Um policial militar é suspeito de assassinar a tiros a jovem Fernanda dos Santos Pereira, de 23 anos, em um posto de combustível na madrugada de quinta-feira (11), em Ilhéus, no sul da Bahia. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime.
Em nota, a equipe de comunicação da 29ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), corporação que o PM, identificado como João Wagner Madureira, conhecido como "Cenoura", faz parte, informou que um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias do caso.
Em nota, a defesa do policial afirmou que o suspeito vai se apresentar à polícia de forma voluntária. Disse ainda que João Wagner não conhecia a vítima, que estava "descontrolada" no local e que o tiro foi acidental. [Veja a nota completa da defesa no final da matéria.
A TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia, procurou a Polícia Civil, que informou que imagens de câmeras de segurança serão analisadas e que mais informações não podem ser passadas para não atrapalhar as investigações.
No vídeo é possível ver que Fernanda dos Santos Pereira está abaixada e um homem se aproxima dela com uma arma na mão. Em seguida ele dá um chute na jovem.
Após a agressão, os dois começam a discutir e Fernanda dá tapas no homem. Ele revida e começa a agredi-la.
O suspeito consegue imobilizar a vítima e dispara tiros contra ela. Há outras pessoas no posto de combustível observando, mas ninguém impediu as agressões.
Fernanda foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Hospital Costa do Cacau, mas não resistiu aos ferimentos. O crime é investigado pela delegacia de Ilhéus.
O corpo de Fernanda Pereira foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus na manhã desta sexta-feira (12), onde foi necropsiado. O sepultamento foi realizado na tarde de hoje, no cemitério da cidade.
Veja abaixo a íntegra da nota da defesa do policial:
É com profundo pesar que comunicamos a todos sobre o trágico incidente envolvendo o policial militar João Wagner Madureira, conhecido como Cenoura, lotado na 69ª CIPM, na madrugada desta quinta-feira(11/01).
No calor de uma discussão, o PM se envolveu em um incidente fatal que resultou na perda de uma vida. O policial sempre dedicou sua carreira à defesa da sociedade e, em especial, à proteção das mulheres atendendo e prestando socorro em diversos casos de agressão a mulher. O ocorrido é inquestionavelmente repugnante, e estamos cientes da gravidade dos fatos.
João Wagner está comprometido em se apresentar voluntariamente às autoridades competentes e cooperar plenamente com as investigações em curso. Entendemos que essa tragédia em questão não apaga sua história em defesa da sociedade enquanto policial militar, mas compreendemos a responsabilidade de responder judicialmente por seus atos. Como deve sempre ser, independente de quem seja.
É importante esclarecer que, embora as acusações de feminicídio estejam presentes na cobertura midiática, afirmamos categoricamente que o policial militar não conhecia a vítima e que o ato não foi motivado por violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
O vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que João Wagner Madureira aparece com uma arma em punho apontada para o chão. As imagens não divulgadas irão provar que a arma não tinha a intenção de intimidar a vítima, mas sim afastar pessoas alteradas na localidade. Quanto ao disparo ocorrido, esse se deu de forma acidental, quando a vítima e o policial entraram em vias de fato, momento em que a vítima tenta segurar a arma do policial, acabando por acionar a tecla do gatilho de forma involuntária como mostra as imagens divulgadas e que resultou na fatalidade que lamentamos profundamente.
João Wagner Madureira reconhece a gravidade do ocorrido e está preparado para responder perante a justiça dos homens e a justiça divina. Neste momento difícil, expressamos nossas sinceras condolências à família enlutada.
Nosso compromisso é com a verdade e a justiça, e confiamos no devido processo legal para esclarecer os detalhes deste trágico episódio.
G1BA/Fotos: Reprodução/TV Santa Cruz
9 comentários
12 de Jan / 2024 às 20h50
Ele tá erradonpq assumiu o risco do fato, porém essa menina deveria se afastar de um cara armado, pois uma arma na mão de uma pessoa nervosa pode acabar em tragédia. Já vi varias tragédias como essa. Infelizmente a vid não volta mais.
12 de Jan / 2024 às 21h14
Mundo triste.
12 de Jan / 2024 às 21h20
Acidental onde?eeeeita Brasil de merda
12 de Jan / 2024 às 21h34
Ele tem que pagar pelo o que ele fez, chega de tantos polícias em especial os da Bahia estarei tirando tantas vidas.
12 de Jan / 2024 às 21h43
Entendemos que essa tragédia em questão não apaga sua história em defesa da sociedade, conversa fiada todo policial defende é o seu salário a sociedade é o que menos importa.
12 de Jan / 2024 às 22h09
Srs leitores. Eu particularmente, não farei julgamento sobre triste acontecimento. Sei que continuemos em oração. Que Deus, continue nos abençoando.
13 de Jan / 2024 às 00h14
Suspeito, por que? Foi filmado, é assassino.
13 de Jan / 2024 às 00h18
A vítima involuntariamente apertou o gatilho contra se mesma. Tá bom. Ninguém tem cognição pra saber o que aconteceu…
14 de Jan / 2024 às 19h42
É incrível como há advogados que tratam os não clientes como imbecis ou idiotas. Esse caso é mais um entre milhares de outros em que a PM mata. Não há outra saída: Temos de acabar com as polícias militares!!!!