Ivete Sangalo & Sua Loucura de Amor por Juazeiro ou “Abraço o Violão”!
Eu não conheci Ivete quando ela morava na minha cidade. Não sou amigo dela. Em comum temos 2 coisas: [uma] ter nascido na mesma cidade, cidade-origem-e-destino dos tempos incríveis das navegações no rio que tem nome de santo & histórias & lendas & amores de tudo ou nada e [duas] um amor descabido, sem limites, sem precedentes, com tônica própria, com elã próprio, com o que popularmente se chama de “imaginário”: algo que entusiasma, inspira e cria (em mim) laços de afetividade por: João Gilberto, Expedito Almeida Filho, Luiz Galvão, Coelhão, Tatau, Euvaldo Macedo Filho, José Maurício Diadorim, Maurício Dias (talvez o mais apaixonado de todos), Helton França, Silas França & Dêniston Diamantino.
Foi olhando o espelho destes caras que saquei (ainda menino, nos 8 primeiros) o que era amar Juazeiro. Não dá para explicar ou defender. Está no intangível. Distante dos buracos, das ruas escuras e das vergonhas expostas da minha cidade. O amor por Juazeiro transcende a infraestrutura, transcende a histórica e nociva comparação com Petrolina, transcende as fofocas, as íntimas características provincianas e conservadoras do nosso povo...