Luiz Gonzaga plantou a sanfona, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz.
Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.
O seu peito abrigava o canto dolente e retotono dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali, buscando eternidade.
Este sentimento é vivencidado Nesta terça-feira (02) de agosto, quando o Brasil celebra os 33 anos de saudade de Luiz Gonzaga.
Mas foi em vida que Juazeiro sob reconhecer o talento de Luiz Gonzaga. Em 1986, o pedagoso, radialista Paulo Cesár de Andrade Carvalho, 55 anos, apresentou na Câmara Municipal de Juazeiro, projeto de resolução concedendo o Título de Cidadão Juazeirense a Luiz Gonzaga, o rei do Baião. Infelizmente o radialista não possui fotos da época, restou 'uma camisa que ilustra a homenagem" e o fato histórico.
A REDEGN, Paulo Cesár Andrade lembrou que 02 de agosto, o dia da passagem de Luiz Gonzaga, literalmente "o País todo chorou e exaltou sua glória".
"Título Aprovado por unanimidade, a lei foi levada ao conhecimento de Gonzagão em pleno Palco do maior festejo de São João que já aconteceu em nossa cidade. Emocionado e muito feliz, Gonzaga me abraçou e disse ao grande público presente, que estava vivendo um momento muito bom em sua vida. Ele que já tinha sido hostilizado em Juazeiro, era agora Cidadão dessa terra, graças a esse " menino" vereador e a seus colegas", relembra Paulo Cesar.
"Obrigado senhores vereadores, obrigaaaado, Juazeiro...foi o maior São João da minha vida, e abraçar Luiz Gonzaga, um momento que eu jamais esquecerei. Em 1990, quando nasceu meu primeiro filho, botei Luiz no nome do Cabra. Pavel Luiz, que tem profundo orgulho de assim ser chamado. E como eu, tem Gonzaga como um de seus ídolos. Viva Luiz Gonzaga, o eterno rei do Baião, do seu eterno súdito", revela Paulo Cesar.
Redação redeGN
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