No próximo 03 de março, Dia Mundial da Vida Selvagem completa exatamente 1 ano do retorno de 52 ararinhas-azuis (49 oriundas da ACTP Alemanha e três do Zoológico Pairi Daiza na Bélgica), quando chegaram em Curaçá, Bahia e estão sendo preparadas para sua reintrodução para viverem novamente na natureza.
Se não fosse a pandemia certamento na cidade iria acontecer várias comemorações. A reintrodução da Ararinha-azul faz parte de um projeto na Caatinga, no qual duas Unidades de Conservação federais foram estabelecidas em 2018 para garantir a proteção e promover a biodiversidade e o uso sustentável.
O projeto promoveu a educação ambiental entre alunos e comunidade que foram sensibilizados sobre a importância da conservação da ararinha-azul. Estas aves foram vítimas de décadas de caça furtiva e a perda de seu habitat natural até a sua extinção na natureza, em 2000.
Inicialmente, a reprodução da ararinha-azul parecia impossível, pois apenas um número muito pequeno de aves havia sobrevivido e a diversidade genética era muito limitada. Foram testados e desenvolvidos vários métodos para aumentar a população em cativeiro.
Em 2012, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), juntamente com várias organizações parceiras, estabeleceu um Plano de Ação Nacional para aumentar a população cativa, proteger o habitat e promover a reintrodução da Ararinha-azul.
Em 2016, a organização sem fins lucrativos alemã, Association of Conservation Threatened Parrots (ACTP), lançou o "Projeto de Reintrodução da Ararinha-azul" em conjunto com o ICMBio e com o apoio da fundação belga Pairi Daiza.
Em 2018, a maioria das aves foi reunida na ACTP em Berlim. Sob a supervisão de uma equipe de especialistas, um número crítico de animais foi criado nos últimos anos. Felizmente, a tecnologia de criação em cativeiro desenvolvida pelos proprietários e o programa de inseminação artificial da Al Wabra Wildlife Preservation, do Catar, ajudaram a aumentar a pequena população de 53 aves em 2000 para até 180 papagaios saudáveis hoje. Destes, os primeiros animais devem agora ser reassentados em sua casa original.
Ano passado, a reportagem da REDEGN, esteve em Curaçá, no dia 3 de março de 2020. Atualmente um grande centro de criação e soltura localizado em uma área de 45 hectares dentro do Refúgio da Vida Silvestre da Ararinha-azul, na Caatinga. As Ararinhas continuam sendo preparados para sua vida na natureza. Este ano, o primeiro grupo de ararinhas-azuis finalmente deve voar pela Caatinga depois de 21 anos do desaparecimento do último exemplar visto na natureza.
Redação redeGN Foto ICMIBIO
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