Nos próximos 100 anos, a paisagem da Terra pode se tornar irreconhecível. A menos que a emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta, não sofra reduções dramáticas, mais de 60% da vegetação ficará muito diferente do que se conhece hoje, alerta um grupo internacional de pesquisadores liderados pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. Baseados em registros climáticos do fim da era do gelo, há 21 mil anos, eles concluíram que os ecossistemas mundiais deverão sofrer impactos maiores do que se imagina.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram registros fósseis vegetais em 594 regiões de todos os continentes, exceto a Antártida, referentes à última deglaciação, um período de aquecimento natural que começou 21 séculos atrás, colocando fim à última era do gelo. Modelos climáticos mostram que, na ocasião, a temperatura da Terra aumentou de quatro a sete graus Celsius, comparável ao que se espera ocorrer nos próximos 100 a 150 anos caso não se tome medidas drásticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Os principais responsáveis pelo fenômeno hoje são os combustíveis fósseis, que lideram a matriz energética de quase todos os países...