Às margens do São Francisco
"Todas duas eu acho uma coisa linda, Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina"
Jorge Altino compôs uma música que une Juazeiro e Petrolina em um único sentimento. Porém, estas duas cidades estão projetadas para destinos diferentes, uma cidade para integrar o mundo e a outra para ser "a prima pobre de Petrolina".
Criticar é o ato de amor mais difícil e necessário, a exemplo de uma mãe que briga com seu filho para que ele não siga um caminho de dor e destruição. Por isso, aqui, trago críticas as projeções políticas que destinam Juazeiro.
Juazeiro está no meio de um dos maiores pólos frutíferos do mundo, assim como em meio ao "polígono da maconha", mas em meio a essa potência produtiva do solo, a fome e pobreza se destacam em nossa população municipal.
Petrolina está na mesma localização, contudo, consegue integrar sua população aos desenvolvimentos do capitalismo global, desde a implementação de uma infraestrutura urbana moderna até a tecnologia desenvolvida pela embrapa para a agricultura familiar.
As duas cidades caminham na mesma velocidade mas em sentidos oposto, e dá pra notar que juazeiro está no sentido errado. Nosso vetor deveria ser no mesmo sentido que Petrolina.
Essas projeções opostas são resultados de escolhas políticas e o único fato é que Petrolina possui políticos dedicados à cidade e sua melhoria, no estilo de uma política como "arte de cuidar do povo". Já em Juazeiro, a situação é oposta, a política está mais pra o sentido de uma "arte de enganar e maltratar o povo".
O fato é que Juazeiro deve passa a ter governantes comprometidos com os valores republicanos e dedicados a cidade e o povo. A exemplo do que ocorre em Petrolina, nossa cidade-irmã, ou seremos conhecidos como a "prima pobre de Petrolina", em um futuro não muito distante.
Não precisamos de "Doido", "Vaqueiro" ou "Garçom", Juazeiro precisa de governantes, do contrário, o destino será ficar às sombras de uma Petrolina gigante e do mundo.
Não basta ter duas cidades unidas pelo sentimento, devemos unir seu destinos,
Assim como são unidas pelo rio São Francisco.
Tenório Neto
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