Após vinte anos, o Brasil e Alagoas voltam a discutir o silencioso e dramático processo de desertificação de suas terras. Agravado pelas mudanças climáticas e persistentes práticas predatórias, lideradas pelo desmatamento, áreas caracterizadas como semiáridas até então, caminham para se transformarem em desertos, com todas as consequências sócio ambientais decorrentes.
Os últimos dados sobre a cobertura vegetal do Estado apontam o percentual de 18%. Se nos fixarmos no bioma Caatinga, onde se concentra a semiaridez alagoana, esse número não ultrapassa 10%. Dessa forma, ao aplicar uma simulação básica, não está sendo respeitada, sequer a legislação florestal que obriga toda propriedade rural a preservar, no mínimo, 20% de sua área total florestada...