O secretário de Saúde de Salvador, Leonardo Prates, falou sobre os índices de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) exclusivos para tratamento da Covid-19 na capital, em entrevista do Jornal da Manhã, nesta segunda-feira (21).
Segundo Leo Prates, nesta segunda o sistema de saúde da capital amanhece com 75% de ocupação de leitos de UTI exclusivos, além de 84% de ocupação de leitos clínicos. Apesar da redução em relação aos últimos dias, os índices seguem preocupantes. Novos leitos serão abertos ainda nesta semana.
“A gente tem uma margem ainda de folga, mas que na prática a gente teve alguns problemas com essa folga, tanto que o prefeito ACM Neto deve abrir, na quarta [23] ou na quinta-feira [24] mais leitos de UTI no Hospital Evangélico. Nós estamos já na fase final de negociação com o Hospital Evangélico, e também através da anuência do governo de estado, nessa parceria para salvar vidas, o município deve assumir e vai reabrir o Hospital Santa Clara, no mesmo modelo da primeira fase da pandemia, com 50 leitos clínicos e 10 de UTI, lembrando que os leitos clínicos aqui da cidade já estão com 84%, o que nos preocupa bastante”.
O secretário também falou sobre o crescimento de casos não relacionados à Covid-19, que acabam impactando no sistema de saúde da capital baiana.
“Eu terminei a sexta-feira [18] comemorando com apenas 12 pessoas nas UPAS esperando leitos de UTI geral. Hoje eu já amanheci a segunda-feira com 28 pessoas de UTI geral, que é a UTI que a gente chama de não-Covid. O sistema não suporta. Nós estamos indo além da nossa capacidade para evitar qualquer tipo de sobrecarga no sistema, mas nós precisamos da colaboração da população. Como? Com ações simples: usar a máscara, higienizar permanentemente as mãos, manter o distanciamento social e evitar aglomerações. Com esses quatro gestos, você salva muitas vidas”.
"O sistema de saúde está sofrendo uma pressão, tanto do aumento da Covid, quanto do aumento de demandas por UTI geral", disse Leo Prates.
Com relação às aglomerações das festas de final de ano, o secretário disse que a perspectiva preocupa bastante e que a prefeitura tem trabalhado em evitar um possível colapso.
“A gente tem tempo de evitar. A gente tem ações simples que podem evitar todo esse prejuízo à população, porque a gente perde vidas. O que tranquiliza tanto a nós da prefeitura, quando o governo do estado, é que aqui em Salvador não faltou atendimento ninguém, mesmo que a pessoa venha a óbito. Mas nós perdemos 2.800 companheiros e companheiras aqui de Salvador, nessa luta contra o coronavírus. Precisamos e desejamos que não venhamos a perder mais nenhum, então para isso a gente precisa que as pessoas se conscientizem".
"Eu sei que é difícil, que as pessoas estão cansadas do coronavírus, mas o coronavírus não cansou das pessoas”.
G1 Bahia Foto Reprodução TV Bahia
2 comentários
21 de Dec / 2020 às 13h53
isso tudo é uma grande mentira, porque não deixam fazer tratamento com a invermectina , a hidroxicloroquina e a cloroquina ? é porque o remédio é barato...
21 de Dec / 2020 às 17h01
Este comentário é de um aloprado! DR. JOSEMIR MAGALHAES DA SILVA! QUAL É SUA ESPECIALIDADE COMO MEDICO?????? sabe de nada bozozinho. Ka, Ka, Ka é cada uma