Caro Geraldo,
Ultimamente, tenho acompanhado seu programa e seu blog e verifiquei um embate que me chamou a atenção: a "greve" dos fiscais de postura e obras, alegando suposta opressão por parte da Secretaria que os rege por cumprimento de uma carga horaria de 40 horas semanais.
Ora, a Lei Municipal que disciplina o plano de cargos dos servidores municipais estabelece que os fiscais de postura e obras, bem como a maioria dos servidores deverão cumprir jornada de trabalho de 40 horas semanais e que foi feito um acordo entre a Secretaria de Governo e o Sindicato dos Servidores para cumprimento de jornada de 30 horas semanais.
Vale frisar, que boa parte dos servidores municipais a exemplo de fiscais de trânsito, transportes, cadastradores imobiliários, atendentes da Secretaria de Fazenda, Saúde, dentre outros cumprem jornada de 30 horas, em total desacordo com a Lei Municipal.
Todos sabem que o Poder Executivo é o Poder incumbido de assegurar o cumprimento das leis e não de fazer acordos para contemplar determinadas categorias, até porque vivemos em um sistema de equilíbrio entre os poderes.
Outra observação é que a função dos sindicatos é representar os trabalhadores e defender os interesses legítimos das categorias, visando assegurar o cumprimento da lei e não costurar acordos ilegítimos com o Poder Público para cumprimento reduzido de carga horária.
Desse modo, cadê o Poder Legislativo para fiscalizar isso? Cadê as instituições de controle externo do Poder Público como o Ministério Público e Tribunais de Contas? Será que a população de Juazeiro já cansada de pagar altos impostos e taxas vai ser conivente com esse descalabro?
Pagar servidores para trabalhar 40 horas enquanto trabalham 30? São perguntas que merecem o devido esclarecimento, pois todos sabem que enriquecer ilicitamente no serviço público importa improbidade administrativa.
Nessa oportunidade, peço que esse texto seja publicado para que as autoridades que governam essa cidade tenham responsabilidade com o dinheiro público, pois é inadmissível que a população de Juazeiro suporte o ônus de ter que pagar servidores descompromissados e que colocam o Governo Municipal na lona por interesses meramente políticos.
Percebemos que não há fiscalização de trânsito à noite, não há qualquer fiscal de postura verificando denúncias de perturbação sonora, existem diversas obras irregulares na cidade, dentre outras calamidades.
É preciso que a Gestão Municipal tenha consciência de que existem muitos serviços que estão precários por uma simples falta de pulso com determinados servidores, deixando a população vulnerável e a mercê da desordem.
Assim, Geraldo posso perceber que a Prefeitura está como uma nau sem rumo, pois não consegue se impor nem sobre os próprios servidores, quem dirá administrar uma população de quase 230 mil habitantes!
Nos ajude Ministério Público, Tribunal de Contas e Poder Judiciário, não aguentamos mais sofrer com tanto desperdício de dinheiro público!
Allan Ferraz - Juazeirense indignado.
12 comentários
17 de Jan / 2018 às 13h23
E culpa de Angélica Carvalho pede pra sair.........
17 de Jan / 2018 às 13h50
Bravo, Allan Ferraz! A Prefeitura desta cidade a toa tenta dizer o inexplicável referente a poluição sonora que há uma década mais de 90% da população reclama. As licenças são LIBERADAS para Casas de Shows sem qualquer imposição do cumprimento da Lei e assim a Secret de Postura se comporta com veículos de propaganda que circulam ao volume que lhes convém pelo centro e periferia, assim se comportam as residencias de gentalha que ignoram o respeito e o direito do outro... E tudo isso sem contarmos com a Polícia, sem contarmos com fiscais ou Guarda Municipal. É perceptível tanto desleixo!...
17 de Jan / 2018 às 17h46
Se a questão é desperdicio de dinheiro público, reclame de outras questões como, pessoas que não fazem nada durante as 40 horas ocupando cargos comissionados com altos salários. Jogar a carga e a culpa de má administração do dinheiro público nas costas do servidor assalariado, é desviar a atenção da questão central, que é o desvio do dinheiro público.
17 de Jan / 2018 às 19h53
Belo texto. Mas fruto de uma pessoa que não conhece fatos. A CF prevê que a jornada de trabalho será de 8 hs diárias com intervalo de almoço ou 6 horas corridas. A adoção de jornada de 6 horas não infringe a Lei e nem a CF porque existe previsão expressa na carta magna. A adoção de jornada de 6 horas, inclusive, favorece o contribuinte. Acaso fosse jornada de 8 horas diárias, as secretarias obrigatoriamente fecharam das 12 às 14 horas deixando de atender a vários contribuintes que trabalham 8 horas diárias e não dispõe de noutro horário para ir a secretaria.
17 de Jan / 2018 às 19h57
Experiências anteriores ocorreram e demonstraram que não há procura após as 14 hs, principalmente aquelas que trabalham com fiscalização. O gasto com água, energia e etc superam o retorno. O princípio da eficiência inclui a prestação de serviço público com o menor gasto. Está economia permite uma melhor prestação de serviços públicos. Se pegarmos a título de exemplo, a receita Federal funciona 6 horas e presta um serviço de excelência ao contribuinte. Então e vazio o seu argumento, totalmente desprovido de fundamento e guarida no mundo dos fatos!!
17 de Jan / 2018 às 20h02
Por fim, ao ingressar no concurso público há mais de 15 anos as secretarias já funcionavam com o expediente de 6 horas. Até onde eu sei, sempre funcionou desta forma, e a mudança, além de prejudicial à administração pública e não melhorar o atendimento dos contribuintes, prejudicam os servidores que trabalham há mais de 15 ou 30 anos. O poder público deve zelar por excelência nos serviços prestados, e não atendente interesses pontuais, principalmente de pessoas que abusam deste espaço para fazer politicagem, seja contra o executivo ou contra o sindicato. Quer criticar, leia um pouco mais!!
17 de Jan / 2018 às 20h07
Nos servidores, não somos bois de piranha, e não vamos nos sujeitar a interesses pessoais. Estamos aqui para prestar um bom serviços público, e assim fazemos indistintamente, observando os princípios da legalidade, moralidade e pessoalidade! Não nos envolvemos politicamente e zelamos por prestar um serviço técnico, vinculado ao interesse público. Critique onde tem que criticar e elogie quando tem que elogiar, mas busque conhecer os fatos e as normas, para que seus discursos não sejam vazios!! Tenha uma boa noite!!!
17 de Jan / 2018 às 20h14
Vc provavelmente é um servidor que está com picuinha. E provavelmente ingressou há pouco tempo, se não saberia que já houve a tentativa de funcionar 8 horas e não houve adesão, além de haver mais de 30 anos que as secretarias citadas funcionam no regime de 6 horas. Procure conhecer mais antes de falar bobagem. . E lembre, quem entra no ônibus por último não pega o banco da janela, primeiro fica em pé no corredor. Faça como os demais, estamos procurando melhorar o serviço público para a população e não tomando conta da vida dos outros!!!
17 de Jan / 2018 às 21h55
A administração pública tem de pensar na eficiência do trabalho. Empresas de econômia mista como o BB e até o INSS já estão em implantação de trabalho como o Home-Office ( trabalho em casa). Não adianta cumprir uma carga horária de 40 hrs se não tem eficiência. Cada serviço deve ser analisado com suas peculiaridades não podemos compará serviços da Saúde com administração ou comércio.
18 de Jan / 2018 às 10h53
Esse Allan precisa estudar e ler o PCCR, ALLAN acho que você nunca fez um concurso na vida leia o estatuto do Servidor de juazeiro antes de acusar toda fiscalização.
18 de Jan / 2018 às 11h04
O problema todo é que a prefeitura quer que os fiscais trabalhem em em plantões sem nenhum retorno pecuniário e nem folgas.
18 de Jan / 2018 às 17h57
Allan vc não passa de um invejoso.