Nos últimos anos, as mudanças climáticas tem transformado as condições de cultivo na viticultura do Semiárido brasileiro. Em uma região onde as chuvas sempre foram concentradas em quatro meses, as precipitações passaram a ocorrer ao longo do ano, afetando diretamente a fruticultura irrigada, especialmente a uva. Esse cenário levou a Embrapa Semiárido a desenvolver um projeto que estuda o uso da plasticultura para mitigar os efeitos adversos das chuvas, além de promover benefícios no desenvolvimento das videiras, produtividade e qualidade dos frutos.
No Brasil esta técnica já é adotada em regiões vitivinícolas com altos índices de precipitação, como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a cobertura dos vinhedos com filmes plásticos ou ráfia cria uma barreira física que reduz a presença de água livre nas folhas. A pesquisadora e coordenadora do projeto, Patrícia Coelho de Souza Leão, explica que as precipitações mais intensas aumentam os riscos de doenças, exigindo um manejo mais intensivo, o que eleva os custos de produção...