Continua repercutindo muito em Senhor do Bonfim e no estado a ação policial que tentou suspender a tradicional guerra de espadas que acontece a décadas no município. O confronto entre espadeiros e a polícia, no dia 23, resultou em quase 40 pessoas feridas, segundo relatos. Em entrevista ao Blog do Cleber Vieira, George Nascimento, o representante da Associação Cultural de Espadeiros de Senhor do Bonfim (Acesb), negou que o grupo que se concentrava na praça principal da cidade estivesse soltando busca-pés: “O pessoal se reuniu para manifestar e estava soltando morteiros e bombas. Ninguém soltou espadas, foi quando os policiais chegaram e começaram os confrontos. Fizemos um levantamento nos postos de saúde e tivemos duas pessoas atendidas com ferimentos leves, 27 com ferimentos de bala de borracha, e sete por efeitos do gás lacrimogênio. A quantidade de feridos foi maior que na guerra de espadas”, explicou.
De acordo com George alguns casos mereceram destaque, como o de uma mulher que foi transferida para Recife com risco de perder a visão, em virtude de um tiro com bala de borracha. De acordo com o estatuto do desarmamento soltar espadas é proibido e a polícia alega que estava apenas cumprindo determinação da justiça, a pedido do ministério público, que proíbe a atividade desde 2017.
Decisões judiciais derrubaram liminares impetradas na justiça, em várias instancias, pela prefeitura de senhor do Bonfim, que alega fatores econômicos e a tradição, para a manutenção do evento. De acordo com a determinação da lei quem for flagrado soltando espadas pode pegar até seis anos de prisão, além de multa.
Da redação Blog Geraldo José/foto TV Bahia
3 comentários
25 de Jun / 2019 às 09h28
Ficamos sem entender. Os militares foram a instituição que mais apoiou a eleição do Bolsonaro. Que elegeu-se montado no cavalo da liberação do armamento. Ora, a população espera a oportunidade para pegar em armas. Já se viu que é história para boi dormir, nem soltar espada o povo pode. Imagina botar um revólver na cintura e sair por aí à vontade.
25 de Jun / 2019 às 10h53
COM CERTEZA LIVIO
25 de Jun / 2019 às 11h11
As pessoas tem que aprender a entender as leis, e saber que o Policial não vai a uma operação dessa por livre e espontânea vontade, e sim por ordem judicial, e tem mais o instituição nunca fez declaração dizendo ser a favor e nem contra, foi o próprio povo que lá atrás atravéz de plebiscito resolveu isso.