"É Natal: Entristece-me o mal uso da religião por falsos profetas que se apropriam deste Jesus em nome de seus projetos pessoais", diz Flávio Leandro
Quando eu era menino achava o Natal um saco: Papai Noel não vinha, a neve não caía no sertão, o peru não se amigava com meu bucho...era tudo inatingível. A árvore de Natal feita de cabo de vassoura, arame e papel celofane verde, era o que mais se aproximava da chegada das festas do natalício de Jesus.
A melhor parte era colocar as bolas de vidro, super frágeis, surradas pelo uso de muitos anos, em cada galho. Botar uma ponteira de vidro no cume da árvore, era o momento apoteótico, mágico!
Terminado este período, mamãe guardava tudo para o ano seguinte, com muito carinho. As bolas já viviam desbotadas de tanto tira e bota. A ponteira, em certa feita, foi quebrada pela minha vó Neném, que de olho na novela "Pai Herói", em vez de armar um dos punhos da rede no torno, acunhou na ponteira. Foi um Deus nos acuda. ..