A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), que estará no Recife neste sábado (26), em ato em protesto ao vazamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste, às 14h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), comentou sobre o assunto em entrevista à Rádio Folha (FM 96,7), nesta sexta-feira (25). Marina foi dura nas críticas a Ricardo Salles. "O ministro do Meio Ambiente não é um ambientalista. é um impostor. Ele desmontou o Ministério do Meio Ambiente", disse.
Marina rebateu a postagem de Ricardo Sales, fazendo acusações sobre um suposto crime do Greenpeace no episódio do vazamento. "Criminosa é uma acusação sem provas, leviana e irresponsável. O que a população quer ver não é o ministro fazendo frase de efeito. É o ministro dando jeito na situação", afirmou, apontando as "acusações levianas e irresponsáveis". "Governo não é para ficar fazendo lacração. É pra ter atitude e ações corretas", comentou. Segundo ela, o ministro não está tendo a "atitude republicana" de ouvir os governadores.
"O governo apenas fica fazendo cortina de fumaça. No caso da Amazônia, culpou as ONGs e agora culpa o Greenpeace de forma irresponsável. No caso dos incêndios, a Polícia Federal já dá conta de que foram mesmo fazendeiros inescrupulosos que pagaram pessoas em motos para jogar combustível em áreas estratégicas e haviam inclusive pessoas ligadas à Polícia Civil dando cobertura. No lugar de realizar o Plano de contingência ou de mobilizar os recursos e a Petrobras que tem meios de enfrentar uma situação como essa", avaliou.
"Esse plano surgiu depois do desastre ambiental que tivemos no Brasil de derramamento de óleo. Quando teve esse desastre eu não estava mais no governo e foram tomadas medidas e um conjunto de procedimento para dar conta de tudo que implica um crime dessa magnitude. O governo não agiu e quando foi acionado ainda não cumpriu com os requerimentos que estão previstos numa situação como essa", criticou.
Marina fez uma avaliação negativa do governo Bolsonaro, em vários aspectos. "Os desastres ambientais são enormes, os crimes ambientais são inaceitáveis, o desemprego continua assolando a vida das pessoas. O governo, no lugar de ouvir a sociedade civil, quer impor o seu pensamento. É o momento de ter uma atitude em favor do Brasil. Proteger o legado que em décadas foi construída na questão ambiental. Nesse momento a gente tem que fazer isso com aqueles que defendem a democracia", sugeriu. Ela lembrou que a União levou mais de 40 dias para tomar algum tipo de atitude no caso do derramamento de óleo. "O mesmo padrão que teve na Amazônia, levando 50 dias para agir", comentou.
Marina, que teve a gestão a frente do ministério do Meio Ambiente bem avaliada, apontou os erros que estão sendo cometidos pelo atual governo. "Um completo desmonte da governança ambiental, com o meio ambiente e com a vida das pessoas".
Rádio Folha Pe
2 comentários
26 de Oct / 2019 às 05h42
DONA MARINA,O QUE A SENHORA FARIA PARA SOLUCIONAR ESTE PROBLEMA ? QUE TAL,A SENHORA IR AJUDAR A RECOLHER ESTE PETRÓLEO DAS PRAIAS NORDESTINAS ? APONTAR ERROS É FÁCIL E CÔMODO,O QUE SE PRECISA É DE SOLUÇÕES,A SENHORA AS TEM ?
26 de Oct / 2019 às 20h30
Politiqueira melancia que aparece de 4 em 4 anos. Totalmente desacreditada. Só vão em busca dela para publicar críticas.