O presidente substituto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Francisco Nascimento, revogou os memorandos circulares do próprio órgão do último dia 3 que haviam paralisado o programa de aquisição de terras para reforma agrária no país. A decisão foi tomada terça-feira (8), horas depois de a Folha de S.Paulo ter divulgado as determinações encaminhadas a todos os setores técnicos e superintendências do órgão no país.
O próprio Incra havia confirmado à imprensa que as decisões levaram à paralisação dos processos, em um total de 250, "nas diversas modalidades de obtenção" de terras para o programa de reforma agrária.
A medida também atingia 1.700 processos relativos a reconhecimentos e demarcações de terras quilombolas. Os memorandos foram divulgados pela organização não governamental Repórter Brasil.
Segundo a decisão de Nascimento, os memorandos que haviam paralisado a reforma agrária "foram elaborados e encaminhados por iniciativa própria das duas diretorias e sem anuência da presidência do Incra". Ele argumentou ainda que houve "interpretação equivocada de parte das orientações neles contidos", sem explicar qual seria o erro, e afirmou que a revogação vai agora "evitar prejuízos à tramitação dos processos administrativos em questão".
Confira Nota Incra Brasilia:
Com relação às notícias sobre uma suposta "paralisação da reforma agrária" no País, o Incra informa que:
1. Em nenhum momento a autarquia determinou a paralisação ou recebeu orientação para suspender ações e programas relacionados à reforma agrária;
2. Os memorandos-circulares mencionados nas reportagens apenas visavam a preservar e a adequar eventuais ações do Incra até 25 de janeiro, quando a nova estrutura criada pela recente reforma administrativa entrará em vigor. Foi, portanto, apenas uma medida administrativa de cautela, tomada pelas diretorias de Obtenção de Terras (DT) e de Ordenamento de Estrutura Fundiária (DF);
3. Diante da interpretação equivocada e apressada dos memorandos, feita sobretudo por alguns órgãos de imprensa, a direção do Incra tomou a decisão de revogar os mesmos, tornando-os sem efeito;
4. O Incra destaca que a reforma agrária é uma política assegurada pela Constituição e reafirma que jamais houve determinação do Governo Federal para suspender ações nessa área.
Brasília, 09 de janeiro de 2019.
FRANCISCO JOSÉ NASCIMENTO
Presidente Substituto
3 comentários
10 de Jan / 2019 às 10h19
Os primeiros dias do Governo Jair Messias Bolsonaro foi de idas e recuos. Rezemos.
10 de Jan / 2019 às 11h11
60 milhões de votos jogado fora, um passo pra frente e dos pra traz. Isso chama-se incompetência administrativa. Ainda existe uma solução... é só entregar o cargo para LULINHA e o País renascerá. "SALVE LULA"
10 de Jan / 2019 às 21h16
E nesses 13 anos porque o “Lulinha” e o PT nâo fizeram a reforma agrária? Estavam ocupandos roubando o povo e financiando ditaduras comunistas?