Decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro extingue 27,5 mil cargos que compõem o governo federal, informou nesta segunda-feira (23) o Ministério da Economia. De acordo com a pasta, entre as posições extintas, estão as de discotecário, mateiro, técnico de móveis e esquadrias, locutor e seringueiro. Além da extinção das posições, há ainda a proibição de abertura de concurso público para outros 20 mil cargos técnicos e administrativos no Ministério da Educação.
Na prática, a medida antecipa parte da reforma administrativa planejada pelo governo, que vai alterar a estrutura do serviço público. Ao defender a reforma, membros da equipe econômica argumentavam, entre outros pontos, que o sistema de carreiras do governo é obsoleto e tem uma série de cargos que deixaram de existir no serviço público. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que foram analisados cerca de 500 mil cargos para identificar aqueles que não são condizentes com a realidade da atual força de trabalho do serviço público federal.
O governo argumenta que a maior parte das atribuições extintas pode ser contratada indiretamente por meio de vagas terceirizadas ou descentralizadas para estados e municípios. Segundo o ministério, do total de cargos extintos, 14,2 mil já estão desocupados. Outros 13,3 mil ainda estão ocupados e só deixarão de existir quando essas pessoas se aposentarem.
"É importante deixar claro que o servidor que ocupa um cargo em extinção não é afetado, nada muda para a pessoa", afirma o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart.
O Ministério da Saúde será o maior impactado pela medida, com redução de aproximadamente 22,5 mil cargos, o que representa quase 81% do total. Somente a função de agente de saúde pública representa a extinção de 10,6 mil cargos. Lenhart afirma que a mudança não afetará as atividades de saúde pública.
"Isso não terá repercussão no âmbito do Ministério da Saúde e se deve, em grande parte, à extinção de cargos de natureza operacional no combate e controle de endemias, e de cargos vagos de unidades hospitalares, que hoje já são de competência de outros entes federativos", justifica.
Desde 2018, esta é a terceira vez que o governo decreta a extinção de cargos que classifica como obsoletos. No fim da gestão do ex-presidente Michel Temer, houve uma redução de 60 mil postos. No início da gestão de Bolsonaro, foram extintos outros 13 mil cargos.
Correio Braziliense
3 comentários
23 de Dec / 2019 às 19h37
Agora falta acabar com os cargos políticos, principalmente os ocupados por petralhas e ligados à velha política do toma-lá-dá-cá. ESSE É O CARA. 2022 vem chegando.
23 de Dec / 2019 às 20h37
Nem D.Pedro I quando foi imperador do Brasil, se dispôs de tanto Decreto como Bolsonaro... talvez seja falta de criatividade.
24 de Dec / 2019 às 00h59
Tá de sacanagem né? Tem que acabar logo com essa palhaçada mesmo! Em minha OPINIÃO o Presidente tomou uma atitude certa. Limpeza já! Precisamos extirpar com esse câncer maldito de cargos inúteis no Governo Federal. Cargos esses que são moeda de troca na hora do voto, recheados de progressistas preguiçosos e simpatizantes – doidos para ocuparem tais posições e ganhar uma fortuna fácil – quase sem trabalhar.