Em clima de muita comoção, foi sepultado esta tarde (14), em Petrolina, o corpo do policial militar Joanilson da Silva Martins, de 32 anos, morto por engano por policiais civis de Pernambuco, durante ação no dia de ontem, segunda-feira (13).
O cortejo fúnebre contou com a participação de muitos colegas de farda de Joanilson, dezenas de viaturas da Polícia da Bahia, além de amigos e familiares.
Em nota a Polícia Civil de Pernambuco alegou que Joanilson usava uma camisa de “cor semelhante” à do homem que era perseguido e foi “confundido e alvejado em situação característica de legítima defesa putativa, quando há a percepção de risco iminente”.
Ainda na nota, foi anotado que “É importante ressaltar que a Polícia Civil de Pernambuco é uma polícia técnica e que busca sempre a preservação da vida. Um levantamento do Pacto pela Vida mostrou que, desde 2007, a Polícia Civil desencadeou 563 Operações de Repressão Qualificada, resultando em 6.385 prisões. Em nenhuma dessas operações, que envolvem planejamento, uso da inteligência policial, maior efetivo e recursos, houve confrontos tampouco mortes de policiais ou suspeito”.
A corporação pernambucana informou ainda que designou um delegado especial para “apurar os fatos com rigor e isenção”, incluindo a investigação de dois suspeitos presos na operação, com uma moto roubada e uma pistola calibre 9 mm com numeração suprimida.
O comandante da Polícia Militar na região norte da Bahia, coronel Valter Araújo, destacou as qualidades de Joanilson como homem, pai e esposo e que a corporação está dando todo suporte à família do policial abatido: “Estamos com a equipe do serviço de valorização profissional. Com advogados em um primeiro momento. Dois psicólogos acompanhando a família. Estamos tomando todas as medidas necessárias para deixar a família nesse momento, de dor, um pouco mais tranquila”, relatou.
Na manhã desta terça-feira (14), o governador da Bahia, Rui Costa, já havia informado que a Secretaria da Segurança Pública do Estado iria acompanhar o trabalho de investigação que será feito pela Policia Pernambucana: "Eu não gosto de falar de operação conjunta porque significa que cada estado tem que abrir mão da sua autonomia que é legal e condicional. Eu acho que tem que ser é pedir aos Ministérios públicos e as corregedorias que apurem pela transparência das informações”, informou.
Da redação redeGN
3 comentários
14 de Sep / 2021 às 22h34
A reportagem é cheia de informações antigas mas nem informou o local do sepultamento, que foi a chamada da matéria. O Blog explica: A informação está no primeiro parágrafo da matéria.
15 de Sep / 2021 às 08h14
E olhe que o presidente quer excludente de ilicitude, não foi um acidente, gostaria saber se o policial assassinado estava armado no momento, poderia atirar só nas pernas e braços, mas atirou na cabeça.
15 de Sep / 2021 às 10h51
Deu a entender que a Polícia Civil de Pernambuco praticamente culpou a vítima por está usando uma camisa parecida com a do bandido, absurdo!!! Muito obscura essa explicação fajuta. Segundo o Google "Legítima defesa putativa é a também denominada legítima defesa ficta. A situação de perigo existe tão somente no imaginário daquele que supõe repelir legitimamente um injusto. ... Por conseguinte, a ação do que se supõe agredido é revestida de antijuridicidade, em divergência daquele que age em legítima defesa real".