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Cidades turísticas e entroncamentos rodoviários serão alvo de campanha vacinal articulada pelo governo da Bahia

O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, se reuniu nesta sexta-feira (6), com representantes de dez municípios baianos e o Ministério Público do Estado, para articular estratégia de atingir pelo menos 95% de cobertura vacinal contra o sarampo, sobretudo, nas cidades turísticas e entroncamentos rodoviários,

De acordo com o secretário, "a intenção é criar um bloqueio vacinal e reduzir a chance da população baiana ser infectada, visto que todos os quatro casos de sarampo na Bahia são importados, sendo três de São Paulo e um da Espanha. Assim, localidades como Salvador, Ilhéus e Porto Seguro devem intensificar as ações de vigilância", afirma Vilas-Boas...

ARTIGO - ARLINDO LEONE E SERGIO MORO: AGENTES DE DESTRUIÇÃO

Foi um juiz, Arlindo Leone, que, atendendo aos interesses das elites opressoras, desencadeou a guerra que destruiu Canudos e sua gente. Foi um juiz, Sergio Moro, que, atendendo aos interesses das mesmas elites opressoras, desencadeou o processo que está levando o Brasil à morte e à destruição.

Senão, vejamos:

Arlindo Leone era juiz de direito da comarca de Bom Conselho (atual Cícero Dantas), quando uma manifestação, envolvendo seguidores de Antônio Conselheiro, incinerou em praça pública os editais em que o município fixava os impostos a serem cobrados da população. (Era o início da república, e os municípios acabavam de obter o direito de estipular e realizar a cobrança de tributos).

O juiz tomou aquele episódio como uma afronta à sua autoridade e, a partir de então, não parou de alimentar e insuflar ódio contra a figura do Conselheiro. Só aguardava o momento de dar o bote e colocar as mãos no líder de Canudos.

E esse momento chegou. Foi em 1896. Conselheiro havia negociado em Juazeiro a compra de certa quantidade de madeira a ser utilizada no arremate de uma nova igreja. Comprado e pago, o material não foi entregue no prazo acordado. Frente à demora, os moradores de Canudos decidem ir, eles mesmos, até a cidade san-franciscana, a fim de apanhar a importante encomenda.

Sabendo disso, e achando a ocasião propícia para acertar contas com o Conselheiro, Arlindo Leone, àquela altura lotado na comarca de Juazeiro, manda um ofício ao governador informando do suposto saque, e ao mesmo tempo, solicitando providências. O governador atende o magistrado e despacha para o sertão uma tropa de cem policiais, que acaba destroçada pelos canudenses, no célebre combate do Uauá. Tinha início a guerra de Canudos. E essa história, todos a conhecem. O ódio das elites tradicionais, somado ao ódio de um juiz de direito, porta-voz dessas mesmas elites, transformava o sertão num mar de sangue e ceifava a vida de milhares de brasileiros.

Pois bem. É óbvio que a história não se repete. Mas pelo menos num particular ela tem sua continuidade. E este particular é a forma desprezível, odiosa e violenta com que as elites tradicionais trataram e continuam tratando os pobres desse país.

Porta-voz, capacho e serviçal dos interesses da burguesia brasileira e norte-americana, Sergio Moro – mutatis mutandis – reproduz Arlindo Leone.

Tudo começa quando ele, Sergio Moro, surfando na onda neofascista e subvertendo o Estado Democrático de Direito, prende sem provas o líder político mais importante da história, apenas para impedi-lo de participar de um processo eleitoral em que se mostrava favorito.

E, assim fazendo, abre margem para a eleição de um projeto perverso de poder, cujo mote é a negação de tudo que se construiu até agora no campo dos direitos sociais, como temos notado numa série de “reformas” e medidas ultimamente adotadas por esse governo.

Mas não só: sem quaisquer escrúpulos, e como que a completar a trama mesquinha, Moro ainda integrará o governo que ele mesmo, de forma arbitrária, ilegal e corrupta, ajudou a eleger.

Completada a obra perversa que se maquinou no mundo sombrio da Lava Jato, em conluio com os promotores estelionatários de Curitiba, Moro mudou de posto, mas não mudou de lado. Junto com Bolsonaro, e junto com o que há de pior no mundo da política, dos negócios e da justiça, o ex-juiz continua fazendo o que sempre fez: bajulando o “império”, disseminando ódio e perseguindo os pobres.

Sim, Moro está fazendo o que sempre fez e mais um pouco: junto com Bolsonaro e demais membros do atual governo, está destruindo o Brasil e o conceito do Brasil, aqui e lá fora.

Arlindo Leone e Sergio Moro são elos da mesma corrente que, por séculos sucessivos, sujeitou os pobres e os atrelou aos caprichos das elites escravocratas, opressoras e parasitárias...

ARTIGO - A JUSTIÇA TARDA, MAS NÃO FALHA (o Caso Dreyfus, Lula e a “Vaza Jato”)

Os recentes acontecimentos revelam que a prisão do ex-presidente Lula já se insere no índice dos grandes erros da história, podendo mesmo equiparar-se a episódios clássicos da trama judicial, como o "Caso Dreyfus", denunciado por Émile Zola, no célebre manifesto "J'Accuse".

Foi assim: no final do século XIX, um oficial do exército francês, de nome Alfred Dreyfus, foi acusado, julgado e condenado à prisão perpétua pelo crime de alta traição. Banido do exército, foi humilhado e degradado em praça pública. Algum tempo depois, descobriu-se que tudo não passava de uma farsa. Dreyfus, na verdade, havia sido vítima de perseguição, por conta da sua condição de judeu. Acabou inocentado e reabilitado. A exemplo de Zola, também Ruy Barbosa tomou parte na questão, redigindo um longo manifesto em defesa do oficial.

Algo similar tem ocorrido no Brasil dos nossos dias. Vítima do ódio de classe e do jogo político desonesto, um ex-presidente da república – o estadista brasileiro mais bem avaliado da história – é alvo de um processo injusto, arbitrário e desumano.

As circunstâncias em que surgiu tal processo, e agora as revelações da “Vaza Jato”, não deixam dúvidas quanto à farsa que se lavrou com a finalidade de justificar o encarceramento de Lula.

No papel de porta-vozes da extrema-direita, Sérgio Moro e seus asseclas trabalharam política e ideologicamente para tirar o ex-presidente do páreo, e assim, com mais facilidade, angariarem o poder. 

Como não dispunham de votos, os neofascistas, de forma vil, valeram-se da força do arbítrio para minar e tirar do caminho o concorrente que, naquele momento, mais chance tinha de vencer as eleições. E que, não por coincidência, era (e é) o mais odiado pela elite parasitária do país. 

Não deu outra. A fraude venceu o Direito e alçou ao topo do poder o que existe de pior e de mais imundo na política brasileira. E o resultado está aí: um projeto de poder sedimentado na incompetência, no ódio, no ressentimento, no autoritarismo, no obscurantismo, no desprezo aos pobres, no ataque à soberania nacional, na agressão ao meio ambiente, na destruição de conquistas sociais. 

A justiça tarda, mas não falha. Quando se desfizer por completo a farsa que desde o início se forjou, o ex-presidente Lula se imporá maior do que nunca, enquanto Moro, Dallagnol, Bolsonaro, et caterva sucumbirão no lixo da insignificância, engrossando o rol dos indivíduos mais infames da história...

Marília Mendonça quebra mais um recorde no Spotify Brasil

A cantora brasileira mais ouvida no Spotify Brasil acaba de conquistar mais um recorde na plataforma. Nesta quarta-feira (14), o hit “Todo Mundo Vai Sofrer” completa 86 dias como a música nacional mais ouvida pelos brasileiros. A canção está no TOP 4 do Spotify Brasil, perdendo apenas para hits internacionais de Rihanna (Work, feat. Drake), Justin Bieber (Sorry) e Calvin Harris (Blame, feat. John Newman).

“Todo Mundo Vai Sofrer” foi lançada em maio e faz parte do projeto “Todos os Cantos”, no qual Marília Mendonça percorre o país com shows gratuitos e datas surpresas. Nesta sexta-feira (16) será lançado o volume 3 do projeto com mais 3 faixas inéditas. O projeto vai virar um álbum e será lançado pela Som Livre até o fim do ano...

O RÁDIO DO MEU PAI (Crônica)

Em nossa casa o rádio era quase que um membro da família. E tínhamos para com ele uma relação quase que de amor. Longe de ser apenas um aparelho receptor de ondas magnéticas, um item do mobiliário, ou coisa equivalente, o rádio era o símbolo do encanto, da poesia, do arrebatamento. O rádio nos falou da vida. Nos aproximou do mundo. Nos instigou a sonhar. 

(Mais do que uma caixa de som, o rádio era uma caixa de sonhos)...

Projeto Social levará capacitações e oficinas a cerca de 1.000 famílias do Park São Gonçalo

Os moradores dos Residenciais Park São Gonçalo I, II, III e IV tiveram dois excelentes motivos para comemorar na noite desta terça-feira (23). Além da entrega de 700 títulos de posse feita pelo prefeito Miguel Coelho, a Prefeitura de Petrolina lançou oficialmente o Plano de Desenvolvimento Socioterritorial do Programa Minha Casa Minha Vida (PDST) na comunidade.

A iniciativa visa levar aos residenciais, no período de um ano, cursos de qualificação, lazer através de cinema e oficinas diversas como zumba, ballet capoeira e futsal, além de maior organização comunitária e cidadania aos moradores. A ação beneficiará 992 famílias da localidade e faz parte de um convênio entre a prefeitura com a Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades, e um investimento na ordem de R$ 1 milhão...

Regularização fundiária: Miguel entrega títulos de posse a 700 famílias do Park São Gonçalo em Petrolina

A tranquilidade da casa própria de papel passado é agora uma realidade para 700 famílias do Residencial Park São Gonçalo. Após um mutirão realizado pela Prefeitura de Petrolina, os moradores da localidade começaram a receber o título de posse de suas habitações. A entrega simbólica dos primeiros documentos foi realizada pelo prefeito Miguel na noite desta terça-feira (23) no residencial. 

A iniciativa faz parte do programa Petrolina Legal, que tem regularizado moradias que há décadas estavam sem documentação. Já foram entregues, somando a ação no Park São Gonçalo, 3700 títulos a diversas comunidades. A meta é concluir 2020 com 10 mil famílias com imóveis legalizados, representando o maior programa de regularização fundiária de Petrolina.  ..

Moradores do Park São Gonçalo serão beneficiados nesta terça (23) com entrega de 700 títulos de posse de imóveis

Com o objetivo de garantir aos petrolinenses a casa própria de papel passado, a Prefeitura de Petrolina está realizando o maior programa de regularização fundiária da história do município. Nesta terça-feira (23), por exemplo , serão entregues 700 títulos de posse de imóveis dos Residenciais Park São Gonçalo 1, 2, 3 e 4. O evento acontecerá às 19h, na Rua Projetada.

Mesmo em posse do título, os moradores devem continuar pagando as prestações do imóvel para que recebam a escritura definitiva. A ação faz parte do programa Petrolina Legal desenvolvido pela prefeitura através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação. O programa já beneficiou 3 mil famílias com a regularização de imóveis e a meta é chegar até o final de 2020 com mais de 10 mil títulos entregues à população do município...

Prefeitura entregará 700 títulos de posse de imóveis a moradores do Residencial Park São Gonçalo

Com a missão de fazer o maior programa de regularização fundiária da história de Petrolina, a prefeitura fará a entrega de 700 títulos de posse referentes aos imóveis do Residencial Park São Gonçalo 1, 2, 3 e 4. A ação será realizada no local na próxima terça-feira (23), às 19h, na Rua Projetada.

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Giovanni Costa, destaca que o título de posse não anula as obrigações do dono junto à instituição financeira. “Essas pessoas precisam continuar pagando as prestações do imóvel para que recebam a escritura definitiva. Além disso, precisam continuar cumprindo as regras de não vender, alugar ou abandonar a moradia”, esclarece o secretário...

First Friday realiza palestra sobre conservação da onça-parda e da onça-pintada no Bioma Caatinga

A Conservação da Onça-parda (Puma concolor) e da Onça-pintada (Panthera onca) no Bioma Caatinga” será o tema abordado na sessão de julho do First Friday, projeto científico-cultural promovido pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

A palestra será ministrada pela bióloga Claudia Bueno de Campos, nesta sexta-feira (5), a partir das 9h, no auditório do Museu de Fauna da Caatinga, no Campus Ciências Agrárias (CCA), em Petrolina (PE). O evento é gratuito e aberto a toda a comunidade, mas as vagas são limitadas...

Cachoeira, no recôncavo, vira sede do governo da Bahia como marco do início das comemorações ao 2 de Julho

A cidade de Cachoeira, que fica no recôncavo baiano, foi elevada à sede do Governo da Bahia nesta terça-feira (25). O ato simboliza o dia em que moradores do local iniciaram as lutas pela Independência do Brasil na Bahia, cuja batalha final ocorreu no dia 2 de Julho. A secretária de Cultura, Arany Santana, representou o governo do Estado durante a cerimônia. Essa é a 12ª vez em que a sede do governo é transferida de Salvador para o recôncavo. A mudança foi aprovada pela lei 10.695, de 2007.

Desfile cívico, honras militares e o 'Te Deum', ato religioso em memória aos que lutaram pela independência, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, também marcaram a data. A cerimônia tem como objetivo reconhecer a importância do município nas batalhas travadas pela conquista da independência do Brasil, que tiveram início no dia 25 de junho de 1822...

HOMENAGEADO, NELSON GONÇALVES COMPLETARIA 100 ANOS NESTA SEXTA (21)

Considerado o Rei do Rádio, Nelson Gonçalves recebe hoje 21 homenagens na data de seu centenário. Entre elas, o lançamento, pelos Correios, de um selo oficial dedicado a ele em cidades que fizeram parte de sua trajetória: em São Paulo, para onde ele se mudou ainda criança; no Rio de Janeiro, onde o cantor consolidou sua carreira, e em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, onde Nelson nasceu, no dia 21 de junho de 1919. 

Nelson Gonçalves é celebrado o centenário de nascimento de Nelson Gonçalves, um dos maiores cantores da história da música brasileira. Sua voz poderosa chegou a ditar padrões do que seria um verdadeiro intérprete, assim como os de Orlando Silva, Ângela Maria, entre outros. Nelson Gonçalves (21 de junho de 1919 – 18 de abril de 1998) permanece eternizado como o símbolo de um Brasil antigo. ..

Selo marca centenário de nascimento de Nelson Gonçalves

Na próxima sexta-feira (21), os Correios lançarão a emissão comemorativa em homenagem ao centenário de nascimento do renomado cantor brasileiro Nelson Gonçalves. Em São Paulo, o selo será apresentado no Bar do Nelson, em Santa Cecília, a partir de 21h. Também haverá eventos nas cidades do Rio de Janeiro e Santana do Livramento (RS).

Considerado o maior intérprete do Brasil, dono de uma voz única, Nelson Gonçalves vendeu mais de 80 milhões de discos e conquistou o título de "O Rei do Rádio" nos anos 40. Antônio Gonçalves Sobral foi seu nome de registro, depois alterado em cartório pelo artista: "Ele decidiu mudar para Antônio Nelson Gonçalves", diz Margareth Gonçalves, filha do cantor. Nascido em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, mudou-se para São Paulo ainda criança. O jovem franzino e um pouco gago, conhecido como “metralha”, trabalhou como jornaleiro, mecânico, engraxate e lutador, mas tinha na música sua grande paixão. Foi aluno do maestro Bellardi, que o aconselhou a se dedicar ao estilo popular...

Sento-Sé: Onça-pintada é resgatada após passar 22 dias presa em caverna

FOTO ILUSTRATIVA

Uma onça-pintada foi resgatada no mês passado depois de ficar 22 dias presa em uma caverna nas proximidades de Sento Sé, no região do sertão do São Francisco. Conforme o G1, as  informações sobre o resgate do animal foram divulgadas pelo programa Amigos da Onça, da organização Pró-Carnívoros, na manhã deste sábado (8)...

Artigo - A cama de Procusto e a reforma da previdência

Na mitologia grega, Procusto era um perigoso salteador que costumava atrair viajantes para sua residência. Chegando ali, as vítimas eram deitadas numa cama de ferro, e depois que adormeciam tinham seus corpos moldados e ajustados de acordo com o tamanho do leito. Se fossem maiores, eram cortados a machado; se fossem menores, eram estirados com cordas até atingir a medida exata da cama.

É assim que têm avançado as políticas econômicas do pós-golpe. O que elas pretendem nada mais é do que moldar ou adequar as condições do povo às exigências do Estado (e do Mercado), quando deveria ser o oposto: eles é que têm de adequar-se às necessidades e bem-estar dos cidadãos e cidadãs – razão última de toda e qualquer política...

ESPAÇO DO LEITOR: BACO EXU DO BLUES REFERÊNCIAS SIAMESAS EXISTENCIAIS, para DAF Moncorvo, Caetano Veloso & Kanye West

Ano passado minha filha, Bia Roncalli, me mostrou uma canção do Baco Exu do Blues. Minha primeira pergunta foi: – É Baiano ? Não dei muita bola de primeira, mas hoje pensei em Bia incessantemente (para mais além do pensar compulsivamente recorrente e habitual de todos os segundos), curiosamente lembrei da nossa conversa rápida sobre a canção do Baco Exu.

De cara o nome Baco Exu do Blues me sentenciou uma conexão amistosa. O Deus Baco das festas intermináveis, do vinho e da boemia – elementos indissociáveis do meu primeiro livro – Orbitais. O Blues é uma das 5 primeiras peças da minha experiência musical de prima: rock jazz bossa samba & blues, em ordens aleatórias sobre o expoente de pi (ouvi esta expressão num filme e gostei muito)...

ARTIGO - A SAGA DE SHAIRA

A escravidão no Brasil durou cerca de 350 anos e arregimentou milhões de negros trazidos do continente africano. Só foi extinta quando não mais atendia aos interesses da burguesia europeia, em especial a inglesa, que, com o advento da industrialização, passou a cobrar o fim do trabalho servil. 

O longo período de escravidão, seguido de uma abolição de araque (já que incompleta), mergulhou o país no obscurantismo, e deu lugar a uma herança maldita, cujos efeitos ainda se fazem sentir. A cultura escravagista, que reinou por mais de três séculos, não foi de todo abolida, e é ainda reverenciada por amplos setores da elite brasileira que insiste em dar as cartas, ciosa das benesses da casa-grande e saudosa do tempo em que moía negro no tronco.

O romance  Shaira e a Saudade, de Sarah Correia, a ser lançado ainda este mês, se insere nesse contexto da história do Brasil. Como o zoom de uma fotografia, a autora põe em destaque o drama da menina Shaira, que, arrebatada do seio materno, na grande e longínqua África, é trazida para o Brasil a fim de servir como escrava.

O enredo tem como cenário principal uma fazenda do sertão do nordeste e se desenrola, basicamente, entre a senzala e a casa-grande, espaços onde, paradoxalmente, a personagem central vive os horrores da escravidão e, ao mesmo tempo, a experiência da liberdade. 

Ricamente fundamentada, a narrativa mergulha no vastíssimo universo da cultura africana, interagindo com as diversas representações simbólicas, responsáveis por conferir significado à vida, e tudo que a envolve. Acertadamente, o texto destaca o papel da memória enquanto elemento constitutivo do processo de afirmação e consolidação das identidades individuais e coletivas, condição sine qua non – diríamos – para a efetivação das experiências de liberdade, autonomia e empoderamento. 

É a memória, presente no cheiro da mãe, e atualizada nas imagens dos rios, das florestas, das montanhas, que faz com que a pequena Shaira esteja permanentemente conectada às suas origens, étnicas e familiares, e sonhe com a possibilidade de um dia poder reencontrar os seus. 

Ao contar a saga de Shaira, a autora montessantense, efetivamente, acaba por contar também a história do Brasil. Não a história oficial: a história dos senhores, dos opressores, dos vencedores; mas a história real: a história dos humildes, dos excluídos, dos vencidos. Aliás, dentre os muitos méritos que a trama apresenta, está o de trazer à baila, de forma quase que pioneira, o tema dos milhares de negros que retornaram à África, uma vez alforriados. Ignorada pela historiografia convencional, a questão é praticamente desconhecida do grande público, restringindo-se a um ou outro historiador.

Numa perspectiva – ousaríamos dizer – gramsciana (de Antônio Gramsci) Sarah Correia traz pra sua literatura as figuras do povo, dos pobres, do oprimido, tratando-os – e isto é o mais importante – não como meros coadjuvantes, mas como atentos protagonistas, com poderes de fala e de decisão. Isso faz com que a autora se aproxime de figuras do naipe de Carolina Maria de Jesus, Maria Firmina dos Reis, Luís Gama (os dois últimos citados no corpo da obra), e tantos outros intelectuais que fizeram dos humildes a sua temática literária.

Não bastasse tudo isso, Shaira e a Saudade encanta ainda pelo vigor do seu texto – leve e consistente – e pela beleza da sua poesia – doce e revolucionária.

José Gonçalves do Nascimento..

São Gonçalo e Atrás da Banca entram na lista de bairros contemplados com pavimentação

O trabalho em Petrolina não para e somente esta semana, mais duas ruas ganham uma nova camada de asfalto reduzindo os problemas de mobilidade da população. Desta vez, as ruas do Trabalho, no bairro Atrás da Banca e 24, no São Gonçalo estão sendo pavimentadas pela Prefeitura de Petrolina.

Ao todo, está sendo investido nas duas vias, cerca de R$ 1 milhão. Outra importante ação que será realizada no bairro São Gonçalo é o recapeamento da Avenida Simão Durando que, desde sua pavimentação, nunca tinha recebido reparo. No município, cerca de 170 ruas estão entre as vias prontas, em obras e que estão prestes a iniciar. As obras são tocadas pela Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Serviços Públicos (SEINFRA)...

Guarda civil prende suspeito de tráfico de drogas no bairro São Gonçalo

Na quarta-feira (8), a Guarda Civil Municipal de Petrolina (CGM) prendeu um suspeito de tráfico de drogas na Av. da Cerca, no bairro São Gonçalo. A ação aconteceu durante um patrulhamento de rotina realizado na região.

Durante uma revista, Davi da Cruz Silva, de 19 anos, foi flagrado com 13 pedras de crack, que seriam vendidas a R$ 10,00.A droga foi apreendida e o suspeito foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil, para adoção das medidas legais cabíveis...

Mais de mil imóveis sem escritura podem ser regularizados no bairro São Gonçalo em Petrolina

Ernaldo Coelho comprou a casa que mora, no bairro São Gonçalo, há 23 anos. Mas , o único documento que prova isso é o de compra e venda. Agora, com a chegada do programa 'Petrolina Legal', da prefeitura, no bairro dele, o agricultor pode finalmente emitir a escritura.

Na noite da última sexta-feira (3), uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação esteve na comunidade e tirou as dúvidas da população sobre como regularizar os imóveis sem escritura. Na próxima visita, que deve ser em até 20 dias, os interessados poderão dar entrada no processo de regularização. “Esse é o tempo necessário para que eles reúnam a documentação e completem o preenchimento da ficha”, explica o diretor de regularização fundiária, Mário Taveira...