Por Otoniel Gondim
Tem-se que respeitar o resultado das urnas, mesmo se ungidas e urgidas por suspeição em banda de lata. O país tem um vencedor com visão simplista, ou nenhumazinha, dos problemas nacionais. Exaustivamente usou e abusou desavergonhadamente de pirotecnias cívicas-bélicas-cristãs, metralhadora verbal de baixo calão, apostando no absurdo da violência repressiva recheada até o talo de racismo, machismo, misoginia, homofobia, nordestinofobia, pobrefobia e tantas e tantas e tantas macro fobias possíveis para fobiar. Tudo isso cercado de uma retórica chula digna de um milico louco cego pelas luzes do seu tempo, porém, visualizando com clareza as partes sombrias, fúnebres e íntimas da obscuridade reflexiva racional. E, para imenso desorgulho do bem, acompanhado fidedignamente de figuras patéticas ultraconservadoras que fazem poses e salameques aderindo brabamente ao poder despótico que agride e insulta, por desviés ideológico acachapante, a cartilha dos Direitos Humanos, a Bíblia, a Inteligência Humana. Na voraz busca de avolumar mais ainda o fervor sarcástico e a crueldade, uniu a grande mídia oligopólica, as redes socias e fakenews, o empresariado megalômano, a bancada ruralista, a liderança evangélica podre, o riquinho burguês, o parlamento mictório, o judiciário conivente, o neonazista, outros afins extremistas ortodoxos desvairados, ordenando, robotizando e programando-os para invadirem de modo contínuo, incessante, contumaz, massacrante e longe de dar sossego, os porões do inconsciente de uma grande parcela da Nação. Nem um tico satisfeito, espalharam em conjunto megahertz aos milhões de ondas de ódio, ameaças, ofensas, mentiras e medo. Muito medo. Muito medo...