No último dia 3, foi comemorado em todo o mundo o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. O dia foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1991, mas a iniciativa de promover essa data partiu da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que, por meio de um artigo publicado em 1990 intitulado 'Promoção da Liberdade de Imprensa no Mundo', afirmava que imprensa livre, pluralista e independente é um componente essencial para a sociedade democrática.
A data celebra o direito de todos os profissionais da mídia de investigar e publicar informações de forma livre e alertar sobre as impunidades cometidas contra centenas de jornalistas que são torturados ou assassinados como consequência de perseguições por informações apuradas e publicadas por estes profissionais.
No Brasil historicamente foram cometidos muitos crimes contra a liberdade de imprensa, com maior intensidade no período da Ditadura Militar no Brasil (1964 – 1985). Infelizmente, após um período sem ocorrências de grande relevância, os crimes e barbaridades remotam aos anos de chumbo. Em 2016, foram registrados 161 casos de violência contra jornalistas no Brasil, um crescimento de 17,52% em relação ao número de agressões denunciadas em 2015, quando 8 profissionais de imprensa foram mortos, segundo dados presente no 'Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Expressão 2016', produzido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) em parceria com os sindicatos estaduais.
Informação é poder, e por isso a tentativa de controlar os meios de comunicação sempre existiu e se chama censura. A censura é o contrário da liberdade de imprensa, e por um período da história recente era comum apenas nos regimes ditatoriais, mas por incrível que pareça com o advento da Internet, quando o envio e o acesso às informações acontecem com uma velocidade impressionante, instantaneamente, a facilidade da informação passou a incomodar alguns 'medalhões' de todas as esferas de poder, mesmo em países que pregam teoricamente o regime democrático.
A luta pela liberdade de imprensa deve ser constante, não somente como ato corporativista, como também uma necessidade de defesa dos direitos do cidadão, desde o mais simples àquele que se acha inclusive acima dos seus semelhantes. Agora, ao confundir liberdade com libertinagem, vítimas passam a produzir vitimados, e vice-versa.
"... O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou ..."
(Alegria, Alegria – Caetano Veloso)
Por Gervásio Lima
Jornalista e historiador
6 comentários
06 de May / 2017 às 01h35
Vá enganar outros: "Durante o lançamento do Plano Safra 2011/2012, que aconteceu na última quinta-feira, 21, em Salvador, o Jornalísta Jacobinense e Colaborador do Blog Xiquesampa Gervásio Lima esteve com o Ex-Presidente Luis Inácio "Lula" da Silva. Bastante descontraído, o Ex-Presidente sorriu ao saber que aquele momento seria "o encontro do ano" para Gervásio Lima". Dá pra confiar num cara desses? É brincadeira!!
06 de May / 2017 às 11h15
Bom dia! Infelizmente o simplismo tomou conta de grande parte da população brasileira nos últimos anos de intensa investigação contra a corrupção. Pessoas se consideram únicas e legítimas por acharem que declarar voto a determinado candidato pode lhes conferir ou não, atestado de idoneidade moral. Eis que ressurge das cinzas e do sono em berço esplêndido, o brasileiro idôneo, de bem e religioso que acostumou-se a sentar nos seus defeitos e apontar o dedo para o próximo. Marias existem muitas, socorros, madalenas, ninguéns.....
06 de May / 2017 às 12h26
Boa tarde! Nos últimos anos a Justiça foi abafada pela roubalheira, colocando-se nas cortes apadrilhados políticos. Somos únicas e legítimas porque temos nossa própria opinião, e muitos não fazem parte de massas de manobras, pois sabem distinguir o certo e o errado. Sempre estivemos acordadas, mas o poder do dinheiro fácil, sem esforço, para a maioria desesperada, abafou nossa voz. Foi preciso um Homem, com H, levantar-se sobre o lixo e mostrar a cara desses brasileiros que julgam os outros por si, por não acreditarem na honestidade. Sejam eles Américos, Oliveiras e seus filhos e netos.
06 de May / 2017 às 15h05
Vocês são tudo ASCOM e empregados de empresas. Elas que dominam os meios de comunicação e impões seus interesses. Principalmente os grandes grupos. NÃO HÁ LIBERDADE DE IMPRENSA NO PAÍS, há DONOS de mídia.
06 de May / 2017 às 15h46
Américo Oliveira Junior você tem toda razão sobre as Marias. A pior delas, a meu ver, é a Maria do Socorro "Legítima", essa do comentário, arrota brasa e cospe fogo, igual a um dragão.
07 de May / 2017 às 13h13
Quem deve à justiça dos homens ou de Deus, não pode criticar ninguém, viu Laranja do Sertão?