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Artigo: QUALIDADE DE LENI

Vivemos na época das “leniências” e das “delações premiadas”, por parte de alguns maus políticos,  de grandes e inescrupulosas empresas nacionais, bem como da aceitação destas,  por parte de algumas autoridades do nosso Judiciário.

Leniência é um termo que vem do Latim, “lenitate” ou “lenidade”, cujo significado é o mesmo que brandura, suavidade, doçura ou mansidão. O que no contexto da lei de repressão às infrações contra a ordem econômica, dá, às sanções contra práticas anti-concorrenciais, a qualidade de lene, isto é, o abrandamento da punição a ser imposta...

Artigo: UAUÁ: MUDANÇAS CLIMÁTICAS X MUDANÇAS POLÍTICAS

Ao longo dos séculos nossa terra, nosso povo e nossos animais sofrem com as longas estiagens. Mas as secas, esse fardo que pesa sobre nossos ombros sertanejos nos faz mal? Ora a avarenta cobiça de nós homens e mulheres que aqui moramos ou trabalhamos seja talvez um mal pior que esse fenômeno natural. Desmatamos 93% da caatinga, matamos nossos rios, e os que ainda não matamos estamos o fazendo. Aramos nossas terras férteis para produzir mais rápido e causamos erosões. Construímos estradas, caçamos os animais silvestres, um por um, até extinguir muitos deles. Construímos nossas cidades e sobre elas, despejamos nossos esgotos e próximos delas nosso lixo. 

As secas que douraram e blindaram nossas árvores, que deixaram esse pedaço de Brasil Árido, distinto doutras florestas, as mesmas secas que constituíram um dos maiores e mais diversos ecossistemas do mundo – a caatinga, como entender essa variante climática? Ou como conviver com ela, qual é o seu histórico?

Nos registros do escritor e jornalista Euclides da Cunha, na nossa região, aparecem evidencias que as secas causaram sérios problemas nos séculos XIII e XIV para os povos que aqui moravam. Em seu mais famoso livro Os Sertões ele dedicou o capitulo IV ao assunto. Esse trecho do livro descreve o fenômeno como um grande pavor para as populações que ali habitavam: "Desse modo é natural que as vicissitudes climáticas daqueles nele se exercitem com a mesma intensidade, nomeadamente em sua manifestação mais incisiva, definida numa palavra que é o terror máximo dos rudes patrícios que por ali se agitam — a seca". Noutro trecho ele lista as principais secas desde 1710 aos dias que precederam o final da Guerra de Canudos: "Assim, para citarmos apenas as maiores, as secas de 1710-1711, 1723-1727, 1736-1737, 1744-1745, 1777- 1778, do século XVIII, se justapõem às de 1808-1809, 1824-1825, 1835-1837, 1844-1845, 1877-1879...", (do século XIX.) Das citações de Cunha às mais recentes secas, ficaram conhecidas por nossos bisavôs ou bisavós, como contava minha tia-bisavó Idalina Dantas os seguintes períodos. Foram secos os anos de 1915, 1931-1932, 1934-1936, 1939, 1955, 1961, 1976, 1979-1985, 1993, 1998-1999 do século XX...

ARTIGO: FRAUDES NÃO ACONTECEM APENAS EM GRANDES EMPRESAS

A Revista VISÃO JURÍDICA, da Editora Escala, Edição nº 124 traz interessante matéria sobre o envolvimento de pequenas e médias empresas em algum tipo de fraude, afirmando que 60% dessas empresas que chegam à falência cometeram fraudes.

A matéria faz referência ao professor de História da Universidade Estadual de Campinas (SP), Leandro Karnal, autor de vários livros e que tem sido destaque nas discussões mais inteligentes que se propagam pela internet sobre o caráter do brasileiro...

Artigo: Conselho para quem acha e anuncia abertamente que mataram Zavascki

Com a morte do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, nas vésperas dele apresentar seu relatório, em que vários políticos de renome nacional, que estão veementemente envolvidos diretamente com o poder central da República, seriam naturalmente denunciados no envolvimento direto de vários crimes de natureza política, teorias de conspiração invadiram as redes sociais, bem como vários articulistas e colunistas sérios de jornais pelo país afora insinuaram crime premeditado.

Não posso acreditar que tenha sido um crime premeditado por indivíduos que seriam incriminados pela Lava Jato, principalmente membros do PMDB e do PSDB, como alegam todos aqueles que escreveram e opinaram na internet de ontem para hoje, porque não disponho de provas materiais para tanto. Mas também fica um pouco confusa a situação por essas alegações, mas elas não servem ainda como motivo para acreditar e falar abertamente que o ministro foi assassinado...

Artigo: Crescer no vazio ético da mídia brasileira

Era madrugada e dois jornalistas conversavam sobre mídia num aeroporto do Nordeste. Um era estrangeiro e outro brasileiro, ambos de um grande jornal internacional com extensão no Brasil.

O brasileiro – pela conversa era fotógrafo – pergunta ao estrangeiro como está a imagem do Brasil no país dele depois do golpe. O estrangeiro repete que está pior do que era antes. Mas, ressalta que notícias sobre o Brasil pouco aparecem no seu país de origem. Porém, continua dizendo que o Brasil, surpreendentemente, é o segundo mercado no mundo do jornal que ele representa. Esperavam que esse lugar fosse ocupado pela Argentina ou México, mas, aconteceu aqui, com uma equipe reduzida que ele começa a comentar com o fotógrafo...

ARTIGO: “SAUDADE DAS DONZELAS LÁ DA CASA DE FARINHA”

Não poderia haver título melhor para estas linhas em que nos deteremos sobre as já saudosas casas de farinha. A frase é de um cantador do sertão que ouvi nos meus dias de menino. Ah, as casas de farinhas!

Poderíamos dizer que a vida no sertão começava na quadra da farinhada. Para a casa de farinha se voltavam todas as atenções, transformando-se a mesma num pólo aglutinador de pessoas advindas dos mais diferentes rincões. Famílias inteiras mudavam-se para lá, onde se demoravam por dias e até semanas, o tempo que fosse necessário para dar por pronta a cobiçada iguaria. 

A festa começava ainda na roça, na arranca da mandioca. Sim, a festa, porque aquilo não era trabalho. Parecia mais um folguedo, regado a pinga boa e animado por acaloradas cantorias. As arrancas eram disputadíssimas e possuíam caráter de evento social, com agenda previamente estabelecida. Assim se evitava que duas arrancas acontecessem ao mesmo tempo. Era a festa da mandioca. Dela participava a vizinhança toda, sem contar os que vinham de mais longe. 



Acomodadas em caçuás e transportadas no lombo de jumentos, as raízes chegavam à casa de farinha, onde eram aguardas por rapadeiras habilidosas. As facas entravam em ação, num chichiar contínuo e cadenciado. Em pouco tempo, livre da casca, o produto repousava branquinho, pronto para a “desmancha”. Lá fora, a panela borbulhava. Era o rango sendo preparado. Havia muitas bocas a alimentar. No cardápio, feijão com jabá e pé de porco.

E a festa prosseguia, cada um fazendo de um tudo: rapar, ralar, prensar, peneirar, enfornar, ensacar; eis a linha de produção. Recolhida em cochos ou gamelas, a manipueira fornecia a alvíssima tapioca posteriormente transformada nos alvíssimos beijus, que eram servidos no desjejum, com café quente, da hora. A cada passo, a cada processo, as pessoas iam se revelando mais qualificadas nas tarefas de que eram incumbidas. Homens feitos, mulheres e meninos, todos atuando com habilidade extraordinária. Não era pra menos; o ofício é antigo; vem de eras imemoráveis; os nativos já o faziam. O Brasil, aliás, nasceu sob o signo da farinha. Foi ela seu primeiro sustento; um maná dos deuses a forjar uma nação inteira. 

A casa de farinha não era só uma casa de farinha. Era uma indústria de saberes, de afetos, de poesia. Vivia ela da solidariedade, da cooperação, da ajuda mútua. Sua lógica era a do mutirão, do trabalho conjunto que forma fraternidade. Era o jeito bíblico e conselheirista de conceber a vida, de gerar sociedade. Sua produção tinha como fim o consumo familiar, comunitário, sem visar o lucro cego, fruto da ambição mercantilista. 

A casa de farinha modelou a cultura sertaneja. Estabeleceu formas de convivência. Fixou canais de interação. Uniu. Aproximou. Estreitou laços. Era lugar de encontro. De ajuntamento. De confraternização. Por ali circulavam informações; trocavam-se experiências; construíam-se novas relações. Ali contavam-se histórias de trancoso, liam-se folhetos de cordel, cantava-se a moda da terra. Vez ou outra, aparecia um sanfoneiro para animar a festa. Quando isso acontecia, o forró ia noite adentro. No terreiro, crianças brincavam de roda, livres da chatice dos mais velhos.

À noite, à boca do forno, juntava-se a rapaziada toda. Era chegada a hora da paquera. Muitos iam à casa de farinha com o intuito de namorar. E namoravam. Não foram poucos os casamentos nascidos ali, ao crepitar das brasas em chama.

Veio a mecanização e afastou o que havia de mais precioso. A casa de farinha já não é mais a mesma. Perdeu o encanto de outros tempos. Despida de poesia, de afeto e de calor humano, hoje não passa de uma ruína, perdida em meio à capoeira, como se fora um fogo morto.

José Gonçalves do Nascimento
[email protected]..

Artigo: A Teologia Refinada do Papa Francisco

A teologia do Papa Francisco é refinada e não está ao alcance de qualquer teólogo. A acusação que ele sofre de não ser um teólogo, mas um pároco de aldeia, revela muito mais a ignorância de seus detratores do que o conhecimento teológico de Francisco.

Na Laudato Sí ele deixa claro, pelas citações que faz, qual é linhagem teológica que ele adotou para seu papado. Ao assumir o nome de Francisco, não assume apenas um nome, um ícone de grande parte da humanidade, um estilo de vida, um estilo de Igreja, mas uma linhagem teológica, isto é, a soterrada teologia franciscana ao longo da história...

Artigo: Isaac, Paulo Bomfim e Juazeiro

ARVORA-SE 2017!  E todos retomam, afinal  até que enfim, esperanças sucumbidas e perdidas.  Ei, 2016... há mais tempo! Um ano cruel, enfadonho, erva daninha, de pouquíssimas bondades e recordista em maledecências de todos os naipes. Um ano que pareceu mais um século e, como disse em versos o mestre Caetano “ ...Tudo demorando em ser tão ruim “.

Desapega, disgrama!..

Artigo: Pela Cultura de Juazeiro (1)

“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Jonas 1:2

A cultura

A maior riqueza de um povo é e será sempre o próprio povo. O que caracteriza a diversidade de um povo é a sua cultura, o que coloca este segmento como um dos mais importantes para um desenvolvimento social de face critica...

Artigo: A verdade sobre a falta de reação dos brasileiros diante da incrível destruição do Estado

A sensação de impotência política tem tomado conta de uma grande parcela da sociedade que sabe o que está acontecendo no país, mas sabe muito bem que sozinha não vai poder combater as nocivas mudanças que vem sendo implementadas no Brasil como Estado.

Pior ainda é saber que o povo não começou a reagir, exatamente porque o povo não sabe o que de fato está acontecendo. O povo está sendo literalmente enfeitiçado, mas precisamente imbecilizado, pelo processo de desinformação promovido pela mídia comprometida com a noção de Estado Mínimo, principalmente pela Rede Globo de Televisão...

Artigo: 2017, o ano da esperança!

“Ao ano velho e caduco / que se despede cansado / daqui de Joaquim Nabuco / venho dizer: obrigado!”. Esses versos de Carlos Drummond de Andrade me remetem a outros do poema “História Trágica”, desse mesmo poeta, que os pessimistas insistem em declamar: “Esta ponte está podre / Não passa de janeiro / Ou cai agora / Ou não me chamo Flordualdo”.

Na condição de otimista que, como dizia outro brilhante escritor mineiro, Fernando Sabino, “erra tanto quanto o pessimista, mas não sofre por antecipação”, vamos inaugurar janeiro logo ali na esquina, em um domingo de sol, na terra de Caymmi, com esperança no coração e dúvida no azedume dos incrédulos...

Artigo: A verdade sobre os distúrbios institucionais e as Diretas Já!

Quando defendemos a tese que era perigosíssimo para a nossa já consolidada democracia a quebra das regras elementares, principalmente aquela que determina que para governar o pais deve-se ser feito através do voto popular, defensores contrários da idéia pregaram abertamente que era porque eramos do Partido dos Trabalhadores, sem ao menos sermos filiados ao mesmo.

Resultado, consolidaram suas ideias na base da força jurídica e escolheram para governar exatamente um homem que não passa, literalmente está comprovado que não passa pelo crivo das urnas. Escolheram para tanto um homem sem capacidade de coordenar equipe, bem como sem capacidade de governar. Incompetente e impopular!..

Artigo: O MEJ e a sede empreendedora no interior baiano

O Movimento Empresa Júnior (MEJ) tem ganhado cada vez mais espaço no interior baiano. E não poderia ser diferente, já que os estudantes universitários dessa região não se conformam mais em apenas receber os conteúdos programáticos em sala de aula. Eles estão atrás do autoconhecimento profissional, o que hoje é encontrado no empreendedorismo.

A exemplo, temos a Empresa Júnior (EJ) do curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, a Concretize Jr, que está há quatro anos atuando no mercado com sua carta de serviços, abrangendo não apenas o Vale, mas outras cidades longínquas, como a capital pernambucana, Recife. E o que os 76 jovens que passaram pela empresa e àqueles que estão passando por ela ganham com essa experiência? Como dito, existe uma inquietação, é uma preocupação em ser e fazer um diferencial no mercado de trabalho, e por isso somente vivenciando o dia a dia de uma empresa é possível entender e adquirir know-how para encarar o mundo a fora. Onde mais se poderia encontrar um leque tão arraigado de conhecimento? Onde encontraríamos tantas possibilidades e problemas a serem resolvidos?..

Artigo: QUE VENHA O ANO NOVO

Mais um ano chega ao seu final, 2016 foi ano atípico, pois tivemos de tudo, tragédias (Chapecoense), surpresas eleitorais(USA Trump e Dória SP), conquistas pelo nosso futebol(Olimpíadas), escândalos na Rússia(Doping), no futebol espanhol  mais uma vez a estrela do craque Cristiano Ronaldo brilhou magnificamente ofuscando a famigerado Messi(que nada tem feito).

Mas vamos falar um pouco do nosso país e até da nossa querida Juazeiro. Em Brasília como vem acontecendo nos últimos anos, a quadrilha política continua usurpando nosso dinheiro com falcatruas, propinas (que eu chamo de ROUBO).  E o pior que não escapa ninguém.     ..

artigo: Quando as Forças Armadas forem embora, o que restará da segurança pública de Pernambuco? 

Uma cidade sitiada. Milhares de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica espalhados pela capital pernambucana com o suposto objetivo de evitar a deterioração da segurança da cidade. O envio das forças de segurança foi solicitado pelo governador de Pernambuco, em resposta a luta dos policiais e bombeiros militares por valorização profissional e melhores condições de trabalho. Não existe greve.

A operação padrão" (só saem as ruas com todos os equipamentos de segurança em bom estado), o que na prática diminui o número de policiais nas ruas das cidades. É crime trabalhar na legalidade? Na verdade, o pedido de socorro ao Governo Federal é um atestado de que o governo estadual não consegue mais cumprir suas funções na área de segurança pública. Basta ouvir a população para saber que o Pacto pela Vida está falido, não funciona...

Artigo: De 1 milhão de mortos para 1 milhão de cisternas

Na seca de 82 a estimativa foi que pelo menos 1 milhão de Nordestinos ainda morreram de inanição, isto é, fome ou sede. Nessa seca que vem de 2012 até 2016, não há registros de mortes por inanição, nem o fenômeno das grandes migrações, nem frentes de emergência e muito menos saques nas cidades do sertão.

O IX ENCONASA – Encontro da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) -, acontecido entre 21 e 25 de novembro, em Mossoró, constatou que passamos de 1 milhão de mortos para 1 milhão de cisternas. Além do mais, houve 200 mil replicações de tecnologias para armazenar água para produção. Enquanto as cidades passam grande necessidade no Semiárido - por falta das adutoras - e o gado da “classe média rural Nordestina” morre por falta de água e ração, o povo que sempre foi vítima das tragédias humanitárias das secas está bem melhor que os demais. Aprendeu com a captação da água de chuva, o manejo da caatinga, a criação de animais resistentes à seca, assim por diante...

Artigo: Jamais seremos os mesmos

Escrevo para mim mesmo e alguns milhões que comungam a mesma impotência – pelo menos por hora - perante o golpe impetrado no Brasil e seus desdobramentos.

Não tivemos chance de defesa. Falo dos 54 milhões de brasileiros que tiveram seus votos sequestrados por trezentos e poucos calhordas da Câmara e depois 60 senadores. Agora, todas as mudanças constitucionais que vão sendo operadas de costas para o povo.  ..

Artigo: FIDEL E O CÉU

Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos, Raúl Castro: Os barbudos da Sierra Maestra que detonaram a ditadura perversa e sanguinária  de Fulgêncio Batista , então sob a batuta e o guarda-chuva do capitalismo selvagem americano. Amou esse início, leitor saudoso? Certeza que dourou? Tomém. Saudadezinhas mil de vosmecê, amigo  das letras. Fidel Castro, o chefe-mor imponente da Revolução Cubana. Che Guevara, o  guerrilheiro romântico da Revolução Cubana.

Os dois maiores ícones da maior revolução de resistência a que o planeta terráqueu  já assistiu. Cuba, uma pequenota ilha paradisíaca perdida no meio da Caribe. Mas, que servia aos americanos ricaços para lhes proporcionarem lazeres que iam da prostituição às jogatinas em hotéis e cassinos de luxo. Sem contar, logicamente que mais lógico, as intermináveis fazendas com imensas casas grandes em contraste com as funerárias senzalas ( Ai, ai, ai,ai, Helena...será que será que o sociólogo Gilberto Freire fez o seu livro Casa Grande e Senzala a partir disso ? Bem poderia ter sido.)...

ARTIGO: Verdes e brancos                  

Dois estádios cheios e nenhum jogador em campo. Chora o futebol e quem enxuga as lágrimas nesta noite de 30 de novembro de 2016? Quem haverá de vibrar com as jogadas espetaculares, dribles e entortadas e ainda receber no peito a bola que nem saiu do pontapé inicial? O drible, a finta e o chute de efeito. A Chaleira, o Caneco, a Bicicleta, o Chapéu e a Trivela. Cadê o Gol de Letra e os craques que levam o time às alturas como se fossem Folhas Secas no ar? Agora, lá do alto ouvimos apenas a pane seca e um rastro tremendo de dor a devorar com fúria a surpresa da última temporada do futebol latino-americano. Perdemos numa única partida, jogadores, membros da delegação, jornalistas e tripulação. 

Um jogo cruel onde a bola inglesa deu lugar a caixas pretas, velas, cruzes e lágrimas. Nossa porção mais risonha e límpida agora beira a incredulidade face ao imponderável. Da Arena Condá ao Estádio Atanásio Giradot “Somos todos chape”, Chapecoenses, verdes e brancos como o Atlético Nacional, a esperança e a paz. E embora tocando a pelota de lado na política ou mesmo pisando literalmente na bola nas pelejas do Congresso Nacional, seguimos nessa paixão excepcional e obsessiva. O coro das arquibancadas e a velha história da caixinha de surpresas dão o tom transitório deste mundo contraditório caminho até Deus. Bola com Cleber Santana que passou para Josimar, que passou pra Gil, que rolou para Sérgio Manoel que rolou para Ananias, que cruzou para Kempes e é goooooool. “Estamos sonhando, torcida brasileira!”...

Artigo: Festa no Inferno

Sábado (26), no inferno chegou mais um ilustre morador, suspeito que Fidel Castro terá uma cadeira vitalícia no Inferno. O "tinhoso" deve ter recebido Fidel com honras de Estado, certeza há muito o aguardava com ansiedade. Fidel dizia que a História o absolveria, a História até pode absolvê-lo, mas creio que a Justiça Divina jamais.

Castro junta-se em sua nova morada a outros líderes socialistas como Lenin, Stalin, Mao Tsé-Tung e Kim Jong-Il, também a outros da extrema direita nacionalista como Hitler, Mussolini e Franco. ..