Quarta-feira, dia 9, funcionários de empresas terceirizadas realizam manifesto na Governadoria, em Salvador
O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Comercial, Industrial, Hospitalar, Asseio, Prestação de Serviços em Geral, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA) estão convocando uma manifestação de todos os trabalhadores terceirizados com salários e demais direitos trabalhistas pendentes para que compareçam quarta-feira, dia 9, às 8 horas, no prédio da Governadoria no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
"As trabalhadoras e trabalhadores terceirizados exigem respeito. São cidadãs e cidadãos e não podem ser tratados como lixo. Trabalhamos com lixo, mas não somos lixo. Não aceitamos ser tratados como pessoas de segunda classe onde seguranças nos impedem de usar sanitários e beber água nos bebedouros em prédios públicos sustentados e mantidos com nossos impostos", critica com veemência Ana Angélica Rabelo, coordenadora geral do Sindilimp-BA.
O diretor da CUT-BA, Edson Conceição Araújo, lembra que "o governador Rui Costa sabe o que é dificuldade. Teve na infância até a juventude uma vida de pobre, com uma mãe guerreira que vendia salgadinhos e doces para sustentar a família. Depois que entrou na antiga Escola Técnica Federal e conseguiu ingressar no Polo Petroquímico é que sua vida mudou. Um governador com essa história não pode negar o direito de trabalhadoras e trabalhadores ingressarem na Governadoria, no CAB e deve estar aberto à negociação", enfatiza.
Ana Angélica Rabelo destaca que a categoria não consegue mais esperar. "É hora de decisão. É ou vai ou racha. Não tem mais como aguardar. É muito padecimento em cada casa, em cada família sofrendo o não pagamento dos salários e demais direitos. Convocamos para uma grande manifestação no CAB, quarta-feira, dia 9, às 8 horas. As pessoas que trabalham na AML, Basetec, C&C, Contratec, HD, Monkal, Sandes, Staff ou quaisquer outras que tenham problemas trabalhistas devem comparecer. Só a luta muda a vida. Não adianta ficar lamentando nas redes sociais. É hora de luta presencial, concreta e não virtual".
Ela acrescenta que algumas pessoas desinformadas tentam responsabilizar o Sindilimp-BA, "um erro. Não somos nós que contratamos. É o governo estadual que contrata as empresas, e os patrões, os empresários que devem pagar os salários. Precisam ter honra, dignidade e entender que não é favor pagar quem trabalha. Não aceitamos mais arrogância, respostas evasivas, mentiras e calotes. Queremos apenas e tão somente receber o que nos é de direito. Vivemos do nosso trabalho e não de esmolas. Não é favor pagar salários. É um dever dos empresários e o governo estadual deve fiscalizar se tudo foi pago. Estamos na luta em defesa dos nossos direitos", finaliza Ana Angélica Rabelo.
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