A todo instante somos contemplados com imagens fortes e dramáticas, que retratam o sofrimento, a dor e a morte de seres humanos (vide foto da ilustração), os quais migram das suas terras, principalmente de países africanos, fugindo da guerra, da fome e da violência praticada por ditadores em seus países de origem. São longas travessias em mares turbulentos, sem qualquer nível de segurança e em barcos precaríssimos e superlotados, os quais, geralmente, naufragam antes de chegarem ao seu destino. O desespero faz essa gente se submeter a todo tipo de exploração pelos agenciadores chamados de “coiotes”, e riscos de toda ordem, na esperança de alcançarem no outro lado do continente um pequeno lenitivo para as suas vidas. Entre 2014 e 2016 mais de 10.000 refugiados morreram afogados, enquanto cerca de 14.000 foram resgatadas de naufrágios ocorridos.
As tentativas de fuga de sírios, afegãos e africanos têm como objetivo principal os países europeus, como Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Austrália, e os Estados Unidos da América. Louve-se o espírito de humanidade desses países, os quais receberam nos últimos anos milhões de refugiados, com destaque especial para a Alemanha que, em 18 meses, sozinha, recebeu um milhão de imigrantes. Em razão dessa política social favorável ao acolhimento, a destemida Primeira-Ministra alemã Ângela Merkel, quase não se reelege para um novo mandato, em função do crescimento dos seus opositores contrários a essa política. Impressiona saber que nos últimos seis anos, somente para o Canadá houve cerca de 550 mil pedidos de residência temporária por parte de brasileiros e já somos a quarta nacionalidade a solicitar essa permissão, atrás apenas de chineses, indianos e mexicanos!..