existir em um posto de saúde, mas não está tendo. Até o copo descartável, dizem os moradores, está faltando no posto de saúde ", afirmou Luiz Carlos dos Santos.
Thauany dos Santos, que está grávida de dois meses e precisa de acompanhamento durante o pré-natal, foi até a unidade para se vacinar, mas não conseguiu.
“Vim hoje tomar a vacina e, quando eu chego, a enfermeira estava de folga e não tinha vacina no posto. Eu acho isso um absurdo, porque a gente nunca pode contar com os profissionais. Eu tenho filho, avó, mãe, a gente precisa de médico. Mas toda vez que eu venho aqui, o médico nunca está, não tem médico, estão de folga. A gente nunca sabe quando vai ter alguma coisa aqui”, contou a gestante.
Com relação à falta de materiais e vacinas, a secretaria informou que o abastecimento de materiais básicos é feito nos primeiros dias do mês e, por isso, o equipamento pode ter acabado.
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