Heurísticas e pecados. Peremptórias a cerca de um pensamento que destoa entre os galhos e arbustos de uma caatinga que se acostumou com a mesmice e perdeu a capacidade de se indignar, e não meramente menos que isso, se entregou ao fetiche de ideologias que afundaram o país sob a égide da defesa inexorável dos pobres e das mais puras condutas da humanidade.
Qualquer que seja o pudismo na aceitação dessas "virtudes" não cabe na minha agenda. Mesmo pobre e filho de agricultores (com orgulho) não me cabe e nem me parece encher os olhos de felicidade com as atrocidades cometidas sob a bandeira em punho de pautas populistas e sem sustentabilidade no médio e longo prazo.
Continuo insistindo, e é cada vez mais irreversível e sólida a ideia de que o melhor programa social é o emprego e as melhores políticas públicas, são as construídas com fundamento neoliberal. Mais Estado, não significa ausência. No bojo dessa discussão está a racionalidade e acima de tudo a prioridade dos recursos finitos [e cada vez mais escassos] do dinheiro público.
Mas, pensar isso, sobretudo aqui no Nordeste, tem sido custoso, traumático e desafiante, na verdade, é quase um oitavo pecado capital.
Bandeira em punho (e que não é a Brasileira), empurram essa discussão para o abismo da politicagem e constroe e solidifica a ponte do insucesso e do fracasso, que nos têm levado aos péssimos resultados, seja na saúde pública, educação, segurança e infraestrutura, que de tão hebdomadários já nem causam espanto e pior, revolta.
Mas como sempre em meus posicionamentos, a esperança segue presente. Nem Dom Quixote, nem utópico e nem pensamento elitista, como alguns me rotulam. Sempre tive dificuldades em sonhar pequeno, e isso parece para alguns, ser um pecado imperdoável dadas as origens desse pecador, mas não é nada disso, meu sonho é um país livre do verme populista.
De longe escuta-se o barulho das trincheiras
Canhões disparam beijos doces sem nenhum pudor
Exércitos atiram poesias sem piedade
Armas em punho estão carregadas de flores
É, estamos em guerra, e para a nossa sorte seremos vencidos!
Heurística e resiliência, para um país melhor.
Leonardo Cordeiro - Professor e economista
6 comentários
02 de Mar / 2018 às 23h12
Mas são cerejas podres para o o bolo fétido que assou com o tal triplex que “tem de ser de Lula”, um excerto de um processo que lhe foi dado às mãos e que, fora de seu matadouro, a todos absolveu. Moro é isso o que definiu: um ídolo sobre o qual as pessoas já veem a verdade. Um “herói” que encolhe depois de cumprir sua missão, porque não é ele quem importa, mas quem ele se dedicou a destruir. Voltará para a obscuridade de onde veio, até desaparecer como blackbloc do Judiciário que foi.
03 de Mar / 2018 às 06h29
Os EUA não querem aliados, querem súditos. Buscam os recursos naturais na América Latina e disseminam golpes para obter governos submissos. Lula incomoda os Estados Unidos ao adotar políticas independentes. É a visão de Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz de 1980", que falou à jornalista Eleonora de Lucena; "Aos pessimistas, lembrou do poeta e dramaturgo argentino Leopoldo Marechal (1900-1970). Ele dizia que, quando parecemos perdidos em um labirinto, devemos saber buscar a saída. E a saída está em ir para cima"
03 de Mar / 2018 às 07h14
Por que o Rocha Loures, flagrado com uma mala contendo R$ 500 mil, está solto? Por que João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, continua preso mesmo absolvido em outras instâncias por absoluta falta de provas?", questiona o colunista Ribamar Fonseca; "Nem é preciso perguntar por que querem prender o ex-presidente Lula, a cereja do bolo da festa da Lava-Jato"; "Lula, afinal, é a razão de viver da Lava-Jato, não o combate à corrupção"
03 de Mar / 2018 às 07h24
Amo Partido dos Trabalhadores. Vejo união dos trabalhadores + fortes. internet e os blog 247brasil virá nas minhas provas bimestrais para os meus alunos das escolas estaduais. O Brasil está mais para um sistema de castas e um regime estamental do que um país democrático. #gregorioduvivier #brasilmostratuacara #brasildosabsurdos
03 de Mar / 2018 às 09h21
Apreciei muito o equilíbrio e a postura do seu texto, sem radicalismo para qualquer lado, mas, mostrando a direção correta de como atender as necessidades da população, através da máxima de que é melhor dá a vara para pescar do que o peixe nas mãos. É isso que o povo quer: trabalho! Meus cumprimentos, professor!
08 de Apr / 2018 às 17h50
Ótimo artigo!