A lei nº 3.721/22, que estabelece prioridade no atendimento nas agêncas bancárias de Juazeiro para advogados e advogadas, ainda segue redendo discussões. Dessa vez, o vereador Alex Tanuri (PP), na sessão desta terça-feira (19) da Câmara Municipal, pediu a revogação da lei.
“Não estava presente, meu voto seria contrário a essa lei, porque entendo que têm outras prioridades. Advogado já tem acesso livre, já tem sua prerrogativa. Os bancos têm que se preocupar em atender a população bem e não ter a diferença entre advogado e o público que mais precisa, que pega sol, que fica em pé nas filas dos bancos, no meio da rua. Vamos nos preocupar com isso. Ele sai do carro com ar condicionado e e entra no banco pra ter prioridade”, disse Tanuri na sessão de hoje.
O Projeto prevê, no artigo 1, que é obrigatório o atendimento aos profissionais devidamente inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB. Já no artigo 2, diz que "nas agências bancárias e nas repartições públicas abrangidas pela Lei deverá ser mantido um guichê exclusivo e ou pessoal reservado ao atendimento prioritário dos respectivos advogados".
OAB x SEEB
O projeto foi proposto pelo Poder Executivo municipal, sendo aprovado pelos vereadores e posteriormente sancionado pela prefeita Suzana Ramos na véspera do feriado da Semana Santa. E desde então, tem gerado forte repercussão, não somente entre a sociedade juazeirense, como também entre instituições, a exemplo da subseção de Juazeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a favor da lei, e o Sindicato dos Bancários de Juazeiro e Região (SEEB), contrário.
Para a OAB subseção de Juazeiro, a referida lei "tem o condão de auxiliar os advogados e advogadas a resolverem com mais brevidade as situações que envolvem seus clientes" e que a mesma "só poderá ser aplicada quando o advogado(a) estiver no exercício da profissão". Ressalta ainda que "não será dada a prioridade a que a lei se refere nos casos em que os advogados(as) estiverem resolvendo questões bancárias pessoais".
Já o SEEB classificou a aprovação da lei como preocupante. "E a população como ficará? Aqui não existe fiscalização nem da lei dos 15 minutos e agora querem priorizar os advogados, lembrando que a lei obriga a ter um guichê exclusivo para os atendimentos, sendo que hoje não existem guichês exclusivos para dar atendimento ao idoso e nem a gestante, uma situação muito difícil", relatou o presidente, Maribaldes da Purificação.
Da Redação RedeGN
6 comentários
19 de Apr / 2022 às 17h19
O vereador Alex Tanuri é um verdadeiro fanfarrão. Será que essa mágoa dele da OAB, não será porque ainda não passou no exame de ordem? Segura Vereador Alex!!!
19 de Apr / 2022 às 18h38
Tá aí uma coisa de futuro que esse vereador falou.
19 de Apr / 2022 às 20h49
nao gosto de alex tanuri mais nesse ponto ele tem razao coloca advogados como tendo beneficios pra ter live acesso em banco e uma palachada tem que pega filha tambem e cidadao igual a gente porque ele nao pode pega fila o povo tood se lascar e isso que os bancos pensao
19 de Apr / 2022 às 21h38
Srs leitores. Esse Sr, que não disse nada, contra criação e cobrança taxa de lixo, aumento taxa de esgoto, entre outros assunto de interesse da sociedade, agora, o assunto não diz respeito ao advogado, só pelo fato de ser, mas, em estando na agência bancária, a serviço, aí sim, terá prioridade. Tem algo errado nisso? Todos sabemos, que quem tem recursos financeiros, não pegam filas, tem acesso livre, direto com gerencia instituição,ou não é assim? Agora, não basta ser formado em direito, tem que advogar, tá difícil, entender?
20 de Apr / 2022 às 08h59
Prioridade deve ter o idoso,a gestante,o deficiente com guichês a eles destinados nos bancos e o tempo de 15 minutos de espera no máximo a população e não o advogado para agilizar problemas do cliente,sabemos que o poder judiciário é cheio de regalias e mesmo assim é moroso e ineficiente.
20 de Apr / 2022 às 09h02
Prioridade deve ter o idoso,a gestante,o deficiente com guichês a eles destinados nos bancos e o tempo de 15 minutos de espera no máximo a população e não o advogado para agilizar problemas do cliente,sabemos que o poder judiciário é cheio de regalias e mesmo assim é moroso e ineficiente.